Mais uma rede de drogarias querida pelo Brasil está entrando em falência e fechando suas portas
As drogarias são estabelecimentos comerciais especializados na venda de medicamentos, produtos de saúde e cuidados pessoais. Elas oferecem uma ampla variedade de medicamentos, desde os de venda livre até os que exigem prescrição médica. Além disso, disponibilizam produtos relacionados à saúde e serviços como aferição de pressão arterial e aplicação de vacinas.
As drogarias também podem operar online, oferecendo entrega em domicílio. Sua função é fornecer acesso a medicamentos e produtos essenciais, seguindo regulamentações específicas para garantir a segurança e a qualidade dos produtos.
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No mundo dos negócios, é comum que empresas enfrentem desafios e, em alguns casos, possam entrar em falência. Diversos fatores podem contribuir para isso, como problemas financeiros, má administração, concorrência acirrada, mudanças no mercado, entre outros. Ultimamente algumas redes têm entrado em falência, como é o caso da rede Bifarma.
A rede Bifarma
A Bifarma é uma rede de drogarias brasileira fundada em 1986. A empresa tem como objetivo oferecer produtos farmacêuticos e serviços de saúde de qualidade para seus clientes. A rede possui várias unidades, oferecendo uma variedade de medicamentos, produtos de saúde, beleza e bem-estar.
Atualmente, a rede de farmácias Bifarma opera com um número reduzido de lojas, totalizando apenas 31 estabelecimentos. Essa quantidade representa uma significativa diminuição em relação ao seu tamanho anterior, quando a rede contava com mais de 200 unidades espalhadas pelo Brasil.
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A maioria das lojas remanescentes está concentrada no estado de São Paulo. Além disso, a receita da rede despencou em 66% e está se recuperando judicialmente.
Por que a rede está falindo?
A rede de drogarias Bifarma enfrentou desafios nos últimos anos, resultando em uma situação delicada para a empresa. De acordo com informações do portal, há dois anos, a Bifarma registrava um faturamento expressivo de R$ 492 milhões, o que a posicionava como o 19º maior player do varejo farmacêutico nacional. Esses números demonstravam a sua relevância no mercado.
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No entanto, além das dificuldades gerais enfrentadas pelo setor, a Bifarma também lidou com um problema adicional: a redução dos prazos de pagamento das mercadorias pelos fornecedores. Essa mudança teve um impacto negativo no fluxo de compras da empresa, dificultando ainda mais a sua situação financeira.
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Na tentativa de superar essas dificuldades e obter crédito para reequilibrar suas finanças, a Bifarma enfrentou obstáculos significativos. Infelizmente, a empresa não conseguiu honrar os pagamentos previstos, o que prejudicou ainda mais suas relações com fornecedores e agravou sua situação financeira.
Acusações à Bifarma
A Bifarma, assim como outras empresas do varejo farmacêutico, enfrenta uma crise que afeta seus funcionários. Denúncias trabalhistas têm sido feitas, alegando pagamento abaixo do piso salarial, irregularidades nos holerites, homologações secretas em outros sindicatos e falta de benefícios como convênio médico e vale-refeição.
A empresa é acusada de criar cargos inexistentes na convenção coletiva para reduzir salários de gerentes. Essa crise reflete um cenário semelhante vivido por outras empresas do setor.
A Bifarma, em 2017, anunciou a criação de uma divisão de franquias, mas acabou envolvida em um escândalo de sonegação fiscal. A Operação Monte Cristo, conduzida pelo Ministério Público, revelou uma organização criminosa que desviou mais de R$ 10 bilhões dos cofres públicos.
O esquema consistia em driblar o pagamento do ICMS, enviando os medicamentos para outros estados e utilizando distribuidoras fantasmas para recolher o imposto. Um fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo, David Mariano Fagundes, teve participação importante no esquema. A Bifarma não respondeu às tentativas de contato da reportagem.