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Pedido de socorro: Rede de supermercados fecha 343 lojas, vende tudo por mixaria e anuncia desfecho no Brasil
03/12/2024 às 10h00
Rede de Supermercados começa a se reerguer no Brasil
Nesta terça-feira, 03, iremos mostrar o desfecho de uma rede de supermercados, que precisou fechar 343 lojas e vendeu sua operações por uma mixaria.
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Estamos falando do grupo espanhol de supermercados Dia. A rede chegou no Brasil no ano de 2001 e chegou a ter quase 600 unidades, mas passou a lidar com problemas em 2024.
Mas, afinal, o que aconteceu?
Em maio deste ano, o Dia Brasil encerrou seu vínculo com o Grupo Dia, sediado na Espanha, após o pedido de recuperação judicial.
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De acordo com apurações do TV Foco e informações do portal G1, em maio deste ano, a rede de supermercados entrou com o pedido de recuperação judicial com dívidas estimadas em R$ 1 bilhão.
No entanto, o pedido de recuperação judicial é válido apenas para operações do Brasil.
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Fechamento de 343 lojas
O pedido de recuperação judicial, que é visto como um pedido de socorro, ocorreu após o fechamento de 343 unidades do supermercado Dia no Brasil.
Na época, a empresa ressaltou que o fechamento ocorreu pelos resultados negativos da subsidiária brasileira.
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“Dessa forma, o grupo ajusta seu escopo no país para concentrar seus negócios na região de São Paulo, onde o negócio tem uma maior rentabilidade e a concentração de lojas permite capitalizar a rede logística e a redução de custos”, disse a empresa.
Venda por mixaria
Em seguida, no dia 31 de maio de 2024, o grupo varejista vendeu seus negócios no Brasil por um “preço simbólico” de 100 euros, segundo informações do portal CNN.
A operação ocorreu para um cliente da gestora MAM Asset Management, do Banco Master, que viabilizou a realização do negócio por meio da criação de um fundo exclusivo.
Porém, a empresa espanhola se comprometeu a transferir 39 milhões de euros para sua unidade brasileira antes da venda.
Desfecho
Em setembro, após a venda para um fundo de investimento brasileiro gerido pela MAM, o supermercado Dia passou por uma nova reestruturação.
Desse modo, a reestruturação resultou na redução de lojas para 244, todas no Estado de São Paulo.
De acordo com apurações do TV Foco e informações do portal Estadão, a rede possuí o objetivo de reformular as lojas para atender melhor às necessidades dos consumidores.
Fábio Farina, CEO da empresa, ressalta que a nova política é oferecer melhores serviços e itens mais frescos aos consumidores.
“O conceito de proximidade com atenção especial ao frescor em nossos produtos é exatamente o nosso mote. A ideia era que a gente montasse um tamanho de Dia totalmente focado e dedicado à proximidade e à oferta de itens frescos, com abastecimento diário das lojas”, disse o CEO ao Estadão.
Restauração da empresa
Além disso, Fábio Farino ressaltou que o supermercado está focado em restaurar a empresa com o aprimoramento de seus 250 lojas.
“Tínhamos três Centros de Distribuição localizados no Estado de São Paulo, além de um operador logístico, em Belo Horizonte, e decidimos manter apenas o CD de Osasco”, afirmou o profissional, que continuou:
“A partir disso, estabelecemos quantas lojas conseguiríamos abastecer diariamente, considerando apenas esse CD, com logística eficiente e garantindo o frescor aos nossos clientes. Assim, optamos por selecionar cerca de 250 unidades com histórico de rentabilidade positiva e que se encaixariam nessa estrutura”, disse Fábio.
De acordo com o CEO do Dia, desde o início da reestruturação, a empresa conseguiu inverter a situação e ainda conseguem abastecer 100% das unidades abertas.
Dia consegue reverter a situação
Em agosto deste ano, o Dia teve lucro operacional e as perdas totais foram reduzidas para R$7 milhões.
“O que nos motiva é que, se o desempenho dessas mesmas 244 lojas hoje fosse igual ao de um ano atrás, nós já estaríamos dentro do nosso ponto de equilíbrio operacional”, confessou o CEO.
Foco no cliente
Por fim, o Dia está focado em modernizar as unidades para oferecer uma experiência renovada aos consumidores.
De fato, a empresa não possuí o objetivo de concorrer com os atacados, mas dispostos a serem o mais barato dentro dos modelos de proximidade.
Prova disso é que a rede de supermercados está focada em aprimorar seu produtos, como trazer alimentos de outros países.
“Temos geleia da Argentina, macarrão da Itália, azeite extravirgem português, com preços que chegam a custar a metade dos concorrentes. E esse acaba sendo um diferencial nosso”, afirmou o CEO.
Por que a rede de supermercados Dia é importante?
Por fim, mesmo com o pedido de recuperação judicial, o supermercados Dia continuam firmes em território brasileiro e promovem uma reestruturação para sair da crise.
Além de serem indispensáveis para os brasileiros, que realizam suas compras com preços acessíveis, a rede é responsável por diversos empregos e está conseguindo se reerguer da crise.
Quanto será o investimento do DIA?
Para completar a restauração, o grupo irá investir cerca de R$ 200 milhões e renovará todas as unidades, que contarão com novas fachadas e nova experiência de compra.
O objetivo da marca será oferecer todos os produtos para os consumidores.
“Nosso olhar principal é garantir que não haja diferença entre as lojas próprias e as franqueadas. Estamos reformando todas as lojas e assegurando que todos os franqueados operem sob os mesmos padrões de qualidade e atendimento”, explicou o CEO.
Considerações finais
Em resumo, após entrar com o pedido de recuperação judicial, o grupo Dia está focado em realizar mudanças nas unidades em São Paulo para se reerguer.
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Autor(a):
Giovana Misson
Eu sou Giovana Misson, jornalista por formação pela Universidade Mackenzie de São Paulo. Criadora de conteúdo digital e redatora sobre o mundo das celebridades desde 2019. Já trabalhei em assessoria de imprensa, local em que cuidei de marcas de peso e por redações focadas no entretenimento. Sou apaixonada por moda, beleza, música, séries e nunca perco uma fofoca. Faço matérias focadas em programas de televisão e sobre o cotidiano dos famosos. Email: [email protected]