Dívida de R$1 BI, 54 lojas fechadas na BA e demissão: Rede de farmácia n°1 de Salvador vive terror de falência

Rede de farmácia de Salvador fecha 54 lojas na BA e promove demissões, mergulhando em crise de falência. Saiba mais

Um período conturbado entre 2017 e 2018 marcou o declínio de uma significativa rede varejista na Bahia. Milhares de clientes locais viram a empresa, antes considerada proeminente, iniciar um processo de encerramento massivo de suas operações, gerando apreensão.

A partir de informações divulgadas pelos portais “G1” e “Correio 24 horas”, a equipe do TV Foco, especializada em economia, traz agora mais detalhes sobre o assunto.

A rede em questão é a Farmácia Sant’Ana, fundada em 1947 na Bahia. Sua trajetória mudou drasticamente após a aquisição pela Brasil Pharma, ligada ao BTG Pactual, ocorrida em 2012.

Inicialmente, a Brasil Pharma vislumbrou a compra como uma estratégia para acelerar o crescimento da Sant’Ana. Contudo, a acumulação de uma dívida superior a R$ 1 bilhão com o BTG Pactual inviabilizou o modelo de negócios.

Consequentemente, a Brasil Pharma solicitou recuperação judicial em janeiro de 2017, buscando reorganizar suas finanças diante do cenário adverso.

Encerramento de unidades e demissões da rede de Salvador

O processo resultou no fechamento inicial de dezenas de unidades e impactou centenas de postos de trabalho. A situação se agravou rapidamente para a rede baiana.

Em 2017, a Farmácia Sant’Ana encerrou as atividades de 50 lojas na Bahia, resultando na demissão de 560 colaboradores. Posteriormente, em 2018, a crise se intensificou.

Nesse ano, mais 54 pontos de venda foram fechados, um fechamento e demissão que reduziu drasticamente a presença da rede. Apenas quatro lojas permaneceram operando no estado baiano.

Nesse sentido, o impacto total nas demissões alcançou 1.094 funcionários desligados ao longo desse período crítico. Destes, 681 ocorreram apenas em 2018, sendo 360 especificamente da Sant’Ana.

Acordos trabalhistas e persistência da crise

Ainda em 2018, a Brasil Pharma buscou mitigar parte dos danos, firmando acordos para quitar R$ 3 milhões em dívidas trabalhistas.

Essa medida beneficiou cerca de 200 ex-funcionários, embora não tenha revertido a crise estrutural, similar a dificuldades vistas em shoppings populares do RJ.

Qual foi o desfecho final da rede Sant’ana?

O fim das operações se consolidou legalmente em 2024. Nesse ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu o registro da massa falida da Brasil Pharma, um golpe que impediu futuras negociações de seus valores mobiliários, lembrando o fim de rivais no varejo.

Portanto, em 2025, a Farmácia Sant’Ana, que já possuiu mais de uma centena de lojas na Bahia, não mantém mais operações ativas no estado. Informações do portal Correio confirmam essa situação.

Panorama da crise

A trajetória descendente da empresa pode ser resumida em alguns pontos importantes:

• Aquisição e Dívida: Compra pela Brasil Pharma em 2012, seguida por dívida bilionária (R$ 1,2 bi).
• Recuperação Judicial: Pedido formalizado em janeiro de 2017.
• Fechamentos: Encerramento de 103 lojas na Bahia entre 2017 e 2018 (incluindo as 54 unidades do segundo fechamento).
• Demissões: Desligamento de 1.094 funcionários no mesmo período.
• Fim das Operações: Confirmação da inatividade em 2025 e suspensão do registro pela CVM em 2024.

Embora a Brasil Pharma, tecnicamente, permaneça em recuperação judicial, seu registro fiscal consta como inapto. Ademais, declarações adicionais sobre o processo não foram localizadas recentemente.

Considerações finais

Portanto, a Farmácia Sant’Ana enfrentou uma severa crise financeira após sua aquisição pela Brasil Pharma em 2012. Consequentemente, entre 2017 e 2018, a rede fechou 103 lojas e demitiu mais de mil colaboradores na Bahia.

Assim, a solicitação de recuperação judicial, motivada por uma dívida bilionária, e a posterior suspensão do registro pela CVM em 2024, selaram o fim das atividades da tradicional rede farmacêutica baiana, outrora considerada a número 1 em Salvador por muitos consumidores.