“Que Horas Ela Volta?”, protagonizado pela atriz e apresentadora Regina Casé vai representar o Brasil no “Oscar 2015” na categoria de “Melhor Filme Estrangeiro”. O longa que contou com poucos mais de 150 mil ingressos de bilheteria tem Coprodução da Globo Filmes e da Gullane.
Ao saber da indicação, Regina Casé comemorou: “Sabemos que esse é apenas o primeiro passo, mas só a ideia de ver o cinema brasileiro brilhando já nos anima muito. Estamos mesmo precisando de notícias boas”, disse Regina, comemorando a indicação”.
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No exterior, o filme já é bastante conhecido, o filme ganhou o prêmio de Melhor Atriz para Regina Casé e Camila Márdila, no Festival de Sundance; e Melhor Filme do Público, no Festival de Berlim; o troféu APC (Associação Peruana de Comunicadores), no Festival de Cine de Lima.
O filme já foi vendido para mais de 30 países, ficando entre os dez mais vistos na França.
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trama conta a história de Val (Regina Casé), que deixa a filha Jéssica (Camila Márdila) no interior de Pernambuco para trabalhar em São Paulo e garantir à menina melhores condições de vida. Por isso, virou babá de Fabinho (Michel Joelsas) e passou a morar integralmente com a família abastada no bairro paulistano do Morumbi.
O problema começa quando o adolescente vai prestar o vestibular mais concorrido do país, a Fuvest. E Jéssica também. Quando a menina pobre que cresceu no Nordeste informa que pretende disputar uma vaga da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, pedindo ajuda para ir a São Paulo, a patroa de Val comenta, irônica: “Esta país está mudando mesmo, hein?”.
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Inicialmente, os patrões de Val acolhem a filha da empregada, mas as coisas começam a mudar de figura quando Jéssica passa a questionar a hierarquia ali estabelecida. Val “é de casa”. Mesmo estando longe da sua, sabe quem pode entrar na sala, que mesa deve usar para comer, que piscina na casa dos outros é proibido e que não pode tomar o sorvete preferido dos donos da casa. Mesmo assim, os patrões insistem em dizer que ela é praticamente da família.
Jéssica, por sua vez, reivindica papel de hóspede, e não de serviçal. E expõe uma das faces da juventude incluída socialmente nos últimos anos, que não aceita como paradigma o Brasil pior de outrora. O Brasil melhor de hoje ainda é pouco para ela.
Entre os filmes cotados para disputar uma vaga na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira estão o francês Dheepan, de Jacques Audiard; o mexicano Güeros, de Alonso Ruiz Palacios; o húngaro Son of Saul, de László Nemes; e o turco Mustang, de Deniz Gamze Ergüven.