Regina Duarte fala de assumir cargo no Governo
Regina Duarte foi o grande destaque do Fantástico deste domingo. Após sair da Globo para assumir um cargo no Governo Bolsonaro, ela falou sobre suas expectativas como Secretária Nacional da Cultura. Em uma conversa franca como o jornalista Ernesto Paglia, Regina comentou sobre os desafios, as pressões que vem sofrendo no últimos dias e os escândalos entre o governo e a classe artística.
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Regina Duarte começou expondo sobre as dúvidas que teve ao assumir o cargo. “É um aprendizado imenso pro qual eu não estava preparada. Isso me assustava muito. Mas eu comecei a perceber que isso também poderia dividir com uma equipe competente, experiente, apaixonada por cultura. E, que, na verdade, eu, por patriotismo, aceitei a missão”, disse a ex-atriz.
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Ela disse que esses primeiros momentos foram de dificuldade. “Altos e baixos. Momentos maravilhosos onde eu me sentia muito viva, como há tempo eu não me sentia. E aí, ao mesmo tempo, momentos muito angustiantes, de perceber que eu tinha que lidar com situações bastante complicadas mesmo, de política, que é uma coisa que nem me passava pela cabeça”.
Ainda na entrevista ela foi questionada sobre os inúmeros artistas que pediram para que ela retirasse seus nomes de uma campanha que ela estava divulgando. Regina esclareceu que não ficou magoada com os pedidos.
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“De jeito nenhum. Eu achei que era um direito que eu tinha invadido sem autorização. Mesmo que eles já tivessem declarado apoio a mim, eles não estavam declarando apoio à futura secretária do governo Bolsonaro. Isso muda bastante a situação. Quando eu percebi o significado que isso ganhou pra alguns colegas, eu até aproveito pra pedir desculpas, eu retirei”, disse ela.
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Regina Duarte ainda garantiu que fará mudanças na Lei Rouanet, a qual já foi alvo de muitas críticas do próprio Governo Bolsonaro.
“Eu acho que a Lei Rouanet precisa de alguns ajustes e estamos pensando nisso seriamente. Porque eu acho que ela pode ser mais democratizada, o bolo pode ser repartido em fatias mais equilibradas, mais justas, pra todo fazedor de cultura, de arte.”.
Sobre o uso do dinheiro público para projetos com cinema, ela foi sincera. “E todos estão livres pra se expressar. Contanto que busquem seus patrocínios na sociedade civil. Você não vai fazer filme pra agradar a minoria com dinheiro público”.