“No país inteiro”: Renata Vasconcellos paralisa JN com proibição da ANVISA contra nº1 das mulheres por MORTE

Renata Vasconcellos paralisa programação do Jornal Nacional, principal jornalístico da Globo, para comunicar decreto da Anvisa com proibição de produto nº1 das mulheres após fatalidade

Em edição do Jornal Nacional, principal jornalístico da Globo, que foi ao ar no dia 25 de junho de 2024, a âncora Renata Vasconcellos anunciou que uma severa proibição da ANVISA contra a comercialização de um produto nº1 em serviços populares, muito procurado por mulheres.

A determinação teve como alvo o uso de fenol, uma das principais substâncias utilizadas em clínicas de estética, usado nos principais procedimentos de estética, como o cobiçado peeling facial: “Anvisa proíbe comércio e uso do fenol para tratamentos de saúde e estéticos no país inteiro”.

Essa medida se deu pois os produtos em mãos de supostos profissionais sem as devidas qualificações pode se tornar fatal. Como ocorreu com um empresário no inicio desse mês de junho, cujo qual acabou morrendo após a aplicação do mesmo.

Consequências fatais

De acordo com o decreto divulgado no site do Governo, a medida foi publicada no Diário Oficial da União, ainda no dia 25 de junho, para proteger a saúde da população enquanto eram conduzidas as investigações sobre os potenciais danos associados ao uso dessa substância.

Como dito acima, o Brasil parou com a morte trágica de Henrique Silva Chagas, um empresário de 27 anos, que faleceu no início de junho após se submeter a um peeling de fenol em uma clínica de estética em São Paulo.

Segundo informações da CNN Brasil, a falta de controle sobre a venda e uso do produto, muitas vezes formulado por farmácias de manipulação, levantou sérias preocupações quanto à segurança. E a morte de Henrique Chagas serviu de alerta quanto a esses mesmos riscos, levando a Anvisa a agir de forma enérgica.

Em suma, a resolução da ANVISA proíbe a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde e estéticos. 

A única exceção é para produtos devidamente regularizados junto à ANVISA, utilizados exclusivamente em laboratórios analíticos ou de análises clínicas. 

Vale destacar que a decisão da ANVISA gerou reações mistas. Enquanto alguns profissionais de saúde apoiaram a medida como necessária para proteger a população, outros, especialmente dermatologistas e cirurgiões plásticos, criticaram a proibição total. 

Heitor de Sá Gonçalves, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, afirmou que a proibição deveria ser restrita a profissionais não qualificados, permitindo que médicos habilitados continuassem a usar o fenol de forma segura.

O CREMESP também se posicionou contra a proibição total, argumentando que apenas médicos deveriam ter permissão para usar o fenol. 

A entidade entrou com um pedido na Justiça para derrubar a resolução da Anvisa, alegando que a medida prejudica profissionais qualificados e pacientes que se beneficiam dos tratamentos com fenol.

❮❯

Qual a eficácia e perigos reais do Fenol?

De acordo com o portal Agência Brasil, apesar da revelia de alguns profissionais que defendem o uso do fenol na mão de pessoas comprovadamente qualificadas para o procedimento, a medida continua vigente e válida em todo o país.

Segundo especialistas, o peeling de fenol é um procedimento que atinge camadas mais profundas da pele chegando até a derme e provocando uma retirada das células envelhecidas e promovendo uma renovação celular acompanhada por uma indução da produção de colágeno.

Isso melhora rugas finas, rugas um pouco mais profundas, a textura da pele. É um peeling, do ponto de vista de rejuvenescimento, com alta eficácia.

Mas por ser um procedimento invasivo, já que atinge camadas mais profundas da pele. Isso significa que ele pode ter efeito sistêmico no corpo, porque na derme temos circulação sanguínea.

Sendo assim, aquela substância pode entrar na circulação e levar a efeitos adversos como a toxicidade cardíaca, que pode causar uma arritmia e até um óbito, se não for corretamente diagnosticado rapidamente e revertido.

Até por isso ele precisa ser uma indicação médica e aplicado por um especialista que tenha treinamento e que seja habilitado para utilizar o fenol.

Segundo Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SDB, a aplicação precisa ser feita num ambiente onde o profissional possa monitorar antes, durante e depois do procedimento todas as funções cardíacas e renais, para ser possível detectar qualquer efeito adverso de forma rápida e revertê-lo.

De preferência, deve ser realizado em ambiente hospitalar ou numa sala de pequena cirurgia que tenha essa possibilidade de monitoramento.

Vale dizer que no final de julho, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), enviou um documento à agência em que pediu a revogação da proibição e apresentou evidências de segurança e eficácia do fenol, desde que manuseado por médicos habilitados. Após um mês sem resposta, a SBD levou a questão à Justiça.

Conclusões finais:

O fato é que a morte de Henrique Chagas e a subsequente proibição do fenol pela Anvisa destacam a importância de uma regulamentação rigorosa e de um controle mais efetivo sobre substâncias químicas utilizadas em procedimentos de saúde e estéticos que podem colocar a população em risco.