Renata Vasconcellos passou por cima de um antigo costume implementado pelo editor-chefe do telejornal
William Bonner e Renata Vasconcellos formam a dupla de âncoras que estão juntos há mais tempo na Globo atualmente. No entanto, na última segunda-feira, 11, o editor-chefe deixou a bancada e Renata peitou uma antiga regra do JN.
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Tudo aconteceu quando Renata Vasconcellos leu uma nota sobre a notícia da morte do ex-ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Ao relembrar a trajetória do economista, a âncora, que é editora executiva do jornal, citou o nome da empresa em que ele trabalhava, o banco BTG Pactual, algo que em anos passados seria totalmente proibido no principal telejornal da Globo.
Por ser uma das maiores vitrines comerciais da Globo, o Jornal Nacional sempre evitou expor nomes de marcas quando não era necessário, ainda que as empresas fossem parceiras comerciais da emissora carioca.
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Até mesmo Flávio Ricco, colunista do Portal R7, ressaltou que tal prática é incomum no JN, mas que em certos casos não afeta em nada a imagem do jornalístico, muito pelo contrário.
Coincidentemente, a quebra de protocolo aconteceu no primeiro dia de férias de William Bonner, que é um defensor das velhas práticas editoriais do JN, adotando o perfil do “Padrão Globo”.
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Com Bonner sendo substituído por Heraldo Pereira na bancada do noticiário, Renata Vasconcellos ganha ainda mais autonomia no fechamento do jornal, algo que explica algumas mudanças sutis ao longo do JN.
BONNER IMPLORA PARA SAIR DA COBERTURA DAS ELEIÇÕES
Segundo o site Na Telinha, William Bonner teria exigido sua dispensa como mediador dos debates eleitorais que estão marcados para começarem a partir do segundo semestre.
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Não é de hoje que Bonner vem dando sinais de exaustão em relação a sua rotina de trabalho à frente do JN e o atual momento político do país seria um dos fatores que mais o desagrada.
Oficialmente, a Globo garante que o jornalista será o mediador dos embates entres os candidatos a presidente, mas segundo a apuração do portal, internamente, o canal corre contra o tempo para buscar um substituto.
Outros pontos decisivos seriam a polarização política e os ataques que Bonner sofre frequentemente por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, motivos estes que fizeram o âncora abandonar as redes sociais por quase 3 anos.
Isso tem pesado nas decisões do profissional e ele comunicou à direção da emissora que não quer ser o rosto da Globo nas eleições 2022. Tudo é tratado de forma muito sigilosa, segundo uma fonte informou à reportagem, principalmente porque a família Marinho e Ali Kamel, chefão do jornalismo, estão tentando convencê-lo a mudar de ideia a todo custo.