A jornalista da Rádio Bandeirantes Ana Nery foi agredida durante manifestação pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, zona sul de São Paulo, nesse domingo (30).
“Foi um ato isolado de um apoiador/eleitor fanático, mas queria deixar claro que não tinha relação com a manifestação especificamente, que foi pacífica, sem nenhum problema”, declarou ela durante programa da rádio nesta segunda (1°).
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Na ocasião, ela estava entrevistando uma policial militar quando um homem se aproximou e começou a xingá-la. “Ele me xingou sem me conhecer, sem saber quem eu era, de onde vinha. Ele xingou a imprensa de uma forma geral. Durante a entrevista, ele me insultou e atrapalhou o áudio todo. Eu não revidei, só acabei a entrevista com a PM e continue fazendo meu trabalho. Fui fotografar o pelotão da Polícia Militar e ele continuou me insultando”, comentou a repórter. Informações da Band.
Ana Nery disse que o homem se aproximou dela e pediu o crachá. Ela, então, falou que não iria se identificar, que não devia satisfação nenhuma a ele e que estava fazendo o seu trabalho. “Fui até ele e disse ‘vou fazer um boletim de ocorrência contra você e te identificar’. Ele começou a se aproximar e encarar para me intimidar. As pessoas começaram a se acumular ao redor. Quando peguei o celular para fotografá-lo, ele deu a cabeçada em mim. Felizmente, na hora que ele fez isso, a cabeça dele bateu no celular e caiu na minha cabeça”, revelou. “Felizmente também conseguiu fazer o clique exatamente na hora da cabeçada. A imagem ficou focada no rosto dele, de boca aberta, mostrando que estava me xingando”, explicou.
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A jornalista acrescentou ainda que deixou o microfone da Rádio Bandeirantes dentro da bolsa, justamente por prever esse tipo de situação. A jovem não se feriu e contou que outros manifestantes prestaram ajuda no instante – inclusive disseram que poderiam ser testemunhas caso fosse preciso. “Não estou machucada não, só fiquei mais trêmula e nervosa, foram problemas emocionais”, comentou.
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De acordo com ela, os policiais que estavam no local “empurraram” o homem e pediram que ele parasse e voltasse para o ato. Por fim, a jornalista relatou que o celular a ajudou de duas formas. “Me protegeu da cabeçada do indivíduo e registrou o momento em que ele me atacou. Então, eu tenho o registro da foto dele para que a polícia possa identificá-lo”, relatou.