2017 foi um ano marcante para a televisão brasileira e esta coluna esteve presente em cada acontecimento importante ocorrido tanto na frente como por trás das câmeras das principais emissoras. Assim, esta é uma retrospectiva que entrelaça a visão analítica da Ligado na TV acerca dos assuntos mais relevantes e/ou que mais repercutiram este ano.
Após a edição recheada do Big Brother Brasil 17, entrou-se no período de lançamentos de novas programações, tanto da Globo como das demais emissoras. A coluna destacou em 6/3 a fraca programação lançada pela Record em um “chamadão” de 2 minutos e 42 segundos. Pouca novidade. Uma novela inédita (O Rico e Lázaro), dois realities (um novo, Dancing Brasil, e outro mais antigo, Power Couple), dois programas com novas temporadas (Legendários e Programa do Porchat), e mais dois produtos reprisados (Ribeirão do Tempo e Repórter Record Investigação). Nenhum foi capaz de turbinar a audiência, mas O Rico e Lázaro até teve uma estreia muito digna, como apontada neste espaço em 13/3.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em 19/3 a coluna destacou a soberania do Fantástico entre os dominicais. Enquanto em um domingo o Domingo Espetacular, por exemplo, mostrava o drama do ator Roberto Bomfim contra a obesidade e gafes nas transmissões ao vivo da TV mundial, o Show da Vida exibia uma entrevista com o diretor do Boa Esporte, time de futebol que contratou o goleiro Bruno (ex-Flamengo) e uma entrevista exclusiva com o fiscal que denunciou o esquema que resultou na Operação Carne Fraca da Polícia Federal – dois dos assuntos mais debatidos no país naquela semana. Nesse contexto, apesar da queda de qualidade da atração global, percebe-se que os concorrentes não conseguem o superar de forma alguma.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ainda em março, a coluna evidenciou em 26/3 que André Marques, que substituiu Tiago Leifert este ano no The Voice Kids, acabou sendo ofuscado por três artistas que também participaram da atração – Ivete Sangalo (pela popularidade, expressões e maquiagens – agora no adulto), Victor Chaves (pela polêmica da agressão contra esposa grávida e consequente corte do programa) e Thalita Rebouças (pelo talento como repórter). E em 31/3 o destaque ficou com o fim de A Lei do Amor, que terminou sem estancar a queda de qualidade e audiência da faixa das 21h na Globo.
TODAS AS EDIÇÕES DA COLUNA AQUI
Seguindo a retrospectiva, na data 03/4 este espaço destacou a estreia de A Força do Querer, com destaques para erros (como a lentidão para um primeiro capítulo e a escalação/atuação de Fiuk) e acertos (o modo como se passaram as fases dos personagens, por meio de um objeto do índio, e as belas imagens da protagonista Ritinha, Isis Valverde, ao nadar nas águas do Rio Negro). As evidências ditas pela coluna de que a trama de Gloria Perez cresceria ao ponto de ultrapassar suas antecessoras se confirmaram.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em 11 de abril a coluna ressaltou que em menos de 2 meses, a Globo teve de tomar decisões extremas contra três nomes, todos ligados ao tema da violência contra a mulher. O afastamento oficial do cantor Victor Chaves da edição do The Voice Kids, como frisado mais acima. O afastamento do ator José Mayer, o qual foi denunciado pela figurinista Susllem Tonani por assédio sexual, que teria ocorrido nos bastidores da novela A Lei do Amor. Além de afastar esse último, a emissora apoiou de forma intensa as campanhas dos artistas da Casa contra o ato praticado por Mayer. Por último, a emissora dos Marinhos teve de expulsar o cirurgião plástico Marcos Harter do BBB17 após ter sido comprovado pelos órgãos competentes junto à direção do reality o indício de agressão cometida por ele contra Emilly. Medidas justas e exemplares tomadas pela velha senhora.
Esta coluna destacou em 19/4 o sucesso das novelas de autores estreantes na Globo, como Novo Mundo da dupla Thereza Falcão e Alessandro Marson, e Rock Story de Maria Helena Nascimento. Os autores novatos na autoria principal chegaram a causar furor nos veteranos, especialmente por alguns desastres destes na audiência.
No dia 23 de abril a coluna destacou a qualidade de uma nova aposta global. Sem baixaria, o Tamanho Família de Marcio Garcia fez grande sucesso na edição de estreia em 2016 e voltou ainda melhor neste ano, com a segunda leva de episódios. Sem dúvidas, um dos maiores acertos da Globo nos últimos tempos.
Em 14/5 a coluna elogiou a Record por três acertos relacionados à entrevista com Marcelo Rezende. A escolha acertada do premiado repórter Raul Dias, que deu o tom certo à reportagem. O tempo curto e adequado de 19 minutos totais reunindo exibição de imagens de Marcelo em atuação no Cidade Alerta e a entrevista. Em se tratando de Record, o fato de não explorar demais algo com teor chamativo torna-se surpresa positiva. Por fim, o fato de terem feito a entrevista com o apresentador, a qual se tornou explicativa para os fãs de Rezende.
Em junho a coluna teve quatro assuntos em maior destaque. O grande sucesso de Rock Story, trama das 19h da Globo (05/6). No dia 15 o espaço analítico evidenciou a ainda marcante hegemonia da emissora dos Marinhos nos números de audiência, em que a soma de audiência das principais concorrentes ainda não superavam as médias da emissora carioca (nem superam). No dia 22 a coluna se posicionou no embate polêmico entre Maisa e Dudu Camargo ao frisar que Silvio Santos foi o maior responsável pela rixa entre os citados, haja vista que o patrão quem uniu e provocou os dois. Por último, teve texto sobre Xuxa na Record em 27/6. Apesar de ser um formato pronto, o Dancing Brasil fez Xuxa renascer e brilhar no canal de Edir Macedo.
Em 17/7 a coluna destacou que após um bom tempo a Record voltou a atacar a Globo. “O Domingo Espetacular mostra os detalhes da delação premiada que pode revelar a participação de uma emissora de TV no meio do escândalo da Operação Lava Jato”. No entanto, a reportagem de exatos 16 minutos e 20 segundos decepcionou os telespectadores. Tal reportagem não passou de suposições e insinuações levantadas pela emissora e informações já conhecidas pelo grande público. Uma delação do ex-ministro Antonio Palocci, que poderia dar origem a uma nova fase da Operação Lava Jato para apurar negócios da TV Globo envolvendo sonegação fiscal, empresas de fachada no exterior e negócios em contratos do futebol. À época, a reportagem da Record não era mais novidade. Por sinal, a Globo vivia uma fase ascendente em audiência…
No mês de agosto, Os Dez Mandamentos, Novo Mundo, Huck e Faro, Pabllo Vittar e Ivana (A Força do Querer) e A Fazenda 9 foram destaques na coluna. (01/8) ODM pela teimosia da Record, que acabou sendo humilhada em audiência pelos números ultrabaixos da reprise precoce. (11/8) Novo Mundo pelo sucesso dos personagens Elvira de Ingrid Guimarães, Germana de Vivianne Pasmanter e Licurgo de Guilherme Piva, os quais conquistaram com unanimidade e merecimento a todos os telespectadores e a imprensa televisiva em geral (injustiçados no Melhores do Ano do Faustão). (16/8) Huck e Faro por terem participado equivocadamente de uma propaganda educacional que claramente menosprezava os professores. (25/8) Vittar e Ivana pelas respectivas repercussões na tela da Globo, a qual seguiu sendo alvo de críticas da família tradicional brasileira. (27/8) Por fim, o fato de a Record ter escolhido o melhor título para A Fazenda 9, uma ‘Nova Chance’ ao próprio reality, pendurado na emissora pelos fracos índices de audiência das últimas edições.
Em 10/9 a coluna frisou que o PopStar foi um dos únicos realities musicais a se afastar do fracasso nos domingos da Globo. Em 21/9 destacou-se que com Ivete o The Voice adulto tentava superar má fase de edições anteriores. Até que conseguiu repercutir mais e teve uma vencedora com grande talento vocal: Samantha Ayara. Em 24/9 este espaço protestou contra jurados artísticos da Dança dos Famosos que desrespeitaram participantes e passaram vergonha no Faustão ao darem notas por intimidade com os participantes, tornando o quadro corrupto. Já no dia 20/10 houve o destaque à atitude da Globo que provou que A Força do Querer, até então, foi o maior sucesso depois de Avenida Brasil: a exibição do Globo Repórter especial sobre a novela de Gloria Perez.
Em novembro, assuntos fortes vieram à tona. 06/11: Primeiras indicações ao Melhores do Ano do Faustão têm favoritismo gritante (Carol Duarte, Júlio Andrade e Anitta, esta perdeu injustamente). 09/11: Com polêmica reacesa, relembre 3 casos de jornalistas semelhantes ao de William Waack (Paulo Eduardo Martins, Reinaldo Azevedo e Boris Casoy). 12/11: Globo tenta salvar início de O Outro Lado do Paraíso e adota estratégias (divulgação intensa). 18/11: Decisão pessoal põe em risco carreira e condições de vida do casal Huck e Angélica (possível candidatura, que acabou não ocorrendo). 21/11: Apocalipse tem tudo para ser fracasso, mas pode ser sucesso (a 1ª opção acabou se confirmando). 27/11: Comentário irônico comparando casos de racismo de Taís Araújo e Titi faz sucesso na Internet (internauta sugeriu que os casos foram tratados com diferença por Taís ser negra).
Em dezembro, a coluna trouxe (05/12) o MasterChef, que terminou com grande injustiça por falta de planejamento ao deixar vazar nomes dos finalistas e eliminar Irina, mesmo com forte favoritismo junto ao público; (10/12) as decisões erradas da Record (como reprise de ODM e a extrema ousadia aplicada ao seu folhetim inédito Apocalipse), que acabaram derrubando seus índices diários; (14/12) os motivos pelos quais O Outro Lado do Paraíso explodiu em audiência (antecipação da 2ª fase, redução de cenas pesadas e a vingança de Clara); (17/12) a proposta de a Record encaixar Gugu em seus domingos, para barrar o sensacionalismo dramático com uma atração mais leve e remetendo aos tempos áureos do loiro e (21/12) apesar de nível fraco, o The Voice Brasil 6 terminou com equilíbrio de boas vozes (Carol Biazin, Day, Samantha Ayara e Vinicius D’Black).
Gratidão a todos os leitores da coluna pelo honroso prestígio e Feliz 2018!
* Todas as imagens são de divulgação ou reprodução das emissoras e/ou artistas.
Confira todas as edições da coluna pelos links: @Ligado_na_TV | @JuniorDanyllo
As opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do TV Foco