Se a Globo precisava de um nome para culpar pelo vazamento do vídeo no qual William Waack faz afirmações racistas, já tem dois até aqui. Como antecipamos aqui no TV Foco, nesta quinta-feira (9) se iniciou uma verdadeira caçada às bruxas na Globo. O objetivo é descobrir quem está envolvido no vazamento do vídeo que foi feito há 1 ano quando William Waack ainda estava nos Estados Unidos cobrindo as eleições americanas.
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Ainda nesta quinta-feira (9), a Jovem Pan deu mais detalhes sobre os funcionários e chegou a falar com eles sobre o vazamento. São eles: o operador de VT Diego Rocha Pereira, 28; e o designer gráfico Robson Cordeiro Ramos, 29. Ambos também são produtores de uma festa de música negra na cidade de São Paulo. Diego que é ex-funcionário da emissora e obteve as imagens falou sobre como tudo foi feito. “Tudo aconteceu enquanto a produção estava colocando o microfone nele”, explica Diego. “Eu ainda voltei as imagens para ter certeza, não estava acreditando que ele teria falado aquilo. Fiquei tão revoltado que filmei com meu celular”.
Já a divulgação do vídeo foi feita por Robson. “Soltei o vídeo em um grupo de líderes do movimento negro”, afirma. “Mas não foi premeditado essa repercussão, a ideia era mostrar para os amigos que um jornalista influente como ele também poderia ser racista”. Os dois foram questionados porque só divulgaram o vídeo agora e rebateram: “Chegamos a ouvir, ‘se não é do William Bonner’, não interessa”, diz Ramos. A dupla também rebate os comentários negativos que estão surgindo na internet. “Se nosso objetivo fosse fama ou dinheiro, teríamos feito antes”, diz Ramos.
“O vídeo original ficou em um celular que perdi durante o Carnaval. Mas o Robson tinha ele em um backup, quando foi atualizar o telefone recentemente, o vídeo apareceu”, detalha o operador de VT. Vale ressaltar que tanto Ramos quanto Pereira são negros e dizem ter se sentido afetados com o comentário. Os dois afirmam que a maior indignação é que o tipo de comentário que Waack fez parece ser algo natural para ele. “Ele faz o comentário de graça, tá tudo normal no estúdio, e ele fala de graça”, diz. “Eu me revolto porque ele [Waack] trabalha com milhões de negros dentro da Globo. Ele é o âncora, ele traz a informação, mas em volta dele tem um monte de negros trabalhando. Fico imaginando como ele é fora da câmera”, diz Ramos.
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WILLIAM WAACK DEVE SER SUBSTITUÍDO POR JORNALISTA NEGRO
O jornalista William Waack supostamente falou o que não devia e se deu mal na Globo. Após o vídeo em que ridiculariza pessoas de pele negra, o veterano acabou sendo afastado pela emissora do comando do Jornal da Globo já na edição desta quarta-feira (8), e já estão falando em um substituto oficial.
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De acordo com informações do colunista Ricardo Feltrin, o mais cotado é ninguém menos que o jornalista Heraldo Pereira, que, coincidentemente, é negro. Ele tem 56 anos de idade e substitui William Bonner eventualmente no Jornal Nacional, além de ser comentarista político no JG.
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Após o afastamento de William Waack, que supostamente fez comentários racistas em 2016, em vídeo vazado ontem, o nome mais citado nos corredores da emissora na manhã desta quinta-feira para substituí-lo no “Jornal da Globo” é o do jornalista Heraldo Pereira.
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Segundo a publicação, ele, ao contrário de Waack, é respeitado, humilde e muito querido pelos demais colegas de emissora, além de ter respaldo da direção de Jornalismo. Até a sua definição, o programa continuará sendo comandado por Renata Lo Prete, titular do Jornal das 10, da Globonews.
Ela foi chamada às pressas para a edição de ontem, após o vídeo polêmico viralizar na web. Heraldo Pereira, no entanto, mora em Brasília, e teria que se mudar para São Paulo, caso fosse escalado para se tornar o titular do telejornal das madrugadas.