Revenge: por essa a Record não esperava
12/07/2015 às 20h53
Quem já assistiu a no mínimo um episódio de Revenge sabe muito bem o motivo da metáfora aqui produzida. No extinto seriado americano, Amanda Clarke (Emily VanCamp) transforma-se em Emily Thorne após ver a família cair em ruínas, principalmente com a morte do pai, preso injustamente – com uma denúncia de terrorismo nas costas. Assim que completou a maioridade, a loira conseguiu nomes dos quais deveria se vingar. Victoria Grayson (Madeleine Stowe) é a verdadeira inimiga da justiceira, e interrompo por aqui por motivos de “não dar spoiler gratuito”.
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Ao contrário de uma história fictícia, aqui o alvo de análise são duas emissoras, essencialmente antagonistas no Brasil, cujos nomes nem precisam ser citados. O título do episódio? Esse fica a critério de vocês, leitores, porque criatividade aqui não falta (palpites nos comentários). Em 2012, a Record deu um golpe de mestre e obteve os direitos de exibição, com exclusividade, das Olimpíadas de Londres. Para isso, a emissora de Edir Macedo desembolsou nada mais, nada menos que U$ 60 milhões. A façanha se repetiu agora, com o Pan de Toronto, mas em 2016 o jogo vai virar, não é mesmo?
A transmissão das Olimpíadas do Rio no próximo ano será dividida também com Globo e Band, cujo valor da transação foi de U$ 200 milhões, igualmente divididos entre os grupos. A história ficou ainda mais complicada para o lado da emissora da Barra Funda. Motivo: o Grupo Globo anunciou que será um dos patrocinadores oficiais do evento. Mas como assim, Marcos? Pois bem. A empresa da família Marinho se juntou a Claro, Bradesco, Bradesco Saúde, Correios, Nissan e Embratel na categoria de “patrocinadora oficial”. Não foram divulgados valores, e o contrato inclui quatro conglomerados de peso: Globo, Globosat, Infoglobo (impressos) e Sistema Globo de Rádio. Além de ações de marketing específicas, a “panelinha” vai criar um logotipo que será transmitido por todos os veículos que comprarem os direitos.
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Sim, isso mesmo. A Record não tem para onde correr e fará, de forma involuntária, propaganda para sua maior concorrente. E a confusão não deve parar tão cedo. As duas emissoras devem bater de frente – também – para adquirir com exclusividade os direitos das Olimpíadas de 2020, com sede em Tóquio, no Japão. A cidade derrotou Istambul (Turquia) e Madri (Espanha) na votação que aconteceu há dois anos.
Enquanto isso, a gente assiste a esse duelo, melhor que muita novela, diga-se de passagem. Já que citei Revenge como pano de fundo, nada como encerrar este artigo com uma frase que resume toda essa situação em poucas linhas: “Na vingança, como na vida, toda ação tem uma reação oposta igual. No final, a culpa sempre cai”. Quem pagará esse preço, meus caros? Vamos aguardar pelos próximos episódios, com muita pipoca e refrigerante, “of course”.
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Por Marcos Martins (@MarcosMartinsTV)
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Autor(a):
Marcos Martins
Jornalista apaixonado pelos meios de comunicação, em especial a TV. (TWITTER e INSTAGRAM: @marcosmartinstv)