Cerca de 60 mil trabalhadores deverão receber o 14º salário se depender de uma votação que acontece nesta quarta-feira (13)
Milhares de trabalhadores terão direito a um valor extra agora em dezembro como uma forma de recompensar o trabalho do ano todo. Esse dinheiro é uma espécie de 14º salário e deve atender uma classe que luta por maiores direitos no Brasil.
O problema é que alguns trabalhadores que teriam direito a esse valor sequer estão na lista dos contemplados pelo 14º salário. Entenda a seguir o que acontece envolvendo o pagamento.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Através de uma publicação nas redes sociais, a secretária de Estado de Educação do Rio de Janeiro, professora Roberta Barreto, anunciou que nesta quarta-feira (13) ocorrerá a votação do Abono-Fundeb, que pode ser chamado de “14º salário”.
De acordo com a secretária, o valor representa mais uma folha de pagamento dos funcionários. Cerca de 60 mil servidores efetivos devem receber esse benefício.
“A bonificação é resultado de um planejamento cuidadoso, dentro das métricas e realidade da maior secretaria do estado. São esforços persistentes para promover a qualidade e eficiência na gestão educacional.”, disse a secretária.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Apesar de ajudar milhares de professores e servidores, alguns profissionais da rede pública alegaram que não receberam o valor, apesar de terem direito. Uma nota do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro) esclarece o problema.
Os representantes alegam que alguns professores não receberam o pagamento extra, apesar de terem atingido todas essas metas. O problema maior se refere à falta de critérios para decidir quem receberá o 14º salário.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Essa situação trouxe enormes críticas à SME-RJ (Secretaria Municipal de Educação), que divulgou recentemente um documento em que o profissional poderá entrar com um recurso na prefeitura, perguntando do porquê não vai receber a premiação”, diz a nota.
QUESTIONAMENTOS À SECRETARIA
A Sepe também emitiu uma série de questionamentos à SME:
1) Qual é o resultado de cada unidade escolar municipal e de cada servidor profissional de educação, em relação à avaliação de desempenho?
2) Qual o percentual total de servidores contemplados e não contemplados lotados na SME-RJ?
3) Quais os parâmetros utilizados na avaliação do desempenho específico para a SME-RJ?
QUANTO RECEBE UM PROFESSOR ESTADUAL NO RIO DE JANEIRO?
Atualmente, o Rio de Janeiro paga o pior salário do Brasil para os educadores da rede estadual: enquanto o piso nacional é de R$ 4.420, o professor de uma escola estadual tem um piso de R$ 1.588 como vencimento base (18 horas semanais). Os dados são do Brasil de Fato.