Anvisa determinou a retirada de 3 marcas de sal após risco de doença irreversível ser apontado
Como é do conhecimento de todos, a ANVISA, é uma autarquia cujos decretos são validados em todo o território nacional. E isso inclui a coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
Mas a sua maior importância perante a sociedade é promover a proteção da saúde da população.
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Essa proteção chega por intermédio de um controle sanitário da produção e consumo de produtos, bem como serviços submetidos à vigilância sanitária.
Vale mencionar que, mesmo as marcas de produtos indispensáveis na vida de qualquer brasileiro, já tomaram (em algum momento) uma intervenção da autarquia.
Falando nisso, nos últimos meses, a ANVISA determinou a proibição de 4 marcas de Sal, após apresentarem sérios riscos à saúde humana podendo levar o consumidor a ter uma doença irreversível.
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1- Kodilar
Começamos a linda pelo caso mais recente, que ocorreu no dia 25 de janeiro de 2024.
Nesse dia foi executada a proibição, distribuição, comercialização e a fabricação do lote nº 845.10 do produto Sal Rosa do Himalaia marca Naturalife Kodilar.
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De acordo com o decreto da ANVISA, publicada através do Diário Oficial da União, essa determinação após a emissão do Laudo de Análise Fiscal Definitivo nº 102.1P.0/2023, emitido pelo Laboratório Central Instituto Adolfo Lutz.
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No laudo foi revelado que o teor de iodo no lote do produto estava abaixo do mínimo estabelecido, o que resultou em um resultado insatisfatório*.
(*O sal para se considerar sadio, de acordo com o portal Reicen, o sal deve possuir entre 15 e 45 mg de iodo/kg do produto, conforme estabelece a Resolução RDC nº23 de 24 de abril de 2013, e isso vale em todo território nacional)
O iodo é um mineral utilizado na síntese dos hormônios produzidos pela glândula tireoide. De acordo com dados oficiais do Ministério da Saúde, nos anos 50, aproximadamente 20% da população já apresentou um Distúrbio por Deficiência de Iodo (DDI).
A deficiência desse nutriente pode provocar problemas na tireoide, como o bócio (aumento do volume da glândula), e afetar o desenvolvimento físico e intelectual de crianças.
Vale dizer que por cerca de seis décadas de intervenção, houve uma significativa redução na prevalência de DDI no Brasil (20,7% em 1955; 14,1% em 1974; 1,3% em 1994; e 1,4% em 2000).
Até o momento não foram encontradas justificativas ou respostas oficiais da empresa comentando o caso.
Porém, a situação envolveu APENAS apenas os lotes citados, sendo assim, a marca voltou a ser comercializada novamente como podem ver na imagem abaixo:
Vale mencionar que a marca chegou a receber a mesma proibição da ANVISA, em julho de 2023, como podem ver através desta resolução.
2- Salinas
Já no caso da marca Salinas, por meio da RESOLUÇÃO-RE Nº 2.104, do dia 13 de junho de 2023, a ANVISA também decretou a proibição de distribuição de um dos seus lotes.
Por meio do Diário Oficial da União, ela determinou o recolhimento do lote 06/2022 do produto
A medida foi motivada considerando o Laudo de Análise Fiscal Definitivo nº 179.1P.0/2022, emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, com resultado insatisfatório para o teor de iodo (abaixo do limite mínimo estabelecido).
Lembrando que a situação atingiu SOMENTE o lote mencionado e a marca voltou a ser comercializada normalmente.
Como podem ver na imagem retirada do site oficial da marca:
Não foram encontradas manifestações ou notas oficiais da empresa comentando o ocorrido.
3- Só Sal
Ainda em junho de 2023, no dia 15 daquele mês, a ANVISA por meio da RESOLUÇÃO-RE Nº 2.145, também determinou o recolhimento do lote 135-PX do produto Sal Marinho Grosso e Iodado – Churrasco, da marca Só Sal, da empresa Cimsal.
A medida foi motivada considerando o Laudo de Análise Fiscal Definitivo nº 187.1P.0/2022, emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, com resultado insatisfatório para o teor de iodo (acima do limite máximo estabelecido).
Como nos demais casos, o fato atingiu apenas um lote.
Sendo assim, os demais produtos e lotes da linha estão sendo vendidos normalmente no mercado.
Em seu site oficial, a marca ainda exibe as novidades e os produtos permanecem eu seu portfólio.
Também não foram encontradas manifestações e nem notas oficiais da empresa comentando o ocorrido.
O que causa o nível insatisfatório do iodo no sal?
Para quem não sabe, esse tipo de deficiência no nutriente levantam dois alertas para doenças graves como:
1- problemas na tireoide, como o bócio (aumento do volume da glândula)
2- Impedir o desenvolvimento físico e intelectual de crianças.
De acordo com o portal Rede Dor, um estudo publicado na Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, afirma que as gestantes que apresentam deficiência de iodo têm um risco de aborto espontâneo e morte fetal aumentado.
Vale dizer que por cerca de seis décadas de intervenção, houve uma significativa redução na prevalência de DDI no Brasil (20,7% em 1955; 14,1% em 1974; 1,3% em 1994; e 1,4% em 2000).
Existe também o programa de combate aos distúrbios por deficiência de Iodo no Brasil, o Pro Iodo.
Ela é uma das ações mais bem sucedidas no combate aos distúrbios por deficiência de micronutrientes e tem sido elogiado pelos organismos internacionais pela sua condução e resultado obtido na eliminação do bócio endêmico no País.
Vale dizer que as consequências do Bócio Endêmico são irreversíveis.
A deficiência desse micronutriente pode causar também:
- surdo-mudez;
- anomalias congênitas