3 varejistas gigantes, que vai desde rival da C&A a concorrente da Heineken, estão correndo contra o tempo para escapar da temida falência
Se tem duas palavras que ficaram em evidência e assombraram milhares de varejistas e empresas neste ano de 2023 foram a FALÊNCIA e a CRISE!
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Após atravessarmos um cenário de recessão da Covid 19 entre outros problemas econômicos, milhares de marcas e empresas que jamais pensaríamos que poderiam quebrar ou sofrer colapsos provaram o contrário causando um grande choque em consumidores.
Sendo assim separamos 3 dessas empresas, gigantescas no mercado, e que neste ano de 2023 estão pedindo por socorro se recorrendo à recuperações judiciais e fazendo de tudo para escapar da falência.
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Elas tem segmentos diversos que vai desde concorrente da C&A como rival da Heineken.
Amaro
E em meados de março de 2023, a Amaro uma forte varejista, rival da C&A, teve seu pedido de recuperação judicial atendido após se afundar em dívidas e enfrentar cenário adverso.
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Ela que foi fundada em 2012, cujo segmento é o fast fashion, sempre ofereceu o que há de melhor em vários setores da moda, do casual ao chic, bem similar às rivais citadas.
De acordo com o portal Forbes, como mencionamos, ela entrou com 0 pedido de recuperação judicial no dia 28 de março de 2023 e, desde então, ela corre contra o tempo para fugir da tão temida falência.
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Vale dizer que o mesmo foi protocolado um pouco antes, no dia 22 de março, pela 3º Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo.
1-Dívidas
Vale dizer que a mesma está com uma dívida milionária que chega a R$ 244,6 milhões. O pedido de recuperação foi a última alternativa, visto que ela passou por diversas tentativas de buscar investimentos externos e renegociar linhas de crédito.
No processo, a empresa disse possuir uma dívida líquida de R$ 151,7 milhões em obrigações bancárias e ter R$ 93 milhões em débito com os fornecedores:
Com o aval da justiça, a empresa recebeu a aprovação do plano por créditos que representam 41,63% da soma em aberto, percentual que equivale a R$ 101,8 milhões em dívidas.
2-Tá ruim pra todo mundo
Ainda de acordo com a Forbes, a Amaro alegou no pedido de recuperação que o setor de varejo, em geral, vem sofrendo com a alta da taxa de juros e com a volatilidade do câmbio, o que gerou um aumento considerável de seu passivo nos últimos anos, de acordo com a empresa.
Além disso, a marca reforçou que o setor atravessa uma queda de vendas e sofre com a alta da inflação, que teve efeito na operação como um todo.
Em um comunicado oficial da marca, na época, a Amaro afirmou que tem como objetivo preservar sua liquidez e adequar a sua estrutura de capital para fortalecer a operação. Além disso, visa a manutenção do relacionamento com fornecedores e parceiros:
“A empresa reafirma ainda seu compromisso de continuar entregando um excelente nível de serviço pelo qual é reconhecida e mantém seu posicionamento como ecossistema de lifestyle no mercado premium, focado em moda, beleza e casa”
Amaro teve o pedido de recuperação judicial atendido em março de 2023 (Foto Reprodução/Internet)3-O buraco é mais embaixo
Aparentemente, a situação da Amaro não foi culpa da pandemia. De acordo com o Diário do Comércio, no ano de 2021, a Amaro teve um crescimento de 50% no faturamento total.
E pouco mais de um ano depois, anunciou negociações com potenciais investidores para reforçar sua base de capital. Ou seja, a venda de parte de seus negócios.
Sob a justificativa de seguir crescendo pelo país, a Amaro migrou para o modelo de marketplace, expandiu sua área logística, mas, pouco tempo depois, a demanda esfriou e a operação seguiu grande e cara diante de um cenário de juros altos.
Guilherme De Cara, sócio consultor da Cherto Consultoria, afirmou que não acreditava que a entrada da marca em shopping center tenha comprometido a operação, vale dizer que a Amaro conta hoje com 20 lojas físicas espalhadas pelo Brasil.
Relembrando os números da Amaro de 2021, Guilherme alegou que talvez a marca tenha apostado muito nesse crescimento digital, realizando grandes investimentos nessa área. Isso exigiu muito endividamento e, agora, a economia não está ajudando:
“O que se viu com o término da pandemia foi que o on-line tem seu valor, mas com crescimento regular. O problema real atual é um cenário de juros com restrição de consumo dificultando as operações”
4-Motivos …
Adriano Gomes, professor da ESPM e sócio-diretor da Methóde Consultoria, esclarece que a mudança do digital para o físico traz custos adicionais, sendo o maior de capital de giro.
A questão é que a Amaro chegou na situação atual arrastada por uma cadeia de eventos que envolveu pesados investimentos no digital que acabaram descolados do crescimento aquém do esperado da demanda on-line.
Com as contas estranguladas, a marca buscou investidores, mas suas ações na Bolsa foram consideradas em valor elevado, o que repeliu compradores.
Nesse processo, restou à empresa reduzir os gastos, priorizando despesas operacionais essenciais, o que fez crescer as dívidas com fornecedores e com o sistema financeiro para escapar da falência total.
2- Petrópolis
Se você ama cerveja já deve ter ouvido falar do Grupo Petrópolis, vista como rival da Heineken, e responsável pelas cervejas Crystal, Itaipava e Petra.
Pois é, apesar do dono da Petrópolis ser um dos 70 bilionários do Brasil, com uma fortuna avaliada em R$ 12 bilhões, o grupo decretou recuperação judicial, também no primeiro semestre desse ano.
De acordo com o portal Diário do Comércio, essa situação se desencadeou após uma dívida milionária que o grupo contraiu no valor de R$ 4 bilhões.
O pedido foi deferido no dia 28 de março de 2023 o que impediu uma cobrança imediata de uma dívida de R$ 105 milhões, resultado de uma operação financeira que venceria, uma semana após do pedido.
A justiça ainda determinou a liberação de recursos da empresa junto aos bancos Santander, Daycoval, BMG e Sofisa e ao Fundo Siena, que somavam R$ 383 milhões. Com a tutela, os bancos não poderiam reter o dinheiro presente nas contas da Cervejaria.
Ainda de acordo com o Diário do Comércio, o Grupo Petrópolis informou, na petição, que a dívida financeira e de mercado de capitais girava em torno de R$ 2 bilhões (48% da dívida).
Na petição apresentada na 5ª Vara Empresarial, a companhia afirmou que enfrentava uma redução de receitas há 18 meses. Essa queda de vendas foi responsável por uma redução expressiva de 17% na receita.
Agora, conforme publicado pelo G1, a dívida acumulada que estava na casa de 4,2 bilhões de reais, sendo que 48% desse montante era financeira e os 52% restante com os fornecedores, cresceu em mais de R$1 bilhão e alcançou os R$5,6 bilhões.
Em uma nota, divulgada em novembro deste ano, o Grupo Petrópolis disse que permitirá a adoção de medidas necessárias para a readequação do endividamento e da estrutura de capital da companhia, permitindo a retomada dos investimentos.
3-Americanas
Para finalizar a lista, nós temos a Lojas Americanas, que após escândalo do rombo bilionário que explodiu no inicio desse ano, vêm fazendo de tudo para sobreviver e escapar da falência.
Falando nela, as últimas notícias envolvendo a varejista, é que agora em plena véspera de Natal, a Americanas, mostrou que ainda está em momento delicado.
Pois é, a Americanas, que poderia talvez se reerguer nesse fim de ano com as compras e gastos que envolvem essa época, teve um desfecho contrário, regado com demissões, fechamento de lojas e prejuízos.
Efeito reverso
Pois é, de e acordo com o perfil oficial de O Segredo, nas redes sociais, a Americanas executou uma demissão em massa de 5.526 funcionários na semana do dia 27 de novembro a 3 de dezembro.
O que acabou totalizando 33.861 trabalhadores ao final do período, conforme revelado em documento regulatório no dia 07 de dezembro de 2023.
A empresa de varejo ressaltou que as demissões envolviam tanto rescisões voluntárias (306 registros) quanto o término de 4.876 contratos temporários.
Fora isso, só nesse ano de 2023, foram encerradas 121 lojas. De acordo com o portal Pequenas Empresas & Grandes Negócios, da Globo, considerando que a empresa está em recuperação judicial, esse número pode não ser tão expressivo.
Porém, de acordo com declarações dadas pelo CEO, Leonardo Coelho Pereira, em entrevista concedida ao portal O Globo, esses fechamentos não tem a ver com questões operacionais e sim financeiras, uma vez que o aluguel encareceu demais e as vendas das regiões afetadas não devem crescer.
Comparando novamente com a Casas Bahia, em agosto de 2023, em meio a sua reestruturação citada acima, ela chegou a anunciar o fechamento de 100 lojas, 21 unidades a menos que a Americanas.
Mas como a Americanas chegou nessa situação?
Como mencionamos acima, após o rombo bilionário da Americanas, vir à tona, a situação começou a degringolar, não apenas para ela, como também para outras varejistas que estão tentando sobreviver, reduzir dados e principalmente escapar da falência.
Conforme analistas do mercado financeira alegaram, muitos fornecedores passaram a diminuir o prazo de pagamento da varejista, uma vez que possuem receios de levar “um calote”,
Se antes o prazo era de até 124 dias, em abril passou para oito dias, ou seja, os fornecedores estão exigindo um pagamento praticamente à vista.
Falando de operação na prática, é praticamente insustentável manter todos os custos a prazos tão pequenos quando falamos de grandes varejistas.
Como um mais um é dois, a companhia acabou tendo um fluxo de caixa extremamente deteriorado, uma vez que ela precisa fazer retiradas muito mais rápidas do que o habitual de 4 meses para pagar.
De acordo com o portal Seu Dinheiro, o escândalo do rombo somados às consequências tidas após isso fazem com que a Americanas se encontre, atualmente, em uma situação bem “fragilizada”.