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De rival da C&A nos shoppings a queridinha das donas de casa: 2 gigantes enfrentam falência em 2024

08/11/2024 às 11h20

Por: Lennita Lee
2 varejistas, incluindo rival da C&A e queridinha das donas de casa, lutam pra sobreviver em meio a fortes ameaças de falência (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Estadão/Canva/C&A)
2 varejistas, incluindo rival da C&A e queridinha das donas de casa, lutam pra sobreviver em meio a fortes ameaças de falência (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Estadão/Canva/C&A)

2 varejistas gigantescas enfrentam falência em 2024 e deixa milhares de consumidores em choque com a situação; Saiba agora o que está acontecendo

Em 2024, o cenário econômico brasileiro foi marcado por uma onda de falências e crises no setor varejista.

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Apenas para nível de conhecimento, a partir de informações do portal CNN, a equipe especializada em falências e mercado do TV Foco, constatou que quase 100% dos varejistas enfrentaram sérios problemas financeiros.

Muitos deles ainda tiveram que buscar alternativas, como reestruturação e até pedidos de falência, para enfrentar a desaceleração da economia, inflação alta e aumento de custos operacionais.

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Esse contexto desafiador reflete um período turbulento para o mercado, no qual empresas históricas e queridinhas dos consumidores também não foram poupadas como:

  • Tupperware — Uma das marcas mais icônicas do mercado e favorita entre as donas de casa
  • Sidewalk — Marca de roupa famosa dos shoppings cuja qual rivaliza com as principais do setor como a C&A.

Sendo assim, veja abaixo os detalhes da luta de cada uma delas e qual a sua real situação atual:

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1 — Tupperware — A queridinha das donas de casa

Pois é, quem diria, mas a Tupperware Brands Corporation, conhecida mundialmente por seus recipientes plásticos, sendo uma das mais amadas entre as donas de casa, anunciou oficialmente o pedido de falência em setembro de 2024.

Isso após anos de declínio em popularidade e dificuldades financeiras crescentes. Conforme exposto através do CNN, a ícone se viu gravemente impactada pelas condições adversas do mercado nos últimos anos, conforme vocês podem ver por aqui*.

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Laurie Ann Goldman, presidente e CEO da Tupperware, em um comunicado divulgado em 17 de outubro, destacou:

“Nos últimos anos, a posição financeira da empresa foi severamente impactada pelo desafiador ambiente macroeconômico”.

Na tentativa de sobreviver, a empresa recorreu ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, uma modalidade que permite a reestruturação de dívidas e a busca por alternativas estratégicas.

Laurie Goldman destacou que o objetivo é proporcionar flexibilidade à Tupperware, que ainda planeja transformar-se em uma empresa voltada para o digital e liderada pela tecnologia.

Entendendo a crise até aqui:

Primeiramente a Tupperware construiu sua marca ao longo de 78 anos com vendas diretas, promovendo os produtos em eventos conhecidos como “festas Tupperware”, semelhante à estratégia da Avon.

Somente em 2022 que a empresa passou a vender seus produtos em lojas como a Target, tentando se adaptar às novas preferências dos consumidores.

Porém, o plástico, material central dos produtos Tupperware, vem enfrentando uma imagem negativa entre os consumidores mais jovens, que buscam alternativas ecologicamente sustentáveis.

Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown, mencionou que “revitalizar a marca será uma luta árdua”, mesmo que ainda haja chances de encontrar um comprador.

Ainda em abril de 2023, a Tupperware informou publicamente que enfrentava sérios problemas de liquidez e poderia deixar o mercado se não conseguisse novos investimentos.

A empresa conseguiu uma trégua financeira quatro meses depois, renegociando sua dívida e garantindo um novo financiamento de US$ 21 milhões, mas a situação continuou se deteriorando.

Mas, fatalmente em 2024, a Tupperware encerrou operações em sua única fábrica nos Estados Unidos, na Carolina do Sul, demitindo cerca de 148 funcionários.

As ações da Tupperware caíram 74,5% no acumulado do ano, atingindo uma baixa de apenas US$ 0,51.

A última esperança

Diante de tantos problemas, esse pedido de falência visa permitir que a Tupperware continue operando enquanto tenta uma recuperação financeira.

A expectativa é que a empresa consiga reduzir custos, reorganizar suas operações e, possivelmente, encontrar um comprador ou parceiro estratégico para tentar revitalizar a marca e ajustá-la ao novo perfil de consumo.

  • Importância da Tupperware: A Tupperware é uma marca de utensílios domésticos que se destaca pela qualidade, durabilidade e ainda mais pela inovação dos seus produtos. 

2- SideWalk — Rival da C&A

Por fim temos a Sidewalk, conceituada loja de roupas voltada ao público masculino e feminino, vista como uma das rivais das principais lojas de departamento como a C&A, Riachuelo e até mesmo da Zara.

Sua identidade está no jeito urbano e, ao mesmo tempo, aventureiro. Fundado ainda no ano de 1982, o Grupo Sidewalk é composto também pelas companhias Canroo e Multside.

Terror da falência 

Mas, de acordo com o portal MSN, ela pediu pela recuperação judicial no dia 05 de agosto de 2024, a fim de sanar suas dívidas, que já estão na casa dos R$ 25,5 milhões.

A pandemia, somada a outros fatores como os altos aluguéis de shoppings e as mudanças climáticas, foram apontadas como as principais causas da crise.

Afinal de contas, as peças tem como foco principal os dias mais frios do inverno. O processo está correndo pela 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo–SP.

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Negociações

Conforme apurado pelo Estadão/Broadcast, o grupo tentou negociar com credores uma recuperação extrajudicial, mas que não foi possível chegar a um acordo:

“Existiram tentativas de negociação, mas o perfil dos credores nas negociações acabou inviabilizando a tentativa de seguirem um projeto de recuperação extrajudicial” — Conforme dito por uma fonte exclusiva do Estadão Broadcast.

Na petição inicial, foi apontado que nos últimos 12 meses, houve uma queda de 15% nas vendas da SideWalk, que como mencionamos acima “dependem das temperaturas frias”.

Além disso, ela também enfrenta o aumento do consumo via marketplaces, cujos quais ajudaram a dificultar a saúde da empresa, conforme dito pelo próprio grupo.

Esse processo de recuperação judicial envolve 21 unidades, além de outras 12 em fase de fechamento. A marca ainda conta ainda com 20 franquias que não integram o processo.

Ao procurar uma declaração mais explícita da marca sobre esse fato, a mesma não foi encontrada. Lembrando que o espaço permanece aberto caso assim lhe for conveniente dar a sua versão dos fatos.

  • Importância da SideWalk: A marca nasceu no período eletrizante da década de 80, após 3 amigos se juntarem em uma ideia em comum. Luis Gelpi, Eduardo Rizk e Tinho Azambuja resolveram fundar a SideWalk com um DNA repleto de originalidade e irreverência.

Quem são os credores da SideWalk?

Ainda de acordo com o portal, para a Justiça, o grupo pediu pela antecipação do stay period, ou seja, a antecipação da proteção contra credores, até que o pedido seja aceito pelo juiz.

Além disso, foi solicitado a manutenção dos serviços essenciais de internet, luz e telefonia.

Entre os fornecedores com quem a empresa tem débitos em aberto, o grupo cita Claro, Telefônica Brasil (dona da Vivo), America Net, Vogel, Terra, Telesp, Eletropaulo e Linx.

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Por que o varejo está em crise?

De acordo com o portal Metrópoles, muitos fatores podem contribuir para essa crise que afeta o varejo geral, como:

  • A pandemia;
  • Surto inflacionário;
  • Aperto monetário;
  • Avanço da inadimplência;
  • Fechamento maciço de lojas

Segundo Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), quando se trata de supermercados, o maior desafio foi o crescimento do atacarejo.

No entanto, se quiser saber mais sobre as crises e falências que assolam o mercado, cliquem aqui*

Considerações finais:

Em suma, 2 gigantes do varejo, Tupperware e Sidewalk, entraram em dificuldades financeiras em 2024.

A Tupperware, conhecida por seus produtos plásticos, enfrentou a queda na popularidade de plásticos, mudanças nos hábitos de consumo e a concorrência de marcas mais sustentáveis.

Por fim, a Sidewalk, marca de roupas, foi afetada pela pandemia, pelo aumento dos custos e pela concorrência de vendas online.

Ambas as empresas buscaram proteção judicial para reestruturar suas dívidas e tentar se adaptar ao novo cenário do mercado.

loja de roupas
SideWalk
Tupperware
tupperware entra com pedido de falência

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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