2 varejistas gigantescas enfrentam falência em 2024 e deixa milhares de consumidores em choque com a situação; Saiba agora o que está acontecendo
Em 2024, o cenário econômico brasileiro foi marcado por uma onda de falências e crises no setor varejista.
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Apenas para nível de conhecimento, a partir de informações do portal CNN, a equipe especializada em falências e mercado do TV Foco, constatou que quase 100% dos varejistas enfrentaram sérios problemas financeiros.
Muitos deles ainda tiveram que buscar alternativas, como reestruturação e até pedidos de falência, para enfrentar a desaceleração da economia, inflação alta e aumento de custos operacionais.
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Esse contexto desafiador reflete um período turbulento para o mercado, no qual empresas históricas e queridinhas dos consumidores também não foram poupadas como:
- Tupperware — Uma das marcas mais icônicas do mercado e favorita entre as donas de casa
- Sidewalk — Marca de roupa famosa dos shoppings cuja qual rivaliza com as principais do setor como a C&A.
Sendo assim, veja abaixo os detalhes da luta de cada uma delas e qual a sua real situação atual:
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1 — Tupperware — A queridinha das donas de casa
Pois é, quem diria, mas a Tupperware Brands Corporation, conhecida mundialmente por seus recipientes plásticos, sendo uma das mais amadas entre as donas de casa, anunciou oficialmente o pedido de falência em setembro de 2024.
Isso após anos de declínio em popularidade e dificuldades financeiras crescentes. Conforme exposto através do CNN, a ícone se viu gravemente impactada pelas condições adversas do mercado nos últimos anos, conforme vocês podem ver por aqui*.
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Laurie Ann Goldman, presidente e CEO da Tupperware, em um comunicado divulgado em 17 de outubro, destacou:
“Nos últimos anos, a posição financeira da empresa foi severamente impactada pelo desafiador ambiente macroeconômico”.
Na tentativa de sobreviver, a empresa recorreu ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, uma modalidade que permite a reestruturação de dívidas e a busca por alternativas estratégicas.
Laurie Goldman destacou que o objetivo é proporcionar flexibilidade à Tupperware, que ainda planeja transformar-se em uma empresa voltada para o digital e liderada pela tecnologia.
Entendendo a crise até aqui:
Primeiramente a Tupperware construiu sua marca ao longo de 78 anos com vendas diretas, promovendo os produtos em eventos conhecidos como “festas Tupperware”, semelhante à estratégia da Avon.
Somente em 2022 que a empresa passou a vender seus produtos em lojas como a Target, tentando se adaptar às novas preferências dos consumidores.
Porém, o plástico, material central dos produtos Tupperware, vem enfrentando uma imagem negativa entre os consumidores mais jovens, que buscam alternativas ecologicamente sustentáveis.
Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown, mencionou que “revitalizar a marca será uma luta árdua”, mesmo que ainda haja chances de encontrar um comprador.
Ainda em abril de 2023, a Tupperware informou publicamente que enfrentava sérios problemas de liquidez e poderia deixar o mercado se não conseguisse novos investimentos.
A empresa conseguiu uma trégua financeira quatro meses depois, renegociando sua dívida e garantindo um novo financiamento de US$ 21 milhões, mas a situação continuou se deteriorando.
Mas, fatalmente em 2024, a Tupperware encerrou operações em sua única fábrica nos Estados Unidos, na Carolina do Sul, demitindo cerca de 148 funcionários.
As ações da Tupperware caíram 74,5% no acumulado do ano, atingindo uma baixa de apenas US$ 0,51.
A última esperança
Diante de tantos problemas, esse pedido de falência visa permitir que a Tupperware continue operando enquanto tenta uma recuperação financeira.
A expectativa é que a empresa consiga reduzir custos, reorganizar suas operações e, possivelmente, encontrar um comprador ou parceiro estratégico para tentar revitalizar a marca e ajustá-la ao novo perfil de consumo.
- Importância da Tupperware: A Tupperware é uma marca de utensílios domésticos que se destaca pela qualidade, durabilidade e ainda mais pela inovação dos seus produtos.
2- SideWalk — Rival da C&A
Por fim temos a Sidewalk, conceituada loja de roupas voltada ao público masculino e feminino, vista como uma das rivais das principais lojas de departamento como a C&A, Riachuelo e até mesmo da Zara.
Sua identidade está no jeito urbano e, ao mesmo tempo, aventureiro. Fundado ainda no ano de 1982, o Grupo Sidewalk é composto também pelas companhias Canroo e Multside.
Terror da falência
Mas, de acordo com o portal MSN, ela pediu pela recuperação judicial no dia 05 de agosto de 2024, a fim de sanar suas dívidas, que já estão na casa dos R$ 25,5 milhões.
A pandemia, somada a outros fatores como os altos aluguéis de shoppings e as mudanças climáticas, foram apontadas como as principais causas da crise.
Afinal de contas, as peças tem como foco principal os dias mais frios do inverno. O processo está correndo pela 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo–SP.
Negociações
Conforme apurado pelo Estadão/Broadcast, o grupo tentou negociar com credores uma recuperação extrajudicial, mas que não foi possível chegar a um acordo:
“Existiram tentativas de negociação, mas o perfil dos credores nas negociações acabou inviabilizando a tentativa de seguirem um projeto de recuperação extrajudicial” — Conforme dito por uma fonte exclusiva do Estadão Broadcast.
Na petição inicial, foi apontado que nos últimos 12 meses, houve uma queda de 15% nas vendas da SideWalk, que como mencionamos acima “dependem das temperaturas frias”.
Além disso, ela também enfrenta o aumento do consumo via marketplaces, cujos quais ajudaram a dificultar a saúde da empresa, conforme dito pelo próprio grupo.
Esse processo de recuperação judicial envolve 21 unidades, além de outras 12 em fase de fechamento. A marca ainda conta ainda com 20 franquias que não integram o processo.
Ao procurar uma declaração mais explícita da marca sobre esse fato, a mesma não foi encontrada. Lembrando que o espaço permanece aberto caso assim lhe for conveniente dar a sua versão dos fatos.
- Importância da SideWalk: A marca nasceu no período eletrizante da década de 80, após 3 amigos se juntarem em uma ideia em comum. Luis Gelpi, Eduardo Rizk e Tinho Azambuja resolveram fundar a SideWalk com um DNA repleto de originalidade e irreverência.
Quem são os credores da SideWalk?
Ainda de acordo com o portal, para a Justiça, o grupo pediu pela antecipação do stay period, ou seja, a antecipação da proteção contra credores, até que o pedido seja aceito pelo juiz.
Além disso, foi solicitado a manutenção dos serviços essenciais de internet, luz e telefonia.
Entre os fornecedores com quem a empresa tem débitos em aberto, o grupo cita Claro, Telefônica Brasil (dona da Vivo), America Net, Vogel, Terra, Telesp, Eletropaulo e Linx.
Por que o varejo está em crise?
De acordo com o portal Metrópoles, muitos fatores podem contribuir para essa crise que afeta o varejo geral, como:
- A pandemia;
- Surto inflacionário;
- Aperto monetário;
- Avanço da inadimplência;
- Fechamento maciço de lojas
Segundo Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), quando se trata de supermercados, o maior desafio foi o crescimento do atacarejo.
No entanto, se quiser saber mais sobre as crises e falências que assolam o mercado, cliquem aqui*
Considerações finais:
Em suma, 2 gigantes do varejo, Tupperware e Sidewalk, entraram em dificuldades financeiras em 2024.
A Tupperware, conhecida por seus produtos plásticos, enfrentou a queda na popularidade de plásticos, mudanças nos hábitos de consumo e a concorrência de marcas mais sustentáveis.
Por fim, a Sidewalk, marca de roupas, foi afetada pela pandemia, pelo aumento dos custos e pela concorrência de vendas online.
Ambas as empresas buscaram proteção judicial para reestruturar suas dívidas e tentar se adaptar ao novo cenário do mercado.