ADEUS!

Dívida de mais de R$1BI: Rede gigante rival da Magazine Luiza tem falência decretada após 87 anos no RJ

13/04/2025 às 23h15

Por: Larissa Caixeta
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Rival da Magazine Luiza e falência - Foto Reprodução Internet

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Um rede varejista gigantesca, rival da Magazine Luiza, acabou tendo sua falência decretada. Veja todos os detalhes sobre esse triste fim

Quando uma empresa fecha as portas, não se trata só do fim de um CNPJ, mas, sim da história de centenas de trabalhadores e clientes. Dessa vez, por exemplo, falaremos da falência de uma grande varejista.

Trata-se do adeus de uma rede gigantesca, considerada uma das rivais da Magazine Luiza quando o assunto era o varejo. A seguir, veja todos os detalhes apurados pelo TV FOCO, sobre esse triste fim.

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Estamos falando da Mesbla, uma das mais icônicas redes de varejo do Brasil, que possuía a suas sede no Rio de Janeiro, e que teve sua falência decretada após uma trajetória de 87 anos.

De acordo com as informações da ‘Wikipédia’, fundada oficialmente como Mesbla S.A. em 1939, a empresa iniciou suas atividades bem antes, em 1912, como filial da firma francesa Mestre & Blatgé.

A pequena representação de comércio de máquinas e equipamentos no número 83 da Rua da Assembleia, no centro do Rio de Janeiro, cresceu, se reinventou e se transformou em um símbolo do varejo nacional.

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Mesbla teve falência declarada (Foto: Reprodução/ Internet)

O começo de uma trajetória de sucesso

Sob o comando visionário de Louis La Saigne, que assumiu a direção em 1916, a filial carioca se tornou independente e ganhou nome próprio: Mesbla, combinação das primeiras sílabas do nome original.

O crescimento foi vertiginoso. Em 1962, a empresa já comemorava seu jubileu de ouro como uma potência brasileira, com 13 filiais espalhadas pelo país e mais de 8 mil funcionários.

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Nos anos 1980, a Mesbla atingiu o ápice de sua glória: 180 pontos de venda, 28 mil colaboradores e a reputação de ser a loja onde se encontrava de tudo, menos caixões, como brincavam seus funcionários.

De roupas a automóveis, aviões e lanchas, a rede dominava o varejo nacional com lojas de grande porte, presença nas capitais e interior, e um catálogo impressionante de produtos.

Mas o brilho começou a se apagar

Apesar de tentativas de modernização e reformulação a partir dos anos 80, erros de gestão, decisões comerciais questionáveis e um modelo de negócios obsoleto começaram a corroer a solidez da gigante.

A Mesbla pecou por excesso de confiança, por manter estruturas administrativas inchadas e por tomar decisões baseadas em premissas ultrapassadas, como estocar mercadorias em excesso no final do governo Sarney, prevendo uma hiperinflação que não veio.

Falência da Mesbla (Reprodução/Internet)
Falência da Mesbla (Reprodução/Internet)

A chegada do Plano Real, em 1994, escancarou a fragilidade de sua operação. Os prejuízos aumentaram, lojas foram fechadas, e o número de funcionários caiu drasticamente.

Mesmo tentando se reposicionar com cartões próprios e marcas exclusivas, a Mesbla já não conseguia competir com redes estrangeiras mais ágeis e modernas.

Mais de R$ 1 bilhão em dívidas e falência

Em 1997, sufocada por dívidas que já ultrapassavam R$ 1 bilhão, a empresa entrou com pedido de concordata. Foi então adquirida pelo empresário Ricardo Mansur, que já havia comprado o Mappin meses antes.

Sua estratégia era unificar as duas marcas e reerguê-las, mas o plano ruiu rapidamente. Sem capital suficiente, enfrentando atrasos de pagamento e ordens de despejo, as lojas foram fechando uma a uma.

A falência foi oficialmente decretada em julho de 1999. Restava à Mesbla, naquele momento, apenas o estoque colocado em liquidação para garantir o pagamento dos salários de 750 funcionários restantes.

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Mesbla fechou suas portas em 1999 (Reprodução: Internet)

Ademais, a última loja fechou suas portas em 24 de agosto daquele ano, em Niterói, encerrando um capítulo marcante da história do comércio brasileiro.

Aliás, vale destacar que, tentativas de retomar a marca ocorreram, como em 2009 com um projeto de e-commerce, mas não passaram da promessa.

Considerações finais

Qual a maior varejista do Brasil?

O Ranking 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) em parceria com a Cielo, trouxe uma lista com as 10 gigantes do setor:

  • 1) Carrefour: faturamento de 115,4 bilhões de reais
  • 2) Assaí: faturamento de 72,8 bilhões de reais
  • 3) Magazine Luiza: faturamento de 45,6 bilhões de reais
  • 4) Grupo Casas Bahia: faturamento de 36,9 bilhões de reais
  • 5) Raia Drogasil: faturamento de 36,3 bilhões de reais
  • 6) Grupo Boticário: faturamento de 30,8 bilhões de reais
  • 7) Grupo Mateus: faturamento de 25,3 bilhões de reais
  • 8) GPA Alimentar: faturamento de 20,6 bilhões de reais
  • 9) Natura&CO: faturamento de 18,7 bilhões de reais
  • 10) Americanas: faturamento de 17,4 bilhões de reais

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Prazer, eu sou a Larissa Caixeta e se tem uma coisa que eu amo é escrever sobre os bastidores da TV, e tudo o que acontece pelo mundo. Integro a equipe do TV Foco desde 2023 e falo sobre os mais diversos assuntos por aqui, como famosos, carros, futebol, entre outras curiosidades. Estou sempre antenada aos os últimos acontecimentos e atuo com muito entusiasmo no meu trabalho.

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