Dívidas estão fazendo supermercados rival do Assaí quase fechar as portas
Com uma dívida absurda de R$ 135 milhões, uma famosa rede de supermercados rival do Assaí está à beira da falência e travando uma verdadeira luta para sobreviver.
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Acontece que a pandemia ainda está causando impacto. Isso porque no auge da mesma, várias empresas fecharam as portas entrando em uma grande crise financeira. Uma delas foi uma rede de supermercados, rival do Assaí.
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A falência se torna a última opção quando a empresa não é mais viável financeiramente. Seja pelo excesso de dívidas ou por não faturar o necessário para continuar com as portas abertas.
Estamos falando do Grupo Solar Supermercados, que apesar de não ser um atacarejo como a rede Assaí, a rivalidade se dá por conta do grupo também ter forte presença no estado de São Paulo, e atua desde 1996 nas regiões do interior paulista.
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De acordo com a própria empresa, atualmente a rede conta com 07 filiais, sendo 04 supermercados, depósito de gás, posto de combustíveis e farmácia, localizadas nas cidades de Santa Rosa de Viterbo-SP, Santa Cruz das Palmeiras-SP e São José do Rio Pardo-SP.
Conforme divulgado pelo portal Cidade On, a Justiça de Santa Rosa de Viterbo aceitou o pedido de recuperação judicial do Grupo Solar Supermercados, que são donos do Supermercados Alma Julia, da região de Ribeirão Preto, SP, em novembro de 2023.
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Vale pontuar que a empresa já havia feito o pedido de sua recuperação em junho do mesmo ano, mas teve o pedido negado pela Justiça na época.
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De acordo com o Conjur, nos autos do processo, a empresa Solar Supermercados entrou com o pedido em abril de 2023, alegando sofrer dificuldades financeiras devido a um rombo em mais de R$ 100 milhões, no total de R$ 135 milhões de reais.
GRAVE ACUSAÇÃO…
Porém, o pedido de recuperação foi feito logo após a inauguração de uma grande loja em Ribeirão Preto, em março de 2023, com custo estimado em R$ 61 milhões de reais.
Segundo informações do portal G1, na ocasião, o juiz Alexandre Cesar Ribeiro também determinou a instauração de inquérito na Polícia Civil para investigar uma suspeita de fraude para prejudicar credores.
Ao analisar a solicitação, o magistrado levou em conta a documentação apresentada, sendo que os bancos manifestaram pelo indeferimento.
O Itaú Unibanco, por exemplo, informou que, no ano de 2022, o Grupo Solar apresentou lucro bruto de R$ 36,1 milhões, lucro líquido de R$ 4,1 milhões, e patrimônio líquido positivo de R$ 19,4 milhões.
Ainda segundo a ação, o juiz considerou principalmente o intervalo da inauguração da colossal loja em Ribeirão Preto e a construção e expansão de outras unidades, sendo que até o momento não havia nenhuma informação sobre crise ou dificuldade econômica por parte da empresa.
Para o juiz Alexandre Cesar Ribeiro, o Grupo Solar se utilizou da recuperação judicial como meio ilícito de obter a redução forçada de obrigações recém contraídas para a abertura do Alma Júlia.
De acordo com documentos analisados pelo juiz, às vésperas do ajuizamento do pedido de recuperação judicial, o Grupo Solar teria aberto uma ’empresa de fachada’, a MF3 Comércio Ltda, em nome de Francisco de Assis Moura Vieira.
QUAL É A SITUAÇÃO HOJE DA RIVAL DO ASSAÍ?
Francisco é ex-marido de uma das sócias e principal administradora do grupo, Marise Miriam Lourenço, e a empresa ficou responsável por receber integralmente o valor das vendas de cartões de crédito, débito e alimentação feitas nas unidades do Grupo Solar.
Qual foi o desfecho da Justiça do caso do Grupo Solar Supermercados? Como em uma grande reviravolta, a Justiça acabou acatando o pedido da recuperação judicial do Grupo Solar, e a decisão foi publicada no dia 9 de outubro de 2023.
Com a decisão, foram suspensas as execuções contra o grupo pelo prazo de 180 dias contados a partir do deferimento da recuperação judicial. Sendo assim, a empresa segue travando uma luta para sobreviver.