Rombo de R$ 135 milhões: Rede de supermercado, rival do Carrefour, vive terror de falência e luta pra sobreviver

Uma rede de supermercados gigante, rival do Carrefour, vive o terror de falência e luta pra sobreviver. Entretanto, a decisão da Justiça em relação ao caso chocou todo mundo

Existem vários motivos que podem levar as empresas a quebrarem, como problemas financeiros, falta de linha de crédito, capital de giro, problemas administrativos e contábeis e é claro, a inadimplência. Nessa matéria, por exemplo, falaremos sobre uma rival gigante do Carrefour que vive o terror da falência e luta pra sobreviver.

Para quem não sabe, estamos falando sobre a situação da rede de supermercados Solar. De acordo com informações do portal G1, em abril de 2023, o Grupo Solar entrou com o pedido de recuperação judicial na Justiça, alegando passivos de R$ 135 milhões. Entretanto, uma reviravolta surpreendente acabou acontecendo.

Isso porque a Justiça indeferiu o pedido de recuperação judicial do Grupo Solar, de Santa Rosa de Viterbo (SP), dono de uma rede de supermercados no interior de São Paulo. Na decisão, o juiz Alexandre Cesar Ribeiro também determinou a instauração de inquérito na Polícia Civil para investigar uma suspeita de fraude para prejudicar credores.

Em março de 2023, antes de entrar com o pedido de recuperação judicial, a rede inaugurou o supermercado Alma Júlia, na Avenida Professor João Fiúsa, em Ribeirão Preto. O investimento de R$ 61 milhões incluiu um centro de distribuição de mercadorias na cidade. Para indeferir o pedido, a Justiça considerou vários fatores.

O magistrado levou em conta a documentação apresentada, sendo que os bancos manifestaram pelo indeferimento. O Itaú Unibanco, por exemplo, informou que, em 2022, o Grupo Solar apresentou lucro bruto de R$ 36,1 milhões, lucro líquido de R$ 4,1 milhões, e patrimônio líquido positivo de R$ 19,4 milhões. Outro detalhe chamou atenção.

Às vésperas de entrar com o pedido de falência, a empresa rival do Carrefour teria aberto uma “empresa de fachada”, a MF3 Comércio Ltda, em nome de Francisco de Assis Moura Vieira. A empresa ficou responsável por receber integralmente o valor das vendas de cartões de crédito, débito e alimentação feitas nas unidades do Grupo Solar.

Para o magistrado, segundo informações do G1, a rival do Carrefour apresentou balanço que não refletia sua atual situação, ela agiu de má-fé para enganar os credores no fornecimento de crédito, bens e serviços, o que constitui elementos para evidenciar a fraude cometida pela empresa. Na ocasião, os advogados da empresa se pronunciaram.

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“A empresa por meio de seu corpo jurídico, já tomou as medidas cabíveis apresentando o competente recurso judicial. Informa ainda que todas as suas lojas estão atendendo normalmente, com o padrão de qualidade e excelência que é característica do grupo e que não existe possibilidade disso mudar”, disse o escritório Hora Cardoso Advogados Associados.

Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?

Segundo informações do portal Vem Pra Dome, ambos os institutos têm como objetivo a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.

No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.

A ideia por trás da recuperação judicial é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, que é considerado irrecuperável.