5 empresas gigantescas, em diversos segmentos, passaram por falências e quebras chocantes
Se tem uma palavra que ficou muito evidenciada e assombrou este ano de 2023, quando falamos sobre empresas, marcas e até mesmo alguns bancos, é a palavra FALÊNCIA!
Porém muitas falências e quebras que ocorreram ainda no ano de 2022 trouxe consequências e desfechos neste ano, o que deixou muitos clientes chocados e impactados, antes mesmo de 2023 dar um adeus definitivo.
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Sendo assim separamos 5 dessas empresas, que aliás são gigantescas no mercado, que tiveram falências decretadas entre 2022 e 2023 que vão fazer você cair para trás
1- Itapemerim
A Itapemerim é uma empresa tradicional de aviação, rival da Latam, e que estava desde os anos 50 operando no país.
Infelizmente ela teve a sua falência decretada ainda no ano de 2022, mais precisamente em setembro daquele ano.
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De acordo com o portal Uol, sua falência ocorreu pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, mas sua recuperação judicial já se arrastava desde o ano de 2016 e a sua ruína começou em 2021.
Suas dívidas somadas chegava a R$ 200 milhões, fora os R$ 2 bilhões em despesas pendentes com impostos e previdência.
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Ainda de acordo com o portal UOL, a decisão partiu do juiz João de Oliveira Rodrigues que também bloqueou os bens de Sidnei Piva de Jesus, dono da empresa.
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Essa decisão se deu, após a Piva Consulting, outra companhia dele, supostamente gerar uma “confusão patrimonial”, ou seja, quando se mistura os rendimentos das duas pessoas jurídicas.
1-Sonho frustrado
No ano de 2021, como mencionamos acima , a companhia começou a ruir após passar a oferecer transporte aéreo, que era um grande sonho da companhia que, até então, estava apenas no setor rodoviário.
Porém esse “sonho” durou apenas seis meses, e o que era pra ser um lindo vislumbre de prosperidade nas alturas, virou um verdadeiro pesadelo, nao apenas para a companhia mas para seus clientes também.
Afinal de contas, em meio ao caos, a empresa acabou deixando milhares de passageiros sem viajar nas festas de final de ano na época, o que gerou diversas reclamações em órgãos de defesa do consumidor e também uma série de ações judiciais.
Todos os sete aviões, que eram alugados, foram devolvidos aos seus donos nos meses seguintes. Um acordo chegou a ser costurado com credores para continuar a operação, mas não deu certo.
Chegou-se a cogitar que a empresa pudesse voltar, mas não aconteceu.
Foi aí, que em setembro de 2022, o grupo Itapemirim teve a sua falência decretada de vez, deixando milhares de credores e funcionários sem pagamento
2-Clientes em apuros
Segundo o portal InfoMoney, após a falência da Itapemerim, muitos dos seus passageiros ficaram na mão e muitos prejuízos não foram solucionados até hoje.
O engenheiro químico Ítalo Xavier foi um dos passageiros afetados pela interrupção, nas vésperas de seu voo para Recife, onde visitaria a família.
Dois dias antes do embarque, marcado para 24/11 , daquele ano, ele recorreu a outra companhia aérea às pressas, depois que soube da situação da Itapemirim pela imprensa:
“Eles não me informaram nada, nenhum e-mail ou SMS. Eu vi a confusão pelas reportagens, então corri para comprar uma nova passagem aérea” – Disse ele na época
Após essa viagem, que precisou ser paga à parte, o engenheiro químico procurou a empresa diversas vezes para reembolso, mas não teve a solução do caso.
Então, resolveu recorrer ao Procon, na ocasião, mas também sem sucesso no ressarcimento: “O processo judicial é desgastante, ainda mais porque eu mesmo tenho feito todos os trâmites, mas eu vou até o fim” – Iniciou ele que continuou:
“Eu tenho outros amigos que tiveram o mesmo problema, porém desistiram e deram o dinheiro como perdido”.
Val mencionar que até hoje muitos desses clientes ainda estão impactados com os destroços deixados, uma vez que muitos ainda não receberam o seu devido ressarcimento.
3- A volta
Agora, quando tudo parecia estar perdido, a Itapemirim ressurgiu das cinzas como uma verdadeira fênix, deixando muitos brasileiros impressionados.
De acordo com o portal G1, no dia 11 de Julho de 2023, a Justiça de São Paulo decidiu em segunda instância suspender o decreto de falência da Itapemirim Transportes Aéreos, proferido pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais.
O relator da decisão do dia 18 de Agosto de 2023, o desembargador Azuma Nish, considerou que a empresa de tecnologia que havia entrado com o pedido de falência da empresa aérea optou por desistir da ação, o que não foi levado em conta pelo magistrado da primeira instância do Tribunal de Justiça (TJ-SP).
Segundo o desembargador, uma análise preliminar do recurso aberto pela Itapemirim Transportes Aéreos indica que alegações apresentadas pela empresa, como problemas no envio de citação para defesa, são plausíveis, e manter a falência poderia acarretar em dano irreparável para a companhia.
De acordo com o portal CNN, segundo o documento emitido, “todo o procedimento foi realizado às escuras, sem o conhecimento da empresa em relação a nenhum ato praticado.”
Além disso, a decisão judicial esclarece que o sócio Sidnei Piva de Jesus teve a imposição de medidas cautelares criminais, dentre as quais o afastamento da gestão do Grupo Itapemirim, o que era de conhecimento do desembargador e do auxiliar da justiça.
Vale deixar claro que as empresas de ônibus do Grupo Itapemirim NÃO FAZEM PARTE do processo, por isso continuam com arrendamento da companhia Suzantur, sediada no ABC Paulista.
*Para saber mais sobre a empresa de ônibus do Grupo Itapemerim, clique aqui
De acordo com apurações feitas pelo TV Foco, ainda não tem previsão das operações aéreas da Itapemirim serem retomadas.
2- Revlon
A Revlon, é uma grande empresa no ramo dos cosméticos e vista como uma rival da Natura, uma vez que a mesma faz concorrência direta com a Avon, marca que pertence ao Natura&Co desde 2020, o que custou a marca o valor equivalente a 2 bilhões de dólares*.
*Para saber mais sobre essa compra, clique aqui
Ela foi fundada ainda no ano de 1932 e sua imponência é tão grande, que em junho de 2022, ela chocou o mundo quando entrou com seu pedido de proteção à falência, o que a deixou por um triz de deixar de existir de vez.
Fora que os últimos anos da marca foram bem complicados, ainda mais durante o período da pandemia da Covid-19, que acabou agravando o cenário e deixando ainda mais devastador
Reviravolta
Agora, de acordo com o portal Network Fashion, em abril deste ano de 2023, a Revlon teve uma grande reviravolta e acabou escapando da falência devastadora e iminente.
Isso porque o juiz de falências de Manhattan, David Jones, encarregado de supervisionar a falência da empresa sob o Capítulo 11*, disse que a Revlon chegou a “um acordo multifacetado e árduo” que acabou resolvendo uma “série de riscos que ameaçavam a empresa”, incluindo um litígio “debilitante” entre seus credores.
*O Capítulo 11 da Lei de Falências do Código Estados Unidos é um dos capítulos do Título 11 do Código de Falência dos Estados Unidos.
Conforme o plano, os credores da Revlon assumirão a propriedade da empresa em troca de um acordo de redução da dívida, anulando o valor do capital dos atuais acionistas.
A empresa reestruturada planeja arrecadar US$ 670 milhões após sair da falência com a venda de novas ações.
A reorganização da Revlon foi apoiada por 88% dos 4.500 credores que votaram no plano, e os credores de apoio possuem 98% da dívida da empresa*
*Para saber mais detalhes sobre o assunto clique aqui
3- SVB
De longe a falência da Silicon Valley Bank (SVB), importante instituição financeira americana, foi a mais chocante deste ano de 2023.
Fundado em 1983, o SVB se especializou em serviços bancários para startups de tecnologia e forneceu financiamento para quase metade das empresas americanas de tecnologia e saúde apoiadas por capital de risco.
Ninguém esperava por isso …
De acordo com o portal CNN, devido ao aumento da inflação no Estados Unidos ainda no ano de 2022, o Federal Reserve, instituição que tem como intuito estabilizar o dólar, tomou medidas para conter o crescimento inflacionário.
Isso fez com que a taxa de juros sobre empréstimos tomados em bancos tivesse um aumento significativo. Sendo assim, os títulos a longo prazo foram sendo cada vez mais desvalorizados.
Essa medida foi feita de forma extremamente agressiva e abrupta. Com isso, os custos de empréstimos mais altos minaram o ímpeto das ações de tecnologia que beneficiaram o SVB.
As taxas de juros mais altas também corroeram o valor dos títulos de longo prazo que o SVB e outros bancos engoliram durante a era das taxas de juros ultrabaixas, quase zero.
A carteira de títulos de US$ 21 bilhões (equivalente a R$ 100 bilhões) do SVB estava rendendo uma média de 1,79%, o atual rendimento do Tesouro de 10 anos é de cerca de 3,9%.
Ao mesmo tempo, o capital de risco começou a secar, forçando as startups a sacar os fundos mantidos pelo SVB.
Devido a isto, os investidores iniciaram uma série de saques envolvendo fundos administrados pela Silicon Valley Bank, fazendo com que o banco anunciasse que estava negociando seus títulos sem obter nenhum tipo de lucro.
Inclusive, estavam negociando com margem para prejuízos…
Desespero toma conta …
Da noite pro dia, logo pela manhã, as ações do banco estavam em queda. Temendo uma nova crise, como a de 2008, os investidores começaram a retirar TODO os seus investimentos.
Não suportando o impacto, o banco acabou anunciando a falência, e como mencionamos, tudo isso em um período recorde.
4- Saraiva
Outra falência que foi um verdadeiro “chute no estômago” de muitos amantes de livros, música e cultura geek em geral foi a da Livrarias Saraiva.
De acordo com o portal Metrópoles, ela protocolou de vez o seu pedido de falência através da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, em outubro de 2023, porém ela já estava em recuperação judicial desde 2018.
Através de um comunicado oficial, ela informou que a RSM Brasil Auditores Independentes não prestaria mais serviços de auditoria à rede.
De acordo com o portal Suno, no dia 07 de outubro A 2º Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo decretou em DEFINITIVO a falência da mesma, tendo assim, o sonho oficialmente acabado …
Com isso, a empresa deixou oficialmente de existir e seus bens passaram a integrar a massa falida, cuja qual será gerida por um administrador judicial que, deverá colocar os bens em leilões.
Segundo as informações que constam dos documentos da recuperação judicial da Saraiva, a companhia já não possuía mas nenhum imóvel.
Dentre os bens detidos pela empresa estão listados:
- Bens móveis (máquinas, equipamentos, móveis): R$ 15 milhões
- Estoque de 486 mil livros, 108 mil itens de papelaria e 28 mil itens de outras mercadorias: R$ 21 milhões
- Valor a ser recebido em processos judiciais: R$ 250 milhões
Vale dizer que um pouco antes no fim de setembro, ela já havia encerrado as atividades em todas as lojas físicas, mantendo apenas suas vendas através do meio digital, o que causou a demissão em massa de milhares e a tristeza dos seus consumidores.
5-Chocolate Pan
Para fechar a lista com chave de ouro, nós temos a falência da icônica Chocolates Pan, que fiou nacionalmente conhecida pelos cigarrinhos de chocolate, mas que infelizmente teve sua falência decretada em meados de fevereiro de 2023, pela 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo.
Segundo o portal CNN, a empresa já estava em recuperação judicial desde o ano de 2021 e havia entrado com pedido de autofalência na Justiça, na 1ª RAJ (Região Administrativa Judiciária) do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), no dia 13 de fevereiro de 2023.
A marca sucumbiu de vez após reconhecer a incapacidade de continuar operando e honrar as dívidas. Ainda segundo o portal as mesmas chegavam na casa dos R$ 300 milhões.
Com isso a administradora judicial deu inicio ao encerramento definitivo da fábrica e seguiu vendendo os ativos restantes para conseguir pagar os credores.
Segundo o que a própria empresa declarou, a pandemia foi fator determinante que dificultou ainda mais o cenário catastrófico*
Para saber mais sobre a falência da Pan clique aqui
De acordo com o portal Folha de S.Paulo, a antiga fábrica da Chocolates Pan, foi colocada a leilão em agosto de 2023, mas na época não havia recebido nenhum lance, sendo esnobada por completo em menos de 20 horas do fim do certame.
Avaliado em mais de R$ 105 milhões, o complexo industrial tem 10.432 m² e está localizado na cidade de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo.
*Para saber mais sobre esse assunto clique aqui”
Quem arrematou a fábrica da Chocolates Pan?
Porém no dia dia 15 de setembro, de acordo com o Diário do Comércio, O Grupo Cacau Show ofereceu R$ 70 milhões, com entrada de R$ 17,5 milhões e o saldo em 30 meses.
No dia 19 de outubro, a Justiça homologou o processo oficializando assim o arremate da gigante dos chocolates.
Por meio do seu braço de investimentos CCSH, a Cacau Show disputou e levou todos os itens leiloados, comprando a área do imóvel onde ficava a fábrica, bem como os equipamentos e máquinas do local.