Uma das maiores rivais da Unimed no país acaba de ser colocada a venda e situação pega clientes de surpresa
E uma forte empresa do ramo da saúde, acaba de anunciar que pretende vender suas operações no país, pegando clientes de surpresa e, até mesmo, assustando muitos deles.
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Estamos falando do grupo norte-americano UnitedHealth Group que inclusive é detentora da operadora Amil e da Americas Serviços Médicos, uma das maiores rivais da Unimed no Brasil.
De acordo com o que foi divulgado pelo portal Valor Econômico, o processo de venda está em fase inicial e deve ser realizado via diferentes formatos, como consórcio com vários interessados.
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Expectativas
Estimativas do BofA* (sigla para Bank of America Merrill Lynch) indicam que a Amil é avaliada de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões, sem considerar a carteira de planos de saúde individual.
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*É um banco norte-americano cujo foco são investimentos e provedores de outros serviços financeiros.
Vale dizer que essa não é a 1ª vez que o grupo norte-americano tenta vender as operações no Brasil, que em negociações anteriores, já tentou dividir o negócio.
De acordo com o portal Poder 360, no ano de 2021, a empresa ofereceu R$ 3 bilhões por cerca de 340 mil contratos de convênio individual e 4 hospitais.
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Mas a transação foi barrada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no ano passado.
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Alguns percalços …
De acordo com a InfoMoney, a grande entrave para a venda de toda a operação no Brasil é a carteira de planos de saúde individuais da Amil, que tem mais de 300 mil vidas, é deficitária e tem reajustes controlados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Uma saída poderia ser a venda para um outro grande grupo internacional que deseje entrar no Brasil, mas há ceticismo no mercado em relação a este caminho.
Já a rede de hospitais e clínicas da Amil é lucrativa. Ainda de acordo com a InfoMoney, um alto executivo de uma empresa relevante do setor confirmou que procurou a UHG para comprar alguns ativos, mas a resposta foi que “era preciso vender a parte boa com a parte ruim, senão ninguém compraria a parte ruim”
A avaliação no mercado é que, como a empresa tem uma operação verticalizada, o “todo vale mais que a soma das partes” e uma venda fracionada não faria sentido – e poderia, inclusive, destruir valor.
Por isso a tentativa de vender tal parte após a empresa não conseguir se desfazer do seu maior problema: A carteira de planos individuais.
Uma saída poderia ser a venda para um outro grande grupo internacional que deseje entrar no Brasil, mas há ceticismo no mercado em relação a este caminho.
Harold Takahashi, sócio da Fortaleza Partner e que atua há anos em M&As* na área da saúde, acredita que seja muito improvável que um comprador internacional venha a se interessar uma vez que esse mercado no país é meio ácido para novos entrantes.
*A sigla é do inglês e significa Mergers and Acquisitions, que na nossa língua quer dizer fusões e aquisições, ou F&A. Na prática, são operações que unem empresas.
Ainda de acordo com a visão dele, um grupo de fora provavelmente colocaria um cheque menor que os players estratégicos locais, que teriam sinergias para absorver, uma vez que estrangeiros teriam que construir uma base nova no Brasil.
Mas por que a UnitedHealth Group quer vender tudo?
De acordo com o portal Valor, essa decisão em vender tudo de uma vez, é devido á resposta negativa da ANS na tentativa anterior e na piora no cenário do mercado brasileiro no segmento da saúde.
Afinal de conta, as operadoras de saúde têm sofrido com uma alta na sinistralidade no pós-pandemia, devido a uma série de fatores que envolvem maior uso dos planos de saúde pelos beneficiários, inflação médica e crescimento das fraudes.
Vale destacar que a Amil conta com cerca de 5,4 milhões de usuários entre os planos de saúde e dental, além de uma rede com 32 unidades hospitalares, 52 unidades ambulatoriais e mais 1.600 hospitais credenciados.
Já a Americas Serviços Médicos conta com 12 hospitais e 30 clínicas médicas em 6 Estados brasileiros.