No Conexão Repórter da próxima segunda-feira, 18 de fevereiro, no SBT, Roberto Cabrini fica frente a frente com Denis Furtado, conhecido como “Dr. Bumbum”, sete meses depois da morte de Lilian Calixto, que o levou a ser taxado de “médico assassino”.
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Cabrini tem acesso à luxuosa cobertura do médico na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, mesmo local em que a aplicação de Lilian aconteceu, para uma conversa de muitas horas. Lá, ele o encurrala e coloca contra a parede com perguntas provocativas.
O acusado então fala sobre responsabilidades, a lógica de seus atos, explica por que fugiu da polícia arrebentando a cancela do estacionamento de um shopping, e a razão de ter ficado quatro dias foragido.
O jornalista entrevista ainda Levi Inimá de Miranda, perito responsável pelo laudo que contesta a versão oficial de que Lilian teria morrido de embolia pulmonar. Confira algumas frases da entrevista:
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Isso aqui é uma clínica, um consultório ou simplesmente sua cobertura, onde nós estamos?
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Aqui é um espaço na minha casa que tenho para receber um paciente ou outro…
Mas não é considerado uma clínica. O que é uma clínica? Uma clínica é um lugar que tem autorização legal para funcionar, não é o caso aqui, né doutor?
Vamos aqui definir… legalização… um alvará na parede? Não!
Se o sr. não tinha alvará, por que o sr. atendia aqui?
Porque é um lugar tão apropriado e tão próprio quanto meu consultório na Barra ou de Copacabana.
Mas teria que ter um alvará aqui?
Um alvará é um documento meramente administrativo.
Dr. Denis Furtado, o Sr. tinha consciência de que o PMMA pode causar morte?
Quando feito por médico capacitado, eu até hoje acredito que não.
Mas o sr. reconhece que a aplicação de PMMA é um procedimento que oferece determinados riscos?
Eu vou ter novamente que dizer que, até hoje, não…
Hoje, fazendo uma retrospectiva dos seus atos, realisticamente, você poderia ter salvo Lilian Calixto?
Não, porque ela teve um infarto do miocárdio. Ela chegou a omitir alguns pontos que eu não posso falar agora. O perito, quando avaliou todos os exames dela, verificou que a causa morte dela não poderia ter sido evitada, quanto mais revertida.
O sr. está tentando me convencer de que se ela não tivesse feito aplicação de PMMA, isso não teria feito a diferença? Ela teria uma parada cardíaca da mesma forma?
Eu não quero te convencer de absolutamente nada. Eu estou baseado em fatos, laudos de que Lilian Calixto, se não tivesse infartado aqui, poderia ser já no avião, dormindo em casa, academia, porque ela já tinha uma lesão. Ninguém infarta da noite para o dia.
Por que você fugiu?
Eu acho que você faria o mesmo. Porque um carro comum todo apagado às 2h da manhã aqui no RJ te fecha, sai sem farda, com um fuzil. O que você vai fazer?
O documentário “Morte na Estética” vai ao ar no Conexão Repórter desta segunda, após o Programa do Ratinho, no SBT.