Os cantores se deram mal em processo na justiça
Depois de irem à justiça mais uma vez para conseguir de volta o direito de algumas composições, Roberto Carlos e Erasmo Carlos sofreram uma nova derrota e os tribunais decidiram que a decisão é irrevogável, ou seja, não tem mais jeito.
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De acordo com Alessandro Lo-Bianco, colunista do A Tarde é Sua, no auge dos 20 e poucos anos, os artistas assinaram contrato com uma editora cedendo nada menos que 98 músicas, incluindo grandes sucessos, como “é preciso saber viver” e “se você pensa”.
Como hoje se consolidaram como os maiores compositores do país, eles querem o direito das próprias músicas de volta, e alegaram nos tribunais que não sabiam da grandiosidade em ceder tudo à editora na época. No final do ano passado, eles já tinham tentado recuperar outras obras e também não conseguiram.
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Roberto Carlos e Erasmo Carlos queriam mudar o acordo apenas para um licenciamento, e não os totais direitos autorais. Mas, acabou não dando certo pela segunda vez.
De acordo o jornalista de Sonia Abrão, os juízes bateram o martelo mais uma vez e ficou decidido que é definitivo e irrevogável, e a empresa continuará sendo detentora das músicas, afinal, o contrato foi assinado pelos próprios.
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Eles seguirão recebendo os devidos lucros das composições, mas elas não pertencem a eles. Os parceiros terão apenas o direito de proibir a criação de novas versões e participações em ações publicitárias.
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As músicas envolvidas nos processos foram escritas entre 64 e 87. O contrato foi firmado pela dupla quando tinham cerca de 23 anos, sem ideia de que seriam famosos em todo o mundo.
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Vale dizer que a decisão da justiça deve tirar milhões de reais do bolso dos artistas. Afinal, suas músicas são bastante ouvidas nas plataformas de streaming, e os lucros muito maiores do que antigamente. No entanto, como eles não possuem o direito das obras, recebem apenas uma pequena parcela da fortuna.