O famoso cantor abriu o seu coração e falou sobre o momento que viu sua vida se transformar drasticamente
Roberto Carlos chamou a atenção novamente. Os admiradores do artista já sabem que ele sempre faz questão de manter a sua vida pessoal o mais privada possível. Contudo, recentemente, o famoso cantor causou entre os internautas ao ter fatos um tanto quanto desconhecidos expostos na internet, como, por exemplo, um acidente que enfrentou alguns anos atrás.
Surpreendendo muitos brasileiros, o artistas de 83 anos resolver falar abertamente sobre uma coisa que é muita questionada: a perda de uma perna em um atropelamento por trem quando ainda era criança. A história será contada em minissérie de quatro episódios que está sendo escrita pelo jornalista Nelson Motta com a roteirista Patricia Andrade, de “Dois Filhos de Francisco”.
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Segundo o biógrafo Paulo Cesar de Araújo, tudo aconteceu no dia 29 de junho de 1947, na cidade natal do rei: Cachoeiro de Itapemirim, interior do Espírito Santo. Era dia de São Pedro, e Roberto Carlos, que na época conhecido como Zunga, chamou a amiga Eunice Solino, a Fifinha, para ver as celebrações.
Na ocasião, uma professora viu que os dois estavam perto demais de uma linha de trem, e uma locomotiva a vapor carregada de minério de ferro se aproximava. Sendo assim, ela tentou chamar a atenção das crianças, mas acabou assustando o cantor, que tropeçou.
O veículo passou sobre a canela direita do menino, contou Eunice Solino, em entrevista ao biógrafo para o livro ‘Roberto Carlos Outra Vez’. No livro, a amiga conta que a professora tentou gritar para o maquinista parar o trem, mas não tinha o que fazer.
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“Me lembro da professora na frente do trem, gritando para o maquinista parar. Mais um pouco e ela também podia ter sido atropelada, porque se desesperou, coitada. Guardo até hoje essa imagem comigo”, confessou Eunice.
Como é de se imaginar, uma multidão se aproximou para ajudar a socorre o garoto. Alguns buscaram um macaco para levantar a locomotiva, outros retiraram Roberto Carlos dos trilhos, alguém chamou uma ambulância. No entanto, um jovem chamado Renato Spíndola e Castro exclamou que não havia tempo, por isso, fez um torniquete com seu paletó de linho e levou o menino ao hospital em seu carro.
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Dor e traumas?
Já no hospital, ele foi atendido pelo médico Romildo Gonçalves. De acordo com o biógrafo, o médico relembra em entrevista ao jornalista Ivan Finotti que o menino não parecia ter percebido a gravidade do acidente e afirmou: “Doutor, cuidado para não sujar muito o meu sapato porque é novo”. Ele não sentia dor alguma, porque o trem havia destruído os nervos que davam sensibilidade à região.
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O médico ousou com uma técnica nova para a época: ao invés de amputar a perna na altura do joelho, como era o procedimento padrão, fez a amputação um pouco abaixo. Isso permitiu que Roberto Carlos mantivesse os movimentos na articulação. Pouco tempo depois, ao descobrir que o filho havia perdido parte da perna, o pai de Roberto Carlos ameaçou matar o maquinista que conduzia o trem, acreditando se tratar de uma imprudência.
Ainda segundo o jornalista Nelson Motta, que produziu uma série sobre a vida do famoso cantor com o diretor Breno Silveira, o músico só foi capaz de conseguir uma prótese aos 14 anos de idade. Antes disso, andava de muletas e prendia a barra da calça com um alfinete.