O apresentador Roberto Justus foi um dos famosos que se pronunciaram durante a eleição presidencial de 2018 a favor do hoje já empossado presidente Jair Bolsonaro. Só que o apresentador revelou agora em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que queria, na verdade, outro nome na cadeira mais importante do executivo nacional. Antes de apoiar Bolsonaro, ele pensava que Geraldo Alckmin seria um bom nome para comandar o país, mas logo mudou de ideia.
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“Quando as eleições começaram, eu não era [pró-] Bolsonaro. Achava que a gente poderia ter o equilíbrio do [Geraldo] Alckmin [PSDB]. Mas comecei a enxergar outra história. O Brasil precisava de um capitão para botar ordem e progresso —talvez ele não cuidasse tanto do progresso quanto da ordem, [mas] a ordem é maravilhosa. Esse lado um pouco mais conservador dele [Bolsonaro], eu achava legal”, revelou o apresentador, que prosseguiu revelando quem seria seu nome ideal.
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“Me convenci [de votar em Bolsonaro] mesmo quando estive numa palestra do [hoje ministro da Economia] Paulo Guedes. Me encantei com ele de um jeito que cheguei em casa falando: ‘Não tem como não votar no Bolsonaro’. Ele [Guedes] é genial, culto, inteligente, visionário. Um cidadão do mundo. É um cara que eu adoraria que fosse presidente da República. E tomara que seja um dia. Aí quando ele [Bolsonaro] trouxe o Moro, completou pra mim. Virei tiete”, destacou Roberto Justus.
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Sobre as dificuldades que Bolsonaro vem enfrentando para aprovar as medidas essenciais para equilibrar as contas públicas do país, Justus colocou a culpa no Congresso. “O Brasil tem um Congresso difícil. Uma oposição míope, cega. E o presidente começou a meter os pés pelas mãos. Torço para que ele assuma o protagonismo de chefe de Estado, e não fique só tuitando coisas irrelevantes. Os filhos dele atrapalham um pouco também”, revelou.
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Ao ser questionado sobre os maiores erros do governo, Justus foi enfático ao destacar qual considera bastante relevante. “Comunicação é um dos erros importantes [do governo Bolsonaro]. Quer andar na sua moto no Guarujá? Tudo bem. Ele ser simples, eu acho bárbaro. Mas, na comunicação com o público, nas decisões, precisa ser estadista”, disse ele.
“Você não precisa ser inimigo da mídia. Os caras estão fazendo o trabalho deles. Tem que conquistar essas pessoas. Conversa, dá o mesmo espaço para todos os veículos. Não adianta só fazer coisas, né? Não adianta só ser bom. Tem que parecer bom também”, completou o apresentador, que ficou conhecido em todo o Brasil ao comandar o programa O Aprendiz.
Justus ainda elogiou a gestão do ex-presidente Michel Temer e rejeitou a tese de grupos petistas de que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff tenha sido um golpe. “Tira o Michel Temer da parte de político tradicional, envolvido nas coisas. Põe ele como gestor. Foi um dos melhores presidentes que nós tivemos nos últimos anos. Tentou reformar a Previdência, não conseguiu. Tentou fazer coisa. Ele não tinha apoio pelo fato de ter chegado lá com o: ‘Ah, ele deu o golpe!’. Ele foi eleito junto com a Dilma”, disparou.