O apresentador viu uma reportagem ser interrompida por gritos de “Globo lixo”
Rodrigo Bocardi passou por duas situações bem incomuns durante o Bom Dia São Paulo desta quarta-feira (31). O âncora ficou revoltado com uma “invasão” no telejornal da Globo e viu uma colega ter uma crise de choro ao vivo.
Tudo aconteceu quando Bocardi chamou a repórter Fernanda Elnour, que estava em um posto de vacinação em Jundiaí. Enquanto a profissional explicava como o local também passou a servir como ponto de coleta de alimentos, ela foi interrompida por um homem que gritava “Globo Lixo”.
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“Mais um dos desafios da pandemia é levar alimento para quem precisa. E um desafio que já começou com a queda da arrecadação e a dificuldade de estimular as pessoas fazerem essa doação sem ter que se locomover”, iniciou.
“Então, já que as pessoas precisam sair de casa para fazer a imunização, foi pensado num jeito de as pessoas aproveitarem para trazer o alimento não-perecível. Aqui, em Jundiaí, por exemplo, há um ponto de vacinação. Uma outra coisa que eu queria falar para vocês…”, dizia Fernanda, que não conseguiu finalizar a sua participação por conta dos gritos de “Globo lixo”.
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CONTRA-ATAQUE
Rapidamente a transmissão foi cortada para o estúdio e Rodrigo Bocardi não conseguiu esconder sua indignação com o acontecido.
“Daqui a pouco a gente volta com a Fernanda Elnour, quando deixarem ela trabalhar e levar a informação para você, de que posto de vacinação está virando posto de arrecadação de alimentos”, disparou.
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“Se isso não é uma boa informação para a sociedade, no momento desta pandemia, o que será? Conta pra gente?”, indagou o jornalista.
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CHORO AO VIVO
Momentos depois, o telejornal comandado por Bocardi levou ao ar uma reportagem que entrevistou um sobrevivente do Holocausto, que chegou a ficar em um campo de concentração e um senhor japonês que presenciou os ataques de bombas atômicas no Japão.
Após a reportagem, Luiza Vaz co-âncora ao lado de Bocardi, ficou muito emocionada e contou uma experiência pessoal com os entrevistados.
“Ano passado eu tive o privilégio de conversa com o seu Bonkohara, que é sobrevivente da bomba de Hiroshima, e ele junto com dois sobreviventes têm um espetáculo de teatro que eles viajam o país contando a experiência deles”, iniciou Luiza.
“Ele, na época, tinha cinco anos, a senhora tinha dois e o outro senhor que participa do espetáculo era soldado. Então, os depoimentos deles são realmente muito impactantes e eles falam que querem falar sobre pra levar a mensagem para que esse horror não se repita”, disse a contratada da Globo.
“Infelizmente a gente está vendo que o horror pode ter outras faces além das bombas”, finalizou a repórter com lágrimas nos olhos.