Rodrigo Santoro se emociona ao falar sobre situação inusitada durante as gravações de “Velho Chico”

Em ‘Velho Chico’, Rodrigo Santoro interpreta Afrânio de Sá Ribeiro (Foto: Caiuá Franco/ Globo)

Rodrigo Santoro está de volta, e o público comemorou o retorno do galã brasileiro em Velho Chico. Como Afrânio, o ator marca sua reestreia em novelas, de onde ele estava longe há 13 anos, desde seu papel em Mulheres Apaixonadas (2003). O momento e a forma com que tudo conspirou para que ele estivesse na nova novela das 9 emocionam Santoro, que viveu experiências transformadoras durante as filmagens no sertão do Brasil.

“Eu conhecia as praias do Nordeste como turista, mas agora foi diferente. Nas gravações, eu tive um encontro maravilhoso. Vivemos o calor, e todo o suor que está na tela é real. Mas o que mais me chamou a atenção foram as pessoas. Sempre quando eu tinha tempo, procurava me relacionar com elas. E isso me deixou muito tocado, a força do nordestino. Queria entender essa alegria verossímil. Tomei um banho de mangueira de um caminhão pipa com crianças e fiquei emocionado com a alegria delas de verem a água” relata e completa: “Ninguém ali está preocupado com a roupa que você está usando, nem com quem você está namorando. Eles querem te conhecer e te olham no olho”.

Rodrigo conta que aproveitou ao máximo sua estadia na região para conhecer mais da cultura nordestina e se alegra ao relembrar tudo o que viveu e aprendeu. “As pessoas veem a hora através do sol, e essas coisas nos colocam onde deveríamos estar. O contato com elas e com a vida delas alimenta qualquer artista. Eu queria mais do que o sotaque”, conta o intérprete de Afrânio. O ritmo de trabalho foi intenso, mas o ator declara estar realizado. “Eu estou cansado, mas feliz. Com uma sensação muito boa”, garante.

Vários fatores fizeram com que o galã que vive entre o Rio e Hollywood aceitasse o convite para participar de Velho Chico, e ele destaca os principais: “Aceitei por causa do Luiz [Fernando Carvalho, diretor artístico]. Trabalhei com ele em Hoje é dia de Maria (2005), e esse papel marcou a minha vida, foi incrível. Pela ideia de trabalhar com o texto do Benedito, que sempre fui fã das novelas deles. E também pela própria história. Me emocionei lendo os capítulos”.