Conta de água vai ficar mais cara para alguns consumidores de São Paulo e anúncio da Sabesp que chega como uma verdadeira bomba
Como muitos sabem, a conta de água tem prioridade no orçamento de qualquer pessoa, uma vez que a água é item fundamental em qualquer lugar.
Porém, por mais que seja essencial, a tarifa é uma das mais temidas. Afinal de contas, por muitas vezes, ela pode virar uma verdadeira caixinha de surpresa, já que aumenta abruptamente e de forma “dilacerante”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Tanto é que em São Paulo, a extinção da lista de descontos para milhares de brasileiros já está em vigor, o que caiu como verdadeira bomba.
Até porque, além de “doer no bolso” ela irá afetar uma série de setores essenciais ao país.
Sendo assim, a partir de informações divulgadas e publicadas pela Folha de S.Paulo, a equipe especializada em contas a pagar do TV Foco, traz hoje todos os detalhes da nova medida e o que ocorrerá agora em diante.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fim dos descontos:
Desde a sua privatização parcial, a Sabesp vem notificando indústrias e clientes corporativos sobre o encerramento dos contratos que atualmente oferecem descontos na tarifa de água e saneamento.
Em 2025, o benefício concedido a grandes consumidores, como empresas e indústrias, será extinto, afetando setores estratégicos que demandam grandes volumes de água, como:
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
- Hospitais;
- Indústrias;
- Supermercados;
- Hotéis;
- Shoppings.
Conforme a Sabesp, a medida visa “garantir a isonomia e a sustentabilidade dos serviços”, ajustando a operação aos critérios pós-privatização.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No entanto, clientes afetados reclamam de um aumento significativo de custos, estimado entre 60% e 200%, conforme a We Save, consultoria especializada em redução de contas de água e esgoto.
“Essa decisão afeta de maneira abrupta uma cadeia produtiva ampla, causando um impacto financeiro expressivo” — Comenta Lucas Souza, CEO da We Save.
Decisão mais que impactante
Os chamados contratos de “demanda firme” ofereciam descontos para clientes com consumo mínimo de 100 metros cúbicos mensais.
Esses contratos seguem diretrizes da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo), que estabelece normas para assegurar a transparência e o equilíbrio econômico dos serviços.
A Arsesp, porém, esclarece que decisões como a manutenção de contratos com grandes consumidores são de natureza comercial e ficam a cargo da concessionária:
“Essas decisões são de natureza comercial e ficam a cargo da concessionária”, afirmou. “A agência foi notificada pela concessionária sobre o rompimento e orienta os consumidores sobre os direitos e deveres relativos às normas contratuais e regulatórias.”
A Sabesp decidiu cobrar a tarifa regular da classe de consumo do imóvel a partir da rescisão dos contratos, aumentando o descontentamento das empresas afetadas, que alegam falta de previsibilidade.
Segundo Souza, as companhias que planejaram seus orçamentos de 2025 com base nos valores de contrato agora enfrentam um ajuste repentino, dificultando a adequação financeira.
“A maioria dos nossos clientes já havia feito o planejamento financeiro para 2025 e contava com a tarifa que tinha no contrato. Uma parte dessas empresas cogita até acionar a Justiça, com base no Código de Defesa do Consumidor”.
O que diz a Sabesp?
Em nota, a empresa de saneamento disse que o encerramento dos contratos visa garantir isonomia, sustentabilidade e transparência na prestação de serviços.
Além disso, o novo acordo de concessão estabelece a meta de universalizar os serviços até 2029, atendendo também a moradores de áreas rurais e comunidades vulneráveis, e oferecendo um canal de atendimento para dúvidas:
“A rescisão, que está prevista nos contratos, foi realizada conforme as normas, tendo avisos formais aos clientes. A Sabesp dispõe ainda de uma equipe para esclarecer dúvidas e oferecer suporte”.
Quais alternativas as empresas tem agora para economizar água?
Com o fim dos descontos, muitas empresas começam a explorar opções alternativas de abastecimento para reduzir o impacto dos novos custos. Entre as alternativas estão:
- Perfuração de poços artesianos: Uma opção para empresas em áreas onde essa prática é permitida e economicamente viável;
- Reúso de água: Investimento em tecnologias de reúso, que permitem o tratamento e a reutilização da água em processos não potáveis, pode ser uma solução sustentável e econômica.
Com a privatização da Sabesp, quem recorre à Tarifa Social será afetado?
Essa medida atinge exclusivamente os grandes consumidores. Ou seja, consumidores residenciais comuns e beneficiários da Tarifa Social estão isentos.
Até porque, conforme o portal InfoMoney, ainda em julho de 2024, a Sabesp anunciou que reduziria ainda mais suas tarifas após finalizar o processo de desestatização da empresa:
- 1% para a tarifa residencial;
- 10% para a tarifa social e vulnerável;
- 0,5% para outras tarifas, aplicáveis somente à primeira faixa de consumo.
Mas, para saber mais sobre as contas básicas e novas regras, clique aqui*.
Considerações finais:
Em suma, o fim dos descontos na conta de água da Sabesp para grandes consumidores, como indústrias e hospitais, causará um aumento significativo nas tarifas a partir de 2025.
Essa medida, justificada pela empresa para garantir isonomia e sustentabilidade, gerou grande insatisfação entre os setores afetados, que alegam um impacto financeiro expressivo e falta de previsibilidade.
A Arsesp, por sua vez, afirma que a decisão é de natureza comercial e cabe à concessionária.
As empresas afetadas buscam alternativas para reduzir custos, como a perfuração de poços artesianos e o reúso da água.