Nova novela das sete da Globo, O Tempo Não Para será movimentada pelo núcleo dos congelados, que vão surgir no mar numa passagem de tempo de 132 anos. Após serem descobertos, eles serão motivos de estudos e até teorias em torno deles surgirão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Tudo começará no moderno vapor Albatroz, que espera a família Sabino Machado no porto do Rio de Janeiro. É a embarcação tida como mais segura na época, e as melhores cabines foram reservadas para as necessidades de Dom Sabino, que embarca com a esposa, Agustina, e as filhas Marocas, Nico e Kiki. O guarda-livros Teófilo, a preceptora Miss Celine, os escravos, Damásia, Cesária, Cairu, Menelau e Cecilio, além do cachorro Pirata vão juntos. Quem também está a bordo é Bento. Por sorte (ou azar), sem saber que a família Sabino Machado estaria lá, o rapaz está trabalhando como garçom no navio.
Para Dom Sabino, esta é também uma viagem de conhecimento, e ele resolve reviver a rota percorrida por Charles Darwin, passando pela Patagônia. Por obra do destino, o navio colide com um iceberg de proporções monumentais. Uma enorme fresta se abre no casco e começa a entrar água. A família Sabino Machado e seus agregados se reúnem no convés do navio e começam a clamar aos céus por um milagre. O buraco no casco só aumenta e a tragédia é inevitável: o Albatroz naufraga em um oceano congelante.
+ Saiba como será o início e a 1ª fase da nova novela das sete
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
132 anos depois… São Paulo, 2018
Impulsionado pela maré, um imenso bloco de gelo é avistado pela guarda costeira na praia do Guarujá, litoral de São Paulo. A água morna do Atlântico faz com que ele perca volume rapidamente. Na praia, ao ver aquela massa enorme aproximando-se da costa, os banhistas entram em pânico. Marinha e imprensa começam a chegar, enquanto alguns surfistas saem da água. Menos Samuca (Nicolas Prattes).
Apesar da aparência jovial, Samuel Tercena é um respeitado empresário, visionário e humanista. O trabalho e a criatividade fizeram de Samuca um dos homens mais ricos da América Latina. Ele inventou um tipo de adubo orgânico, chamado Vitae, que revolucionou o plantio e as formas de produção agrícola e, com isso, conseguiu erguer a holding Samvita, um conglomerado de empresas que produz incrementos agrícolas, alimentos, perfumaria e cosméticos naturais e financia startups. É uma referência mundial em sustentabilidade e produtividade.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ainda na água, Samuca se aproxima do bloco de gelo e percebe as pessoas congeladas. Em cima de sua prancha, percorre toda a borda do iceberg e a reação imediata é de surpresa e espanto. Até se deparar com Marocas (Juliana Paiva). Ele fica perplexo e fascinado ao ver o belo e sereno rosto da moça através daquele monumento glacial. Ele ainda não sabe, mas há uma família inteira congelada ali dentro, há 132 anos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um helicóptero da Marinha sobrevoa o local. Usando um megafone, o oficial Mateus Gonzaga (Raphael Vianna) ordena que Samuca se afaste. Ele hesita, pois está fascinado com a visão da linda moça que parece dormir candidamente dentro do iceberg. O rapaz percebe que a parte do bloco em que Marocas se encontra está prestes a rachar e se agarra a ele no ímpeto de salvá-la. O pedaço do gelo se desprende, eles são puxados pela corrente e chegam à fictícia Ilha Vermelha.
Em terra firme, começam a correr boatos dos mais variados tipos. Parte da população começa a desconfiar de que pode se tratar de uma ação de marketing, enquanto outros falam em terrorismo. Teorias conspiratórias pipocam em todas as mídias e sugerem até que os “congelados” são seres de outro planeta. Enquanto a imprensa está em polvorosa, o governo tenta abafar a situação e o caso vira segredo de Estado.
O encontro de Marocas e Samuca
Enquanto isso, em São Paulo, Betina (Cleo) já está angustiada sem notícias do noivo e sócio, Samuca. Eles têm uma reunião importantíssima com o milionário Amadeu (Luiz Fernando Guimarães), que está disposto a doar sua fortuna para a SamVita. Samuca jamais perderia essa oportunidade, o que aumenta a aflição sobre o paradeiro dele.
Além de Betina, quem também está preocupada é Carmen (Christiane Torloni), mãe do rapaz e a outra sócia da SamVita. Quando o filho some e ninguém consegue encontrá-lo, Carmen está justamente na sede da SamVita tentando distrair Amadeu, que não deixará barato esse furo de Samuca.
Elmo (Felipe Simas) é o melhor amigo do rapaz e sabe que ele estava surfando no Guarujá. Ele e Betina então pegam um helicóptero em direção ao litoral e lá encontram parte da prancha quebrada na areia e ficam ainda mais angustiados.
Na fictícia Ilha Vermelha, Samuca sai do mar, exausto, carrega Marocas e consegue reanimá-la. Ela abre os olhos pela primeira vez após 132 anos, encara Samuca e fica espantada. Para ela, aquele rapaz com traje de banho está nu. Esbraveja que ele é um libertino, acredita que seja um pirata que a sequestrou e clama por socorro. Samuca tenta se explicar, apesar de estranhar os trejeitos e vocabulário da moça, mas Marocas está escandalizada e assustada.
Em meio aos seus gritos, surgem Marino (Marcos Pasquim) e Monalisa (Alexandra Richter), um casal que abandonou a vida na cidade grande para morar na ilha paradisíaca. Enquanto Marocas tenta se explicar, um temporal ameaça cair. Monalisa a ampara e chama os dois para se abrigarem da tempestade na casa dela, mas Marocas, bastante desnorteada, acaba fugindo. Marino, Monalisa e Samuca saem à procura de Marocas e a encontram desmaiada numa estrada. Os três decidem levá-la urgentemente ao hospital.
Marocas é colocada em coma induzido. Samuca admira cada contorno de seu rosto e chega a se perguntar, em voz alta, se estaria apaixonado por ela. A essa altura, Carmen, Betina e Elmo já estão no hospital, e, à espreita na porta, Betina escuta a declaração do noivo e não esconde sua revolta. O sangue ferve e ela cobra explicações, quer entender que disparate é esse. Ela não gosta do interesse repentino e gratuito do noivo pela “bela adormecida” e percebe que a presença de Marocas é uma ameaça ao seu relacionamento, já desgastado.
Assim que Marocas acorda, ela coloca sua roupa e sai do quarto disposta a reencontrar sua família. Samuca a barra no corredor do hospital e, antes que ela possa reagir, promete ajudá-la a chegar ao restante dos “congelados” com a condição de que ela confie nele. Marocas, que já estava grata por ter sido resgatada por ele, aceita a proposta. Os dois fogem do hospital atrás do restante dos Sabino Machado.
A chegada dos “congelados” à Criotec
Os demais “congelados” são resgatados pelos oficiais da Marinha Waleska (Carol Castro) e Mateus (Raphael Vianna) e levados para a Criotec, um laboratório especializado em criogenia. Lá ficam em observação em cápsulas que conservam a temperatura corporal, sob a responsabilidade de Petra Vaisánen (Eva Wilma), médica especialista no assunto.
Petra e sua equipe fazem diversos exames nos “congelados” e chegam à conclusão de que todas suas funções vitais estão preservadas, o que os deixam ainda mais intrigados. Para entender como essas pessoas ficaram congeladas e sobreviveram sem qualquer sequela, doutora Petra começa a correr atrás de financiamento para as pesquisas. O primeiro nome que lhe vem à cabeça para investir no estudo é o de Samuca (Nicolas Prattes), principalmente porque, a essa altura, todos já sabem que ele resgatou uma das “congeladas”, Marocas (Juliana Paiva).
Um dos primeiros indícios que levam Petra a desconfiar da origem dessas pessoas é o vestuário e, por isso, coloca todas as peças de roupa para análise. São vestidos longos, ternos e casacas solenes, tal qual pessoas do século XIX. Petra só sabe se perguntar se aquelas pessoas estariam congeladas desde então.
Em meio à aura de dúvidas sobre os “congelados”, Dom Sabino (Edson Celulari) desperta. Ele questiona Herberto (Cláudio Mendes), o médico que está vigiando a sala das cápsulas, sobre onde está e por que teria sido enterrado vivo naquele “ataúde”. Como se tivesse ouvido os clamores da primogênita, começa a questionar o paradeiro de Marocas. Herberto tenta explicar que eles estavam congelados e Dom Sabino fica impaciente com a ausência de respostas plausíveis. Até que repara nas cápsulas vizinhas e percebe toda sua família em estado apático. A imagem é forte demais para Dom Sabino, que é levado ao hospital.