Nova novela das sete da Globo, O Tempo Não Para terá um início com 1ª fase marcados por flagra, falsa morte, casamento desfeito com noivo abandonado no altar e naufrágio que congelará a família Sabino Machado para despertar nos dias atuais.
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Em 1886, a extensa e idílica fazenda Nossa Senhora do Ó é um deleite para quem aprecia a natureza. Flores vermelhas de hibisco, árvores frondosas e um lago no jardim, diante da fachada amarela com janelas de madeira, dão boas-vindas a quem chega. De tão amplo o terreno, é possível perder de vista seus limites. Essa propriedade é um dos bens da família Sabino Machado, que é descendente direta de bandeirantes. Um de seus ancestrais saiu desbravando o interior de São Paulo e construiu um pequeno império.
Dom Sabino é o patriarca desta família e está sempre pensando no bem-estar de todos à sua volta. Apesar de sonhar com um título na nobreza, ele dispensa cerimônias e etiquetas. É um homem de hábitos simples e adora participar dos serviços braçais de sua fazenda, o que gera muitos momentos inusitados, como desatolar uma vaca, por exemplo. Ele casou com Dona Agustina (Rosi Campos), uma crédula dona de casa, e da união deles nasceram Marocas (Juliana Paiva) e as gêmeas bivitelinas Nico (Raphaela Alvitos) e Kiki (Nathalia Rodrigues).
+ Globo usa chroma key em alto-mar e navio em 3D para produzir próxima novela das sete
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Primogênita, Marocas é divertida, inteligente, curiosa e corajosa. Muito disso se deve à educação que recebeu do pai. Por muito tempo, Dom Sabino sonhou ter um filho homem para compartilhar todo seu conhecimento e delegar a administração de suas riquezas. O herdeiro de Dom Sabino não veio, mas nem por isso Marocas foi preterida. Muito pelo contrário. Ele a criou com toda dedicação, proteção, amor e incentivo necessários para ser independente em pleno século XIX: domar um cavalo, aprender línguas, ter aulas de cálculo… Era muito mais do que uma moça de família daquela época poderia sonhar. Ela estava pronta para a vida. E, para ele, só faltava encaminhá-la a um bom casamento.
Certo dia, Marocas dá uma escapulida para um banho de riacho acompanhada de sua dama de companhia, Damásia (Aline Dias). Apesar de o córrego estar localizado dentro das terras da fazenda Nossa Senhora do Ó, um grupo de formandos da Academia de Direito surge de repente para um mergulho. As moças se escondem no mato e ficam observando os rapazes.
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Entre eles está Bento (Bruno Montaleone), que as surpreende no “esconderijo”. Vestindo roupas íntimas e sem poupar cortejos, ele se apresenta como um poeta e fica obcecado por Marocas, pois nunca vira uma moça tão radiante e destemida. Ele mostra a anágua que ela havia deixado à beira do riacho pedindo um beijo em troca. Nesta hora, Dom Sabino aparece e flagra a cena: um desavergonhado vendo sua filha seminua exige uma reparação com sangue. O tiro atinge Bento nas nádegas e ele resolve forjar sua morte para impedir que Dom Sabino queira terminar o serviço e promove o próprio velório.
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Marocas fica devastada quando descobre que o rapaz morreu por sua causa e, à noite, foge de casa para o funeral ao lado de Miss Celine (Maria Eduarda de Carvalho), sua preceptora. Lá, todos descobrem que o velório é uma farsa, e diante de tamanha confusão e a fim de reparar todo o mal feito à sua filha, Dom Sabino só vê uma solução: o matrimônio. Ele ordena que Bento se case com Marocas. Audaciosa, a moça bate o pé, diz que não casa, mas não consegue escapar do vestido de noiva.
Chega o dia do casamento. Já no altar diante do padre, o lado obstinado de Marocas fala mais alto. Ela diz “não” ao matrimônio. Dividido entre o medo do escândalo e o orgulho da filha, Dom Sabino decide viajar com toda a família e os agregados para a Europa a fim de mantê-la longe do falatório da cidade e aproveitar para conhecer o estaleiro que comprara em Londres.
O naufrágio do Navio Albatroz, 1886
O moderno vapor Albatroz espera a família no porto do Rio de Janeiro. É a embarcação tida como mais segura na época, e as melhores cabines foram reservadas para as necessidades de Dom Sabino, que embarca com a esposa, Agustina, e as filhas Marocas, Nico e Kiki. O guarda-livros Teófilo, a preceptora Miss Celine, os escravos, Damásia, Cesária, Cairu, Menelau e Cecilio, além do cachorro Pirata vão juntos. Quem também está a bordo é Bento. Por sorte (ou azar), sem saber que a família Sabino Machado estaria lá, o rapaz está trabalhando como garçom no navio.
Para Dom Sabino, esta é também uma viagem de conhecimento, e ele resolve reviver a rota percorrida por Charles Darwin, passando pela Patagônia. Por obra do destino, o navio colide com um iceberg de proporções monumentais. Uma enorme fresta se abre no casco e começa a entrar água.
A família Sabino Machado e seus agregados se reúnem no convés do navio e começam a clamar aos céus por um milagre. O buraco no casco só aumenta e a tragédia é inevitável: o Albatroz naufraga em um oceano congelante.
O Tempo Não Para, próxima novela das sete, acompanha a história de uma família congelada, em 1886, que desperta nos dias de hoje e precisa lidar com os choques temporais. De Mario Teixeira, com direção artística de Leonardo Nogueira, a novela estreia dia 31 de julho. A obra conta com colaboração de Bíbi Da Pieve, Marcos Lazarini e Tarcísio Lara Puiati, e direção-geral de Marcelo Travesso e Adriano Melo.