As produções bíblicas da Record foram o grande destaque da nova edição da revista Isto É, que destacou a repercussão e a grande audiência da trama de Viviam de Oliveira. A publicação falou ainda detalhes da nova ambição da emissora, fazer uma trama internacional inspirada na série “Game of Thrones”
A Record começou com minisséries, que deram certo e abriram o caminho para uma novela baseada na história de Moisés, “Os Dez Mandamentos”, que chegou a alcançar a liderança sobre a Globo no horário das 20h. Agora, a nova saga do gênero atravessarão as fronteiras internacionais, gravada em inglês.
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“Reinos” é o título provisório da série em parceria com a Swen Group, de Los Angeles, e contará a história da formação das 12 tribos de Israel, em um formato que deve seguir o teor bélico de “Game of Thrones”, série da HBO. A autora será Viviam de Oliveira, que já escreveu as histórias de Ester, Davi e José.
“Quero mostrar as muitas disputas deflagradas na Terra Prometida, sobretudo depois da morte do Rei Davi”, diz a roteirista, que pretende tratar das brigas por território, assim como em “Game of Thrones”. A ideia veio após o sucesso da minissérie “Rei Davi”, exibida nos Estados Unidos pela Fox Mundo.
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Segundo Viviam, o grau de violência dessa guerra santa vai depender do horário que as emissoras destinarem para a superprodução em dez capítulos, que deve ir ao ar no começo de 2017. Ela destaca ainda a preferência do público pelos folhetins bíblicos, ao invés de tramas como “Babilônia”, da Globo.
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“Creio que as pessoas estão cansadas da solidão e do individualismo. O público contemporâneo tende a gostar das narrativas que trazem valores como a união, a verdade e o amor, temas que são eternos. É isso que mostramos em nosso trabalho”, diz a autora, pós-graduada em roteiros pela UCLA (de Los Angeles).
Sobre as transformações dos textos bíblicos, a dramaturga, que é frequentadora da igreja protestante Nova Igreja, chama de “licenças poéticas”. Histórias como a tensão sexual entre Zípora e Moisés ou a maldade de Yunet obviamente não veio de nenhum texto bíblico, mas ela necessitava de algo para contar.
“Mas é algo que poderia ter acontecido”, diz Viviam sobre as adaptações e criações. “Hoje me sinto muito segura, inclusive para questionar alguns freios dos historiadores”, afirma ela, que tem assessoria dos pesquisadores Maurício Santos e Márcio Santana, especialistas no povo hebreu e egípcio.
Ao contrário do que aconteceu com a última versão da saga de Moisés em Holywood no ano passado, ninguém no Brasil questionou a diferença física dos atores da Record com o povo egípcio ou hebreu e atores como Guilherme Winter e Sergio Marone (Moisés e Ramsés)têm feito um sucesso imenso no país.