Saideira, passe a régua por favor

07/06/2013 às 8h28

Por: Roberto Sabbatino
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Gugu, possibilidade de retorno ao SBT

 

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O assunto mais comentado ontem nas redes sociais foi a saída de Gugu da Record.

Nem poderia ser diferente, afinal, uma enorme expectativa foi criada desde sua ida até a emissora da Barra Funda.

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E que expectativa era essa? Ora, com um salário de 3 milhões por mês livres de qualquer despesa, até Sílvio disse que iria.

É evidente que um patrão que contrata um funcionário a peso de ouro, espera um enorme e generoso retorno financeiro, e isso claro, nem poderia ser diferente, afinal para cobrir todas as despesas, esse funcionário necessita gerar renda.

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Televisão é puro gasto. Gasto enorme. Imagine a receita que deve ser gerada. Quando falamos em televisão, os gastos não são só com os apresentadores, equipe técnica ou com cenas externas.

Por trás de tudo isso, existe uma “parafernalha” montada. Emissoras tem uma despesa enorme com energia elétrica (veja a imagem ao lado), água, aluguel de imóveis ou veículos terrestres e aéreos, imagine com cenários. Todo e qualquer funcionário que esteja em diligência pela emissora, está gerando gasto.

É aí que entra a receita. E a receita tem que ser generosa ao extremo. Ela deve cobrir todos os gastos imagináveis ou não. E de onde vem essa receita? A resposta já sabemos: audiência.

Ah, a audiência. O que seria de programas de grande produção e apresentadores milionários se não fossem os patrocinadores. São eles que liberam a verba toda gasta em novelas, shows, programas, futebol, cinema, teatro, enfim, em tudo o que é produzido na TV, sempre tem um patrocinador. Se não for assim, o programa acaba, tem vida curta.

Claro, o que ocorreu com Gugu e Record, é por aí. De que adianta manter uma produção cara, apresentador com salário fora do comum se a audiência não corresponde? Isso não é interessante para ambos. Quando se olha nos números de audiência em baixa, não há como manter um contrato de alto valor com o patrocinador que não vê retorno. Isso é a coisa mais natural do contrato.

Sílvio mesmo, tempos atrás, reuniu-se com os diretores do SBT e afirmou que se o programa não atingisse a meta estipulada em contrato com os patrocinadores, estes seriam compensados em outros programas para que se cumprisse a audiência contratada.

Postura correta de sua parte. Dessa forma, a receita se mantém e o patrocinador se sente valorizado dentro da emissora.

Bem, o primeiro passo a Record já deu. O mais difícil foi feito. Daqui pra frente, o jeito é reestruturar, analisar onde está o erro e corrigi-lo. Competência pra isso não duvido que a direção tenha.

Dessa vez, não houve anão que salvasse a situação.

Bola pra frente, e como diz meu amigo Cleomar, “Sem Gugu, dá, dá, Record.”

Texto: Roberto Sabbatino / @tvfococolunista

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Roberto Sabbatino é cinegrafista da produtora RA Filmes estabelecida na cidade de Jaú/SP. Escreve sobre TV desde 2008. As opiniões do colunista apresentadas neste site, obrigatoriamente não expressam as do Tv Foco, sendo de inteira responsabilidade do escritor.Twitter: @tvfococolunista

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