SBT faz balanço sobre 2017, comenta sobre a Simba e detalha briga pela vice-liderança

SBT prepara lançamento de novo projeto. (Foto: Reprodução)

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José Roberto Maciel no SBT (Foto: Reprodução)

Atualmente CEO do Sistema Brasileiro de Televisão, José Roberto Maciel já está na emissora de Silvio Santos há 20 anos. No entanto, é quase uma raridade encontrar entrevistas com o administrador. Mas foi em uma conversa com o site PropMark, neste semana, que Maciel fez um balanço sobre 2017.

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“O ano de 2017 foi e tem sido muito difícil para a economia de uma maneira geral. Todos os segmentos sentiram e a televisão aberta, sendo o maior veículo de comunicação do país, também sofre. Foi um ano em que todo mundo teve de fazer um forte exercício e repensar a estrutura. No SBT, tivemos o trabalho de rever cada gasto e investimento para assegurar que o vídeo fosse preservado. A audiência este ano melhorou e tivemos respostas positivas em várias faixas de horários. A TV aberta continua tendo dois papéis fundamentais: o fator de integração nacional e a geração de repertório na vida das pessoas”, disse.

Emissoras da Simba: Record, SBT e RedeTV!(Foto: Reprodução)

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O profissional comentou os pontos positivos e negativos da Simba, joint venture formada entre as redes Record, RedeTV! e SBT para distribuírem os seus sinais entres as operadoras de TV paga. “É difícil dizer se foi ou não a melhor estratégia ter tirado os sinais de TVs das operadoras. Toda a negociação é complexa e nós sabíamos que não seria simples. O intuito do movimento era conseguir ter uma remuneração sob o conteúdo das três emissoras (SBT, RecordTV e RedeTV), que é um conteúdo relevante, tal qual outros conteúdos que já são remunerados como, por exemplo, o da Rede Globo. Talvez, se a economia estivesse bombando como em anos anteriores, quando se tinha o mercado de TV paga crescendo dois dígitos, o movimento fosse mais fácil. Mas era um movimento que devia ser feito, senão o conteúdo da TV aberta não seria reconhecido como relevante e temos total consciência de que agregamos valor aos pacotes das TVs por assinatura. Afinal, isso foi um grande indutor das vendas no início, pois muitos telespectadores assinavam o pacote para ter uma qualidade melhor de sinal da TV aberta. O curioso nesse movimento, que ajudou no crescimento da audiência, é que muita gente foi buscar alternativas para poder continuar acessando aos canais quando o sinal da TV aberta saiu das operadoras. Em nosso monitoramento, na décima terceira semana após o desligamento, já tínhamos a mesma audiência que antes. Agora que voltamos, queremos que essa plataforma cresça. O movimento não foi realizado para ficar mais rico ou colocar mais dinheiro no bolso, mas, sim, para que a Simba seja uma plataforma que possa induzir mais produção de conteúdo. Ser um agregador e dar espaço para criar e fazer”, afirmou.

Sobre a possibilidade de ter um canal próprio na TV por assinatura, ele foi direto. “Temos a intenção de criar novos canais. A partir do momento em que retemos 20% do recurso recebido da Simba, para que ela invista em tecnologia e conteúdo, novos canais são uma possibilidade. Mas, tudo isso precisa fazer sentido economicamente para a emissora e para as operadoras. Há um novo mundo, que é o da OTT (Over The Top), então, não necessariamente, essa iniciativa de novos canais precisa depender eminentemente das operadoras, podemos investir em uma plataforma proprietária de OTT e, assim, oferecer conteúdos como se fosse um Netflix ou como faz o Hulu no mercado americano. Estamos olhando tudo, mas com muito pé no chão. Começamos a idealizar o projeto agora, estamos montando toda essa estratégia, mas devemos começar a colocar em prática ao longo do ano de 2018”, comentou.

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Record x SBT (Foto: Divulgação/Montagem)

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Para completar, José Roberto falou sobre a briga pelo segundo lugar na audiência, atualmente protagonizada pelo SBT e Record TV. “A briga pela vice-liderança de audiência não é nova. Muitas vezes fazem leituras com recortes diferentes de horários ou a própria conveniência, mas no SBT sempre olhamos a grade nas 24 horas e, por um simples motivo, aqui produzimos conteúdo comercial para o dia todo. Então, quem não tem, faz recortes diferentes. O mercado não compra mais isso, pois é uma escravidão que o brasileiro inventou. O anunciante não olha a audiência de apenas um programa, ele olha a audiência de um período, pois a campanha comercial dele não é para um único programa. Ele olha uma sequência histórica de audiência. É isso que ele vai comprar. Para enfrentar a audiência, estamos sempre inovando dentro de nossos programas. Seja na atração do Silvio Santos, Eliana, Raul Gil, Celso Portiolli e Ratinho, enfim, nos programas dos nossos âncoras fixos, estamos sempre fazendo uma série de quadros diversificados ao longo dos 12 meses. Lançamos muita coisa nova dentro dos programas”, justificou.

Aloizio Júnior ingressou na faculdade de Direito, mas é encantado por Medicina e hoje em dia é um vestibulando. Falar sobre TV sempre foi um hobby e faz isso desde 2008. Atento sobre todas as novidades no mundo da TV, entrou para a equipe do TV Foco em agosto de 2012.

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