Capitão do Penta 02 e atual Embaixador da FIFA fala da carreira e o lançamento de sua biografia
Considerado por muitos como o maior lateral direito da história, Cafu é o convidado de Danilo Gentili nesta segunda, 01 de agosto. Tendo participado da festa de 20 anos do Pentacampeonato, responde se havia rivalidade na época. “Por incrível que pareça, não. A seleção de 2002 era uma seleção de amigos, de irmãos, todo mundo ciente do que precisava fazer e todo mundo queria ganhar. Nosso foco e objetivo era ganhar a Copa do Mundo, independente de quem iria ser o melhor. Acho que isso fez com que a Seleção Brasileira jogasse da maneira que jogou. Consciente do que precisava fazer, descontraída e concentrada ao mesmo tempo. Dificilmente você vê isso em outras seleções”, relata.
Peça fundamental do último título mundial da Seleção Brasileira, declara: “a Copa do Mundo é uma oportunidade ímpar, porque nem todo mundo vai disputar duas. Para nós, que somos atletas, é realmente o ponto máximo”. Em uma brincadeira proposta por Danilo, o convidado ergue a placa de 10 milhões de inscritos no canal do The Noite no Youtube, em referência à icônica cena de 2002. Cafu afirma ter uma sala particular dedicada aos troféus que já ganhou ao longo da carreira e comenta: “na realidade é um museu, vejo os olhos das pessoas que brilham quando entram lá. Não só as crianças, os adultos se emocionam e acabam chorando também”. Ele completa dizendo que faz questão de limpar o local: “eu que passo tirando os pozinhos”. E reforça a questão da segurança: “o que você imaginar, tem: câmera, sensor, alarme, toque e, quando alguém entra, meu telefone toca”.
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Cafu diz ser muito confundido e recorda: “com Denílson, com Rivaldo. Uma vez a menina veio me entrevistar e achou que estava falando com o Denílson. Eu falei ‘você tem certeza que está falando com o Denílson?!’. E ela continuou. No final falei ‘não leva essa pauta para o seu chefe, porque eu sou o Cafu”. Fazendo parte do Comitê de “Stakeholders” da Fifa, comissão que define todos os regulamentos e mudanças do futebol, revela se já deu algum “não” a projetos e responde: “vários. O VAR eu fui contra e sou contra até hoje…. Aquela linha só o computador vai ver e o futebol não é computadorizado. Sou do tempo em que o futebol tem que ser boêmio, tem que ter discussão, falar”.
Danilo pergunta se ele tem vontade de treinar a Seleção e Cafu responde: “sinceramente, não. Posso até mudar de ideia, já me fizeram esse convite, mas acho que ainda não é o momento. Mesmo com toda a experiência que eu tive como jogador, preciso aprender mais ainda como técnico. Se eu for treinador, vai ser da Seleção Brasileira. Não me vejo treinando uma outra seleção”. Tendo lançado sua biografia “A Saga CAFU” em março, convida Mariah Morais que foi a responsável por escreve-la para se unir a ele na entrevista. “A única pessoa que eu confiaria que escrevesse a minha saga seria você”, diz ele à jornalista. Eles falam ainda sobre o prefácio da obra, estratégias de lançamento e conteúdo interativo e tecnológico do livro.
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