Maior emissora do país, a Globo nem sempre acerta e registra vários fracassos ao longo da sua história; relembre alguns casos recentes
No final de setembro, a Globo estreou o Se Joga para tentar salvar a sua faixa vespertina diária, que vem se tornando problemática para a emissora nos últimos anos, e que já chegou a provocar o cancelamento do Vídeo Show após mais de três décadas.
Sob o comando de Fernanda Gentil e dos novatos Érico Brás e Fabiana Karla, o Se Joga ainda não caiu no gosto do público. Com um formato que não traz grandes novidades e que apresenta uma mistura de atrações que não resultam em coisa alguma, pode-se até dizer que o programa era um fracasso anunciado, e que com as constantes derrotas para a Record, não deve ficar no ar por muito mais tempo.
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Porém, o Se Joga pode buscar consolo no passado, uma vez que, ao longo da história, a Globo acumula diversas produções, entre programas, séries e novelas, que também foram um fiasco de audiência e ficaram no ar por pouco tempo. Portanto, vamos voltar um pouco no tempo e relembrar algumas dessas produções recentes da emissora carioca.
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O Divertics estreou no final de 2013, cobrindo as férias do Esquenta!, e se tratava de uma grande aposta para as tardes de domingo da Globo, com um formato diferente, que investia em várias esquetes cotidianas e com muito improviso.
A atração, no entanto, dependida muito do talento individual de alguns humoristas que faziam parte do elenco, como Leandro Hassum e Luiz Fernando Guimarães. Porém, isso não foi suficiente para salvar a atração, que tinha direção de Jorge Fernando.
O formato e as piadas do Divertics não agradaram nenhum pouco o público, que passou a avaliar o dominical como “sem graça” e “de mal gosto”. A audiência então desabou, e atração durou apenas quatro meses no ar.
O DENTISTA MASCARADO
Após anos de sucesso na MTV, Marcelo Adnet finalmente acertou o seu retorno à Globo em 2013, e como protagonista de O Dentista Mascarado, série de Fernanda Young e Alexandre Machado, e que prometia tornar essa volta do humorista à emissora algo marcante.
Porém, a atração não correspondeu às expectativas. Com cenas que beiravam o constrangimento, a série tornou-se alvo de críticas negativas e despencou na audiência, fazendo com que a Globo cancelasse a produção logo após o fim da primeira temporada.
Pouco tempo depois, Adnet até conseguiu se firmar como um dos principais nome do humor da Globo, emplacando o Tá no Ar, ao lado de Marcius Melhem, mas até hoje, O Dentista Mascarado é apontado como uma marca negativa na carreira do humorista, até se tornar motivo de piada para ele.
TOMARA QUE CAIA
A Globo já foi considerada referência no quesito humor na televisão, mas nos últimos anos, vem penando para conseguir arrancar risadas do público com suas atrações. E um dos símbolos desse fracasso é o Tomara Que Caia (2015) — programa com um título para lá de irônico e sugestivo.
Sob tutela de Boninho, o humorístico, vendido publicamente como um formato “original e criativo” da Globo, tentou inovar, apostando no improviso do seu elenco, que interpretava cenas ao vivo, e contava com o voto em tempo real do público para decidir quem se saía melhor.
Porém, mais uma vez, os telespectadores apontaram a atração como “sem graça” e com um formato que tentava “forçar a barra”. O programa era exibido nas noites de domingo, logo após o Fantástico, faixa na qual a Globo também enfrenta dificuldade nos últimos anos, e que já foi alvo de vários estudos da emissora para o lançamento de novas atrações.
A emissora e o próprio elenco tentaram salvar o programa a todo custo, minimizando a recepção negativa e apelando para participações especiais, como a de Anitta, e até imitações de Silvio Santos, feitas por Wellington Muniz, o Ceará.
Porém, O Tomara Que Caia não resistiu às críticas pesadas e à audiência em queda, e acabou sendo cancelado após quatro meses de exibição.
SUPERMAX
Retornando à teledramaturgia, não dá para deixar de fora dessa lista a série Supermax (2016), uma produção na qual o fracasso se tornou consequência de uma grande frustração.
Isso porque a série prometia muito, despertando grande expectativa no público, com trailers de tirar o fôlego e com cara de superprodução. Mais do que isso: a atração tinha tudo para se tornar um marco da Globo ao investir no terror, gênero pouco explorado pela emissora.
Porém, a trama, que acompanha um grupo de pessoas confinadas em uma prisão de segurança máxima no meio da floresta amazônica para participação de um reality show, foi considerada “confusa”, com resoluções fracas e atuações abaixo da crítica. A violência também afugentou parte do público, e fez com que a audiência de Supermax despencasse, ao ponto da Globo perder a liderança no horário.
Diante dos resultados negativos, a série não passou da primeira temporada, e até mesmo a sua versão para o mercado hispânico se tornou um grande fracasso.