Segundo Sol: Filha de Luzia vai abandonar vida de luxo e passará a viver em situação precária
22/05/2018 às 14h43
A filha de Luzia (Giovanna Antonelli) foi adotada por uma família milionária no capítulo de ontem (21) da novela Segundo Sol, mas ela não terá a vida que sonhava. Vivendo com humilhações por parte da irmã e a recriminação dos pais, ela decidirá morar no mesmo lugar que o namorado.
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Acácio (Danilo Ferreira) viverá em um casarão abandonado e ela, que começa a trabalhar com Luzia sem saber que é sua filha, pedirá para morar com ele. “Agora vou poder sair de casa, tocar a minha vida, ficar mais perto de você. Você acha que o pessoal ia me aceitar lá no casarão?”, questionará.
O casarão é uma ocupação. Pra morar lá, você tem que ser aceita pela comunidade. Podemos tentar. Bora lá”, convida o rapaz, que a pega pela mão e os dois partem caminhando. A fachada é cheia de grafites, posters, lambe-lambes, etc, e os dois entram conversando.
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“Manu, me diga uma coisa: você acha que uma princesa feito você, se acostumaria a vida simples do casarão?”, questiona o garoto. “Oxe! É claro! Eu nasci numa casinha de pescador muito mais simples do que isso aqui”, revela a garota, lembrando de sua infância, quando ainda morava com a mãe.
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“E tem mais uma coisa. Aqui, não entra droga. A gente adora uma festa, cê pode tomar um vinho, uma catuaba, ficar alegrinha, mas essas porcarias que você põe no seu corpo, aqui, não”, enfatiza ele, que sabe da dependência química da namorada, e ela concorda.
Ele então começa a mostrar cada cômodo do local, que tem paredes altas e coloridas e lâmpadas penduradas com gambiarras elétricas. Lá, estarão um grupo de jovens e Ludi, uma negra deslumbrante que faz dança afro. Alguns tocam tambores e outros limpam as janelas do local.
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E Acácio apresenta: “Aqui tem esse salão onde a gente fica a maior parte do tempo. O povo ensaia aqui, faz dança, instalação, performance! Tem dançarino, tem gente de cinema, estudante, tem poeta, cabelereiro, capoeirista! Mas o que a gente tem em comum mesmo, é que a gente pensa parecido”, explica.
“Aqui o coletivo, é a força mais importante. Vamo ali na cozinha…”, convida. Na cozinha, uma porta funciona como mesa e a pia não tem torneira. “‘Eu sou, porque você é’. Umbuntu. É você acreditar que só pode tá bem se o outro tiver bem também”, dirá ele.
“Que lindo isso! E as pessoas pagam um aluguel, uma taxa pra morar aqui?”, questiona. “Negativo. Aqui dentro não tem dinheiro. O único lucro aqui é tár junto”, revela. “E como é que você pagam as coisas, compram comida?”, pergunta. “A gente arrecada dinheiro pro essencial”, diz.
“Aqui dentro nossa moeda é a troca. Quem quer ficar aqui tem que colaborar. A gente divide tudo”, diz. “Mas tudo mesmo? Comida, roupa?”, pergunta. “É. Deixa eu te mostrar lá em cima…”, chama. É mostrado um banheiro coletivo, com um único chuveiro e uma pia com água corrente.
“Até o banho é compartilhado! Banheiro só tem esse. E só essa pia tem água. Pra tudo da casa inteira. A gente come, dorme e toma banho junto… só não compartilha namorado”, brinca. “Animado! E todo mundo ajuda na limpeza, na cozinha, a cuidar da horta… Cês são uma comunidade mesmo”, diz Manu.
Eles também entram em um dos quartos, onde há alguns colchões espalhados, redes e araras com roupas. Acácio mostra seu cantinho, uma beliche com livros ao lado e um porta retrato, além de roupas de capoeira, berimbau, guias e uma vela em um pratinho.
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“Se eu me mudar pra cá, vamos dormir nós dois nesse colchão duro?”, pergunta ela. “O colchão é o menor dos problemas do casarão! Aqui falta água, falta luz, faz calor no verão e frio no inverno! Quando chove alaga, tem mosquito, tem barata, tem rato e tem morcego”, revela.
“Eu sempre adorei animais domésticos! Por mim tudo bem”, diz Luzia, que é interrompida por um menino de quatro anos. “Ei, Tupã! Venha conhecer a tia Manu”, chama Acácio. “Quem é esse menino?”, pergunta ela. “Esse é o Tupã, nosso filho”, revela.
Manu toma um susto e dispara: “‘Nosso filho?’ Como assim, Acácio? Você nunca me disse que tinha filho”. “Ele não é exatamente meu filho, mas é também. Filho de todos nós aqui”, revela. “Mas quem é a mãe?”, questiona. “A mãe biológica é a Renatinha, mas todas as meninas do casarão também se consideram”, diz.
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E revela: “Todos os homens se consideram pais”. “Quer dizer que a Renatinha andou com todo mundo aqui?”, questiona Manuela. “Essa sua pergunta mostra que você não tá entendendo o espírito da coisa… Sem julgamentos, Manu! Venha, Tupã, venha cá dar um abraço em tia Manu”, finaliza ele, e Manu abraça o garoto.
Essa cena vai ao ar no próximo sábado (26).