Sem originalidade, “A Lei do Amor” termina sem estancar sangria da Globo
31/03/2017 às 22h20
A Globo vivencia e alonga há anos uma fase bastante negra em um dos horários de sua programação. A antiga faixa da “novela das oito” e atualmente “novela das nove”, até então considerada a mais nobre, vem decepcionando em qualidade e audiência. Nesse contexto, a emissora tem perdido credibilidade em seu principal horário em uma sangria que parece não ter fim de estancar.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Depois do incrível sucesso de “Avenida Brasil” (2012), em termos de qualidade razoável na faixa tivemos “Salve Jorge” (2012/13), “Amor à Vida” (2013/14) e “Império” (2014/15), as quais conquistaram também média final de audiência mediana (acima dos 30 pontos). Entretanto, “Em Família” (2014), “Babilônia” (2015), “A Regra do Jogo” (2015/16) e “Velho Chico” pecaram nos dois critérios avaliados: qualidade (o mais importante para o público) e audiência (praticamente o mais importante para a emissora que produz).
LEIA TAMBÉM: Três artistas ofuscaram André Marques no “The Voice Kids”
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Nesse sentido, o número de novelas irrelevantes e que não alçam grande repercussão tem sido cada vez maior entre os folhetins das nove da Globo. Apesar de todas prometerem muito nas chamadas iniciais e até terem inícios atraentes, o desenvolvimento não mantém a qualidade e frustra os noveleiros.
Com “A Lei do Amor” a história se repetiu. Após uma estética bonita, porém sonolenta de “Velho Chico”, todos esperavam uma verdadeiro “novelão” de volta ao horário. A novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari (direção de Denise Saraceni) até que começou bem, com a boa primeira fase protagonizada por Isabelle Drummond e Chay Suede (atualmente astros de “Novo Mundo”), mas se perdeu no decorrer por vários motivos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Sem originalidade, “A Lei do Amor” teve muitos personagens e núcleos desnecessários, apostou em temas já batidos e não inovou ao lidar com tais temáticas – jovem com câncer, políticos danosos, amor sofrido, vingança, entre outros. Além disso, o casal principal – Helô de Claudia Abreu e Pedro de Reynaldo Gianecchini – não empolgou tanto o público.
Assim, “A Lei do Amor” se despede sem o carimbo de qualidade e deve sair da tela da Globo amargurando seus 27 pontos de média geral (abaixo dos 30 pontos como “A Regra do Jogo” e “Velho Chico”). Por sinal, é sempre interessante destacar que o patamar (qualidade e audiência) das novelas das nove tem caído muito, as quais têm perdido em várias ocasiões para as tramas das sete, por muito mérito destas.
LEIA TAMBÉM:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
● Astro de Alma Gêmea abandona a Globo, vive de profissão comum e detona o que veterana fez: “Porr@ toda”
● Relação do Maníaco do Parque com trans é revelada e entrega o que assassino fazia no sexo: “Queria ser mulher”
● Estrela de Cheias de Charme vira faxineira para sobreviver após demissão e acaba de assumir profissão comum
Ante ao exposto, salienta-se que nem a atuação magistral de Vera Holtz, com sua maquiavélica Magnólia, conseguiu dar conta de levantar toda uma trama caída em vários aspectos e a Globo agora aposta todas as suas fichas em “A Força do Querer”.
Críticas e/ou sugestões? Contato: [email protected] | @Ligado_na_TV
Autor(a):
Danyllo Junior
Escreve artigos de opinião sobre televisão desde 2009. Enfermeiro, Mestrando da UFRN, autor de livro - Morte Gêmea - e contos, e apaixonado pelos afins da televisão. Integra a equipe do TV Foco/iG desde maio de 2013, assinando atualmente a coluna semanal ‘Ligado na TV’, na qual lança seu olhar sobre o curioso universo televisivo. (e-mail: [email protected])