A Globo vivencia e alonga há anos uma fase bastante negra em um dos horários de sua programação. A antiga faixa da “novela das oito” e atualmente “novela das nove”, até então considerada a mais nobre, vem decepcionando em qualidade e audiência. Nesse contexto, a emissora tem perdido credibilidade em seu principal horário em uma sangria que parece não ter fim de estancar.
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Depois do incrível sucesso de “Avenida Brasil” (2012), em termos de qualidade razoável na faixa tivemos “Salve Jorge” (2012/13), “Amor à Vida” (2013/14) e “Império” (2014/15), as quais conquistaram também média final de audiência mediana (acima dos 30 pontos). Entretanto, “Em Família” (2014), “Babilônia” (2015), “A Regra do Jogo” (2015/16) e “Velho Chico” pecaram nos dois critérios avaliados: qualidade (o mais importante para o público) e audiência (praticamente o mais importante para a emissora que produz).
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Nesse sentido, o número de novelas irrelevantes e que não alçam grande repercussão tem sido cada vez maior entre os folhetins das nove da Globo. Apesar de todas prometerem muito nas chamadas iniciais e até terem inícios atraentes, o desenvolvimento não mantém a qualidade e frustra os noveleiros.
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Com “A Lei do Amor” a história se repetiu. Após uma estética bonita, porém sonolenta de “Velho Chico”, todos esperavam uma verdadeiro “novelão” de volta ao horário. A novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari (direção de Denise Saraceni) até que começou bem, com a boa primeira fase protagonizada por Isabelle Drummond e Chay Suede (atualmente astros de “Novo Mundo”), mas se perdeu no decorrer por vários motivos.
Sem originalidade, “A Lei do Amor” teve muitos personagens e núcleos desnecessários, apostou em temas já batidos e não inovou ao lidar com tais temáticas – jovem com câncer, políticos danosos, amor sofrido, vingança, entre outros. Além disso, o casal principal – Helô de Claudia Abreu e Pedro de Reynaldo Gianecchini – não empolgou tanto o público.
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Assim, “A Lei do Amor” se despede sem o carimbo de qualidade e deve sair da tela da Globo amargurando seus 27 pontos de média geral (abaixo dos 30 pontos como “A Regra do Jogo” e “Velho Chico”). Por sinal, é sempre interessante destacar que o patamar (qualidade e audiência) das novelas das nove tem caído muito, as quais têm perdido em várias ocasiões para as tramas das sete, por muito mérito destas.
Ante ao exposto, salienta-se que nem a atuação magistral de Vera Holtz, com sua maquiavélica Magnólia, conseguiu dar conta de levantar toda uma trama caída em vários aspectos e a Globo agora aposta todas as suas fichas em “A Força do Querer”.
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