Rodrigo Bocardi, Aline Midlej, Maju Coutinho e Alex Escobar sofreram críticas pelos trabalhos que desempenharam no Carnaval da Globo
Hoje é o último dia de exibição dos desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, completando quatro dias de beleza, cores, muita música e arte na tela do público que acompanhou a Globo. Existe um problema, entretanto, que permeou as redes sociais no que se trata dessa cobertura.
A platinada convocou Rodrigo Bocardi e Aline Midlej para os desfiles de São Paulo, e Maju Coutinho e Alex Escobar para os desfiles do Rio. Até o momento, vários internautas criticaram essas escalações e fizeram críticas à falta de carisma desses apresentadores em frente às câmeras.
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Claro, fazer um profissional que desde o começo da carreira é instruído a manter a postura séria na TV e do nada ter que entrar no clima do Carnaval é algo desafiador. Se esquecem que todos estão ali a trabalho, por isso é necessário ter muita concentração e seriedade no momento em que tudo acontece na Avenida.
O problema é que algumas pessoas ainda estão com dificuldades de entender isso e por isso detonaram os trabalhos desses âncoras durante os desfiles televisionados.
‘VERGONHA ALHEIA’
Houve um momento com Rodrigo Bocardi que repercutiu muito nas redes sociais e mostra o jornalista muito feliz, celebrando a alegria em frente às câmeras, mas aparentemente isso só se tornou motivo de piada para alguns internautas.
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“Vem aqui comigo por favor: você, tem alguma tristeza na sua vida? Qual a sua tristeza? Pega a sua tristeza e entrega aqui para mim que eu vou transformar ela em alegria. Faz isso. Nós, nessa noite, vamos seguir aqui na pegada da Estrela do Terceiro Milênio. Qualquer tristeza que você sentir aí você vai entrar ela para gente e nós vamos transformar em alegria. Você vai terminar essa noite em alegria, só vem”, disse o âncora do “Bom Dia São Paulo”.
Aparentemente, esse discurso de positividade se transformou em um grande motivo de vergonha alheia para algumas pessoas mais amargas. “Juro que fiquei com vergonha”, diz o perfil Brenno de Moura no Twitter.
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Rodrigo Bocardi já havia dito no “Mais Você” que estava muito ansioso para fazer a primeira cobertura de Carnaval na Globo e por isso estudou bastante para conseguir fazer o trabalho com maestria.
O apresentador usou roupas de Milton Cunha no programa, afirmou que passou por toda a história da folia no país para conseguir fazer a transmissão com muito respeito, mas nem isso foi o suficiente para o público pesar um pouco menos a mão na hora de tecer críticas.
Talvez fosse o momento da Globo livrar seus próprios jornalistas de algum tipo de constrangimento e colocar mais profissionais do entretenimento nessas coberturas carnavalescas. A importância de ter um apresentador de noticiários nesse momento é para que o público tenha mais informações e entenda aquilo que está acontecendo da Avenida.
DESLIZES QUE NINGUÉM PERDOOU
Entretanto, o que parece nas redes sociais, é que os telespectadores querem a mesma folia que acontece na Sambódromo, ou na Sapucaí, no estúdio. Tudo bem que alguns erros de informação acontecem, mas são corrigidos quase que imediatamente. O público é implacável e chegou a transformar um pequeno deslize de Maju Coutinho em algo pesado.
A âncora do “Fantástico” se confundiu na noite de ontem (19) e chamou a Mocidade Independente de Padre Miguel (RJ) de Mocidade Alegre (SP), trocando o nome da agremiação carioca pela paulista.
“Desculpa, eu sou paulistana, mas a Alegre veio no meio coração”, disse a profissional, após ser rapidamente corrigida por Alex Escobar. Logo em seguida, a comunicadora esqueceu quem a Escola da Samba homenagearia no noite.
Muitas pessoas usaram o Twitter para reclamar da escalação de Maju Coutinho para o posto de comentarista do Carnaval carioca na Globo.
“Colocar Maju Coutinho e não Mariana Gross para comentar o desfile do Grupo especial do Rio é uma SACANAGEM imensa!”, diz um perfil chamado Pedro, o Comentador.
Não é de hoje que existe essa perseguição em cima da apresentadora, que desde que começou a ganhar destaque em frente às câmeras na emissora carioca começou a sofrer ataques. Foram dos piores, desde crimes racistas até acusações de que ela teria espaço no canal para cumprir algum tipo de ‘cota’.
Muitos profissionais erram o tempo todo, principalmente ao vivo. Não perdoar esses erros beira a arrogância, já que um trabalho em que todos precisam estar atentos com o montante absurdo de informações que acontecem na Avenida é algo a se admirar. Para alguns telespectadores, entretanto, errar não é uma opção.
SEM CARISMA?
Rodrigo Bocardi e Aline Midlej também tiveram uma suposta falta de carisma em frente às câmeras. O jornalista já passou por isso no início da carreira no “Bom Dia São Paulo”. Foram meses até que o público parasse de usar as redes sociais para chamá-lo de robótico.
Houve até mesmo um longo tempo em que ele trabalhou em cima da naturalidade fora das câmeras. O profissional, que foi acusado de ter um “carisma de uma porta” durante as noites de sexta e sábado, já passou por isso em várias ocasiões.
Pode existir uma outra razão para quem a insensibilidade de alguns internautas atinja diretamente o jornalista. “Essa dupla de narradores do Carnaval não me contagia nem um pouco. Ainda mais o Rodrigo Bocardi. Ouço a voz dele e já fico pistola pensando que preciso enfrentar o metrôzão lotado até a faculdade”, disparou um usuário do Twitter chamado Felipe Sales.
Chico Pinheiro, que foi o grande nome das coberturas do Carnaval na Globo por tanto tempo, saiu em defesa do grande parceiro.
“Eu estou de olho aqui no Carnaval de São Paulo. Salve, Aline. Salve, Bocardi. Que delícia estar em casa assistindo o carnaval de São Paulo. Vocês estão dando um show, tá maravilhoso e o carnaval de São Paulo continua cada dia mais bonito. E eu estou muito feliz de assistir”, escreveu o veterano.
O QUE A GLOBO DEVERIA FAZER
A Globo deveria chegar a um consenso com o público. Já que gasta tanto dinheiro e investe bastante para que tudo fique lindo na Avenida, talvez devesse atender aos pedidos relacionados à apresentação da folia. Fazer pesquisas que apontem que são os nomes indispensáveis para apresentar o Carnaval na emissora.
Claro que nada vai ser como o que outras emissoras fazem, caindo na loucura de exibir um ânus verde ao vivo durante uma entrevista, como aconteceu com uma concorrente no passado. O importante no meio disso tudo é mostrar que a vontade de público é o que mais importa nesse momento, além de evitar que jornalistas conceituados caiam nesse limbo cruel que a internet muitas vezes representa.