Até o momento, mais de 60 empresas, conforme analisado pelo Serasa, pediram recuperação judicial, com a maioria dos negócios pertencendo às áreas de serviço e comércio.
A situação do setor empresarial brasileiro está se tornando cada vez mais crítica, como apontado pelo Indicador de Falências e Recuperações Judiciais da Serasa Experian. De acordo com este indicador, houve um alarmante aumento de 82,1% nos pedidos de falência em julho, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse aumento reflete os desafios enfrentados pelas empresas na tentativa de superar dificuldades financeiras e evitar a falência em meio à complexidade do mercado brasileiro.
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O levantamento da Serasa Experian também destaca que a maioria dos pedidos de falência provém de micro e pequenas empresas, totalizando 62 solicitações. Os setores mais afetados são os de “Serviços” com 41 pedidos, seguido pelo “Comércio” com 38, “Indústria” com 20 e apenas um pedido no setor “Primário”. Esses números ressaltam a vulnerabilidade dessas empresas diante do atual cenário econômico.
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No entanto, há uma esperança para essas empresas na forma da Lei 14.112/20, que regulamenta os processos de recuperação judicial, oferecendo um procedimento simplificado e mais eficiente para aliviar o peso das dívidas e facilitar a recuperação financeira.
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Apesar desses esforços, os dados de julho deste ano ainda mostram um aumento de 37,3% nos pedidos de falência em relação ao mesmo mês de 2020. As micro e pequenas empresas continuam liderando com 55 pedidos, seguidas pelas médias empresas com 33 e grandes empresas com 26 pedidos.
A recuperação judicial é vista como uma última tentativa de reerguer financeiramente a empresa, enquanto a falência representa o cenário mais sombrio, quando a recuperação não é mais possível. Quando um pedido de recuperação judicial é aceito pela Justiça, a empresa tem a oportunidade de suspender e renegociar suas dívidas com os credores, evitando o fechamento das operações e a preservação dos empregos.
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Luciano Velasque Rocha, sócio do escritório, enfatiza que esses indicadores resultam de uma combinação de fatores adversos, incluindo altas taxas de juros, pressão inflacionária e dificuldades de fluxo de caixa decorrentes da recente crise econômica.
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Entre as empresas que recorreram à recuperação judicial neste ano, destacam-se nomes conhecidos, como Lojas Americanas, Grupo Petrópolis, Light, Oi, Raiola, Nexpre e Avibras. O setor de serviços foi o mais afetado, registrando os maiores índices de falência e recuperação judicial até o momento.
Diante desse cenário desafiador, as empresas devem adotar medidas estratégicas para se reerguerem e se adaptarem às novas demandas do mercado. A recuperação judicial pode ser uma alternativa viável para preservar as operações e os empregos, mas é essencial um planejamento financeiro sólido e uma reestruturação eficaz para garantir o sucesso nessa jornada.
Além disso, o governo pode desempenhar um papel crucial na prevenção da falência das empresas, criando um ambiente propício ao sucesso empresarial. Isso inclui a implementação de políticas econômicas estáveis, como a redução de impostos e o controle da inflação, a disponibilização de linhas de crédito acessíveis e programas de incentivo à inovação e capacitação empresarial. Essas medidas podem ajudar a fortalecer o setor empresarial e a economia como um todo.
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