REVELAÇÕES
Serginho Groisman fecha com SBT, Silvio exige mesmo nome de programa da rival e discute: “Muito difíceis”
15/06/2022 às 13h28
Com passagens pela TV Cultura e pelo SBT, Serginho Groisman explicou como foi sua carreira antes de trabalhar na Globo
Serginho Groisman já falou sobre o que teve que abrir mão durante os processos de mudança entre as emissoras ao longo da carreira. Apresentador do “Altas Horas”, na Globo, o veterano já teve o mesmo formato de atração em outros dois canais no passado: a TV Cultura e o SBT.
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Em entrevista ao “Roda Viva”, o apresentador contou como foram esses processos de mudança e quais foram as maiores diferenças em cada uma dessas empresas. “Eu não lembro de concessões que eu disse: ‘Poxa, me arrependi, tive que abrir mão'”, iniciou.
O veterano revelou como decidiu o nome de seu programa no SBT. “Na verdade, com o Silvio foi o seguinte, ele chegou e falou assim: ‘Eu quero fazer aquilo que você faz na Cultura’. Ele contratou o mesmo cara que fez o cenário do ‘Matéria Prima’. Ele contratou para fazer o ‘Programa Livre’. Não tive realmente concessões”, contou.
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Serginho Groisman continuou: “O que acontecia eram discussões. “Fiquei pensando em um nome, e relembrando um programa em que as pessoas pudessem realmente se expressar, lembrei de ir ao cinema na época da censura, e nos filmes entrava antes um certificado com um carimbo falando ‘programa livre'”.
O apresentador reforçou a ideia do nome da atração. “Aí eu falei: ‘Vou dar o nome de Programa Livre, e na abertura do programa eu vou fazer esse carimbo, para que o programa seja livre, que tenha o carimbo. E quem entender, vai saber que tem uma referência à censura que a gente tinha, e que agora a gente tem um programa que é livre”, disse.
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MOMENTOS DIFÍCEIS
Sobre as mudanças de empresas, Serginho Groisman destacou algumas dificuldades. “As mudanças de emissora sempre foram muito difíceis, porque eu nunca quis abrir mão da liberdade. Claro, quando a gente fala de liberdade e trabalha em uma emissora, eles nos contratam porque sabem que a gente é de um jeito”, avaliou.
Ele continuou: “Eu não acredito que uma emissora contrate alguém, ou um programa, ou uma equipe, para chegar lá e falar: ‘Olha, você não vai fazer nada do que você fazia’. Muito pelo contrário. O que existe, e isso foi muito claro em todas as passagens de todas as emissoras que eu tive, foram assim: ‘Olha, a gente sabe como você se comporta, seja feliz'”.
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EMISSORAS DIFERENTES
Serginho Groisman também destacou as diferenças entre emissoras: “Claro que em uma estrutura como a Globo, que o jornalismo é muito presente, eu não posso fazer com o SBT, cobrir as lacunas que eventualmente o jornalismo não tinha. Por isso no SBT, no ‘Programa Livre’, nos anos 90, e na efervescência e na liberdade que tinha, eu entrevistava desde os Caras Pintadas, até o Brizola, o Maluf, entrevistava o Fernando Henrique enquanto presidente. Entrevistei, enfim, pessoas das mais diferentes tendências políticas. Porque existia essa lacuna que o SBT tinha”.
Autor(a):
Redação TV Foco
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