Silvio de Abreu revela que já teve novela arruinada por programa do SBT

08/07/2015 às 11h03

Por: Renan Santos
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(Foto: Divulgação)
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Nomeado como o primeiro líder do fórum de dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu foi o convidado desta última terça-feira (07) do “Ofício Em Cena”, programa do canal pago GloboNews. Na atração, que é baseada em um projeto criado por José Wilker, atores, autores e diretores da Globo são sabatinados por uma jornalista e uma platéia composta por outros profissionais da TV e estudantes da área.

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No programa, Silvio de Abreu relembrou os sucessos e fracassos como autor de novelas. Entre os folhetins que fracassaram, o autor destacou “As Filhas da Mãe” (2001), que segundo o próprio Silvio admite, sofreu com a concorrência direta do “Aqui Agora”, extinto programa policial do SBT.

O autor conta que para piorar ainda mais a situação da novela, no mesmo ano em que ela estava sendo exibida, ocorreu o famoso sequestro de Silvio Santos e da sua filha, Patrícia Abravanel, além do atentado terrorista ao World Trade Center em Nova York, fatos que beneficiaram e muito a concorrências, que fizeram uma grande cobertura na época. “Entre uma novela esquisita e a história do sequestro da filha do Silvio Santos [Patrícia Abravanel] que estava no ‘Aqui e Agora’, a concorrência ganhava. Depois foi o próprio Silvio sequestrado, e eu com a novelinha estranha. Quando a gente conseguiu atingir um bom índice de audiência, chegamos aos 37 pontos, os aviões atingem o World Trade Center em Nova York. Agora você vem dizer que a novela era boa? Ninguém viu”, diz ele.

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Cena de "As Filhas da Mãe". (Foto: Divulgação)

Cena de “As Filhas da Mãe”. (Foto: Divulgação)

“A gente faz o melhor e reza para dar certo. ‘As Filhas da Mãe’ tinha um elenco maravilhoso, mas não garantiu sucesso. Era uma novela muito doida que tinha um rap em forma de narração que eu tinha que escrever e dava muito trabalho”, completa.

O autor admite que tem prazer em escrever e que chega a se sentir uma espécie de Deus que pode manipular muitas vidas em suas tramas. “Eu sou casado há quarenta anos com a mesma mulher, nunca fui de baladas, mas quando estou ali escrevendo uma novela, posso fazer tudo o que eu quiser. Eu posso matar, abraçar, beijar quem eu quiser. Ali eu sou deus. Eu sou deus daquele universo. Por isso é um grande barato escrever. Só não é legal quando a novela não vai bem de audiência”, afirmou.

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Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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