Silvio Santos leva rasteira de Jair Bolsonaro e futuro do SBT passa a ser incerto
04/03/2020 às 0h43
O SBT pode acabar indo a falência graças a uma decisão inesperada tomada pelo governo Federal
Silvio Santos bem que tentou ser amigo de Jair Bolsonaro: o empresário, dono do SBT, e apresentador recebeu o político em seu programa dominical, ressuscitou o Poder em Foco, fez campanha política nos intervalos comerciais e até ameaçou ressuscitar a Semana do Presidente.
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Tudo isso, porém, foi absolutamente em vão. O governo de Jair Bolsonaro decidiu, nesta semana, tornar praticamente ilegal a comercialização da Tele Sena e dos carnês do Baú da Felicidade, ambos pertencentes ao Grupo Silvio Santos e que representam grande parte do faturamento do SBT.
A decisão foi tomada na tarde de segunda-feira (2) e foi divulgada em primeira mão pelo site Boletim de Notícias Lotéricas. A Caixa Econômica Federal proibiu a comercialização das cartelas da Tele Sena e dos carnês do Baú nas loterias e em suas agências de maneira imediata, dando até o final de março para que as vendas acabem permanentemente.
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A Tele Sena foi criada em 1991 pela Liderança Capitalização, uma das várias empresas do Grupo Silvio Santos, e desde então tinha sorteios semanais (e algumas vezes diários) na programação do SBT. Apesar de pertencerem ao mesmo dono, estes sorteios eram comercializados como se fossem um anúncio de qualquer outro anunciante externo.
Silvio Santos tenta reverter decisão
Assim como a Tele Sena, outras empresas do Grupo Silvio Santos pagam para anunciar nos intervalos comerciais do SBT. São os casos, por exemplo, do Baú da Felicidade (também alvo da proibição), da Jequiti e do Hotel Sofitel Jequitimar.
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O dono do SBT, porém, aparenta não ter reagido bem com a rasteira dada por Jair Bolsonaro. Ainda de acordo com o Boletim de Notícias Lotéricas, a cúpula da Liderança Capitalização solicitou uma reunião emergencial com os executivos da Caixa Econômica Federal para tentar reverter a decisão.
A proibição, por sinal, representa uma perda de faturamento para a Caixa Econômica Federal, que irá repor o dinheiro perdido com a regulamentação da volta dos sorteios televisivos por meio de números com valor acrescentado, como foi o popular 0900 no final dos anos 1990.
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Autor(a):
Félix Almeida
Jornalista especializado na cobertura de entretenimento, com ênfase em notícias sobre os bastidores da televisão e celebridades.