Recentemente o jornalista Mauricio Stycer publicou em sua coluna no Uol que a Record promoverá algumas mudanças na sua grade de programação após o fim da novela “Os Dez Mandamentos”. Segundo informações, a emissora exibiria suas minisséries bíblicas na faixa das 20h, e “Escrava Mãe” estrearia um novo horário para a dramaturgia, provavelmente no período das 19h.
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Convenhamos que a emissora da Barra Funda nunca foi muito boa em estratégias de televisão, e se demonstra mais uma vez imatura ao ter que lidar com o sucesso. O que está acontecendo com ODM é algo raro. A boa audiência e repercussão em um produto do canal já não se vê há muitos anos. A única trama capaz de manter o sucesso nesse momento seria “A Terra Prometida” que é continuação da história. Porém não há tempo hábil para ficar pronta e ser exibida na sequência.
Diante deste cenário, a emissora dos bispos está prestes a tomar uma decisão, que tem muito mais chance de dar errado do que certo. Qualquer atração que for exibida após ODM não manterá os números na casa dos 20 pontos, que devem cair para cerca de 10 pontos ou até menos. Exibir uma série bíblica poderia ser uma boa opção, mas apenas se fosse inédita, colocar no ar uma reprise em pleno horário nobre demonstra despreparo e incompetência. Além de desgastar a temática bíblica. Sem contar que ao tomar essa decisão, faz parecer que EM é um fardo para a emissora quando deveria ser vista como solução.
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Por mais que a bíblia tenha muitas histórias, uma hora elas irão acabar e o canal não pode se limitar a um único gênero. Fazer de “Escrava Mãe” uma espécie de sanduiche entre uma novela que é sucesso, e “A Terra Prometida” que tem tudo para se tornar um, seria a melhor opção, pois teria mais chance de dar certo.
Usar a estratégia de estrear uma trama quando a outra está chegando ao fim seria o mais inteligente no momento. A novela que conta a história da mãe da escrava Isaura deveria estrear às 20h20, com tempo reduzido e indo ao ar até as 20h50 quando cederia espaço para a reta final de ODM, que enfrentaria o final do “Jornal Nacional” e o início de “A Regra do Jogo”, que é geralmente os momentos dos maiores picos. Essa dobradinha deveria durar cerca de pelo menos três semanas para que o público se habitue à nova trama. Dessa forma, com o público na expectativa dos últimos capítulos, “Escrava Mãe” certamente manteria os números em torno de 12 a 15 pontos, podendo cativar o telespectador a lhe acompanhar pelos próximos meses até a estreia de uma nova atração bíblica. Lamentavelmente a Record parece não entender isso, e está prestes a mais uma vez provar que não tem estrutura para lidar com o sucesso.
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Por Mauricio Freitas
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