O sindicato dos radialistas de São Paulo entrou com liminar na Justiça para tentar reverter as 53 demissões feitas na TV Cultura, na semana passada.
A entidade alega que a emissora descumpriu acordo de greve, firmado no fim de junho, em que se comprometia a dar um mês de estabilidade aos funcionários, o que não aconteceu. Procurada pelo jornal Folha de S. Paulo, a TV Cultura diz ter pagado 30 dias de trabalho para os demitidos.
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As demissões na TV Cultura geraram crise interna. O diretor administrativo e financeiro da Fundação Padre Anchieta, que mantém o canal de TV, se demitiu. Ele disse que não foi consultado sobre os cortes e que não aceita a forma como foram feitos. Outros diretores do canal fazem a mesma reclamação.
Marcos Mendonça, presidente da fundação, alega que a diretoria foi avisada e que o corte, “por causa da crise financeira”, era inevitável. O presidente da fundação disse ainda que não haverá mais demissões na emissora. “Nossa situação financeira não é a melhor. Além do corte no orçamento repassado pelo governo do Estado no início do ano, que também foi de 20%, a receita publicitária também encolheu uns 20%”, disse Mendonça.
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