Sofrendo de doença incurável, repórter da Record consegue voltar a falar; saiba como isso aconteceu

01/02/2018 às 22h54

Por: João Almeida
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Arnaldo. Foto - reprodução.

Arnaldo. Foto – reprodução.

Milagre? O fato é que o repórter Arnaldo Duran está muito bem, obrigado. Mesmo portando uma doença que até já matou um famoso, o ator Guilherme Karan, o repórter voltou a falar e até a trabalhar.

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Ele é portador da síndrome de Machado-Joseph, também conhecida como ataxia, doença rara e incurável que afeta os movimentos do corpo. O repórter chegou a perder o controle da fala, mas diz ter recuperado a voz após uma oração.

“Quem tem ataxia não consegue pronunciar as palavras. É muito difícil, parece bêbado. Eu não conseguia ler os textos. Poucas pessoas sabem como recuperei a voz. Falei em uma oração para Deus. Agradeci por tanto tempo que usei a voz que ele tinha me dado: ‘E é sua. Pode pegar de volta, Senhor’. Falei como se estivesse conversando com ele. Uma semana depois, voltei a falar”, contou Arnaldo, que, vale dizer, diz crer na fé sem religiões.

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Sobre a sua volta à Record, onde se apresenta no Domingo Espetacular, ele comentou: “Faço ‘Mitos e Verdades’ e me colocaram para narrar uns textos. Eles têm sido muito bons comigo. Sempre colocam um produtor do lado para ajudar. Mas estou indo muito bem com a síndrome de Machado-Joseph. Achei que iria me aposentar, porque não conseguia mais falar. Reaprendi e voltei”.

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Ele ainda lembrou como decidiu contar da sua doença: “Passei daquele sufoco de tentar esconder. Dei muito trabalho para os meus editores. Demorava uma semana para gravar um texto. Não conseguia completar uma frase. Eu tinha que dar uma explicação. Avisei os meus chefes na Record, Douglas Tavolaro e Anael Souza, que em menos de uma hora eu publicaria um vídeo na internet revelando uma doença rara com que fui diagnosticado. A Record me tratou muito bem”.

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Durante mais de um ano, Arnaldo escondeu seu estado de saúde para a direção da Record, mas sofria para ler textos e sempre segurava uma mala pequena para manter o equilíbrio, segundo o Uol.

“Quem tem ataxia pode morrer engasgado com a própria saliva. É uma doença gravíssima. É aconselhável fazer essas coisas todas. Minha vontade atualmente é fazer dança, porque passei em frente a uma academia com dança e acho que pode ajudar a devolver o equilíbrio”, contou Duran.

“Ando na rua e as pessoas perguntam se podem me abraçar. Que significado que tem isso! Pela internet, me senti na obrigação de ajudar as pessoas. Passou aquele medo que eu tive do futuro incerto, de ficar paralisado, sem conseguir falar nem me movimentar. A doença é degenerativa, mas a ciência não sabe qual a velocidade que ela avança. Creio também na ciência. Creio que Deus vai inspirar cientistas a descobrirem o medicamento para acabar com essa doença”, torce ele.

Desejamos melhoras e força para Arnaldo.

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