O órgão cravou a proibição de 3 marcas muito famosas de macarrão, sal e molho de tomate
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é quem garante a segurança, qualidade e eficácia de alguns produtos e serviços de nosso dia a dia. Nessa matéria, falaremos sobre três proibições do órgão federal contra uma marca de macarrão (09/2022), sal (07/2023) e uma empresa de molho de tomate (07/2017). A seguir, confira os detalhes de cada um desses produtos que precisaram se retirar dos mercados.
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1 – Marca de macarrão proibida
Começaremos falando sober a marca de macarrão. Em setembro de 2022, segundo o ‘G1’, a agência determinou o recolhimento de massas alimentícias da empresa Keishi (BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda.) que usaram o aditivo alimentar propilenoglicol, fabricado pela empresa Tecno Clean Industrial Ltda.
Vale dizer que o macarrão é um dos alimentos mais amados no mundo todo. Não existe quem consiga resistir a uma carbonara bem feita. Vale dizer que, a massa chegou no país junto aos imigrantes italianos no sul do Brasil, onde o alimento ficou bastante famoso e até hoje é usado de diversas formas na nossa culinária. No entanto, a marca citada precisou ter sua venda proibida devido a problemas em sua fabricação.
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Sendo assim, o órgão proibiu a comercialização, distribuição e o uso dos produtos fabricados entre 25 de julho de 2022 a 24 de agosto do mesmo ano. Conforme a Anvisa, a medida se deu após uma inspeção que identificou que a empresa adquiriu e usou a substância contaminada como ingrediente na linha de produção de suas massas.
Isso porque o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontou que os lotes recolhidos pela Anvisa estavam contaminados pela substância tóxica. O propilenoglicol adulterado foi usado na fabricação de petiscos para cachorros e pode ter sido responsável pela morte de ao menos 40 animais.
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Pronunciamento:
“A Keishi sempre primou pelo controle rigoroso da qualidade de seus produtos.
Neste episódio, a Anvisa proibiu a comercialização dos produtos fabricados no período de 25/jul/2022 a 24/ago/2022, com uso da suposta substância contaminada. Este lote corresponde a pouco mais de 1% do total dos produtos fabricados e vendidos pela Keishi no período.
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Em nenhum momento a Keishi desconfiou da qualidade da substância utilizada em seus produtos, pois adquiriu de boa-fé de fornecedor idôneo, com quem mantém relações comerciais de longa data, que tem nome respeitado no mercado. À Keishi mantém estreito contato com o fornecedor visando elucidar o ocorrido.
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Ao mesmo tempo, seguindo a orientação da Anvisa, a Keishi já entrou em contato com clientes visando recolher e rastrear os produtos pertencentes a este lote. Como se trata de produtos fabricados há quase 1 mês, não houve estoque a recolher e também não houve nenhum relato de danos à saúde do consumidor.
A Keishi esclarece que a ação da Anvisa é preventiva e pontual e não houve nenhuma ordem para paralisar as atividades ou interditar a fábrica da Keishi.
Esclarece, outrossim, que a Keishi está colaborando com a Anvisa e Vigilância Sanitária no rastreamento e recolhimento dos produtos e elucidação dos fatos, visando evitar problemas futuros e preservar a saúdo dos nossos consumidores.
A Keishi continua operando normalmente, oferecendo a seus clientes/consumidores produtos de qualidade com segurança que tem sido a marca registrada dos seus produtos.
São Paulo–SP, 23 de setembro de 2022”.
Sobre a Keishi
A Keishi é uma das maiores empresas no mundo do ramo das massas. Fundada em 2008, no Japão, chegou no Brasil em 2018, visando fornecer o autêntico macarrão para Ramen aos restaurantes de culinária japonesa aqui no país. Segundo a própria empresa, seus equipamentos de produção são os de mais alta qualidade, importados do seu país de origem. Oferecendo uma linha com 12 tipos de macarrão para Ramen, além de 3 tipos de Udon, massa de Gyoza, Wantan, Shoronpo e Shumai.
2 – Marca de sal proibida pela Anvisa
Segundo as informações do portal ‘O Globo’, a Anvisa proibiu a distribuição, a venda e o uso e determinou o recolhimento de um lote de sal da marca Carrefour. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 05/07/2023. O produto acabou proibido após o laudo de análise do Instituto Adolfo Lutz ter apresentado “resultado insatisfatório para o teor de iodo (abaixo do limite estabelecido)” no lote.
O sal é um ingrediente muito usado nas cozinhas. Um dos temperos mais utilizados pelas donas de casa, sendo o responsável por dar mais sabor aos alimentos. Além disso, seu principal nutriente, o sódio, é muito importante para a saúde humana. No entanto, a marca, precisou ter o produto proibido por não respeitar uma norma da Anvisa.
As informações dão conta de que a análise mostrou que o lote 22992 do sal refinado da marca Carrefour não foi enriquecido com o mínimo necessário de iodo. Por isso, a Anvisa determinou que ele não possa ser comercializado, distribuído ou utilizado, e que deve ser recolhido.
Pronunciamento da Carrefour sobre a situação
Em nota, a Carrefour disse que realiza análises recorrentes de todos os produtos da marca própria. Afirmando que o lote citado, durante inspeção em maio daquele ano, não havia apresentado um teor inadequado de iodo.
“Na ocasião, as amostras analisadas estavam dentro dos parâmetros estabelecidos pela Anvisa”, afirmou. Ainda assim, destacou seguir a determinação da agência, e que o produto será retirado do mercado. “Reforçamos que solicitamos imediatamente a retirada do produto do lote 22992 em todas as lojas que o mesmo encontra-se disponível e que estamos em contato com o fornecedor para apurar o fato”.
A importância do iodo
Vale dizer que, no Brasil, existe a obrigatoriedade desse tipo de produto possuir o teor mínimo de 15mg de iodo por kg de sal, e no máximo, 45mg. Segundo a ‘wikipédia’, essa adição obrigatória começou no país na década de 50 para prevenir a deficiência do nutriente, quadro que pode provocar problemas na tireoide, como o bócio, e afetar o desenvolvimento físico e intelectual de crianças.
3 – Molho de tomate que teve as vendas proibidas
Conforme as informações do portal ‘G1’, a Anvisa proibiu a venda e distribuição de um lote de molho de tomate tradicional da marca Pomarola após a detecção de pelo de roedor acima do limite máximo de tolerância pela legislação. Assim, o órgão proibiu a distribuição e venda do seguinte produto da Cargill Agrícola: molho de tomate tradicional da marca Pomarola, lote 030903, válido até 31/08/2017.
Vale dizer que, o molho de tomate é um dos produtos mais utilizados dentro das cozinhas pelas donas de casa. Ele possui uma versatilidade surpreendente, podendo ter seu uso nas mais variadas receitas. No entanto, a marca que vamos citar teve que interromper suas vendas devido à contaminação do alimento.
A proibição aconteceu ainda em julho de 2017. Na ocasião, a fabricante teve que recolher todos os lotes do produto contaminado do mercado. Vale lembrar que a decisão foi cumprida voluntariamente pela empresa, assim que notificada.
Pronunciamento da empresa
Segundo o ‘G1’, a Cargill informou na época que tomou conhecimento da determinação da Anvisa com relação aos lotes citados e trabalhou na adoção das medidas necessárias em decorrência da determinação do órgão.
“A empresa reitera o compromisso com o cumprimento de todas as normas de segurança dos alimentos e padrões de higiene. Assegura ainda que os produtos dos referidos lotes não oferecem qualquer risco à saúde de seus consumidores. A Cargill permanece à disposição para os esclarecimentos que se façam necessários”, informou a companhia.
Situação das empresas atualmente:
Vale lembrar que as marcas citadas nessa publicação cumpriram todas as determinações da Anvisa e retiraram, na época das notificações, os produtos de circulação, ou seja, elas corrigiram os problemas. Atualmente, todas elas estão funcionando normalmente.
Qual o papel da Anvisa?
A Anvisa desempenha um papel crucial no sistema de saúde brasileiro, sendo responsável por regulamentar e fiscalizar produtos e serviços que impactam a saúde da população. Sua atuação abrange desde a análise e aprovação de medicamentos até a regulação de alimentos, cosméticos, saneantes e outros produtos.