Sucesso nas novelas de Silvio de Abreu, atriz relata drama: “Ninguém se afasta da TV por opção”

Silvio de Abreu foi jurado do “Show dos Famosos”. (Foto: Divulgação)

Alguns atores e atrizes infelizmente não conseguem mais trabalhos na TV, por mais que façam testes. Anos depois, muitos deles dão entrevistas e revelam a vontade de voltar a trabalhar na telinha.

Este é o caso de Eliane Costa, que viveu a bem-humorada Luzineide em Torre de Babel, de Silvio de Abreu. Ela, que está longe da Globo desde 2009, quando atuou em Malhação, contou que voltaria a fazer novelas.

“Não continuo na TV por falta de convites, nenhum ator deixa de fazer TV por opção, com raras exceções. Porque na TV você trabalha numa empresa em que seus direitos trabalhistas são cumpridos, como salário mensal, plano de saúde etc.”.

A Globo, vale dizer, não costuma cumprir com todos os direitos trabalhistas de seus atores, uma vez que a maioria deles assina contrato como Pessoa Jurídica, através de uma empresa, e vira apenas um ‘prestador de serviço’, não um funcionário registrado em carteira.

Eliane antes e hoje. Foto – montagem.

“Fazer Luzineide em Torre de Babel foi muito bacana, nunca tinha feito TV, as pessoas lembravam de mim por isso. Ouvi muito na rua o ‘Cala a boca, Luzineide!’, mas sempre encarei como manifestação de carinho e nunca me incomodou. Achei que a personagem caiu nas graças do público”, contou a atriz ao Notícias da TV.

Luzineide foi tão marcante que apareceu em outra novela: em 2006, Silvio de Abreu a trouxe de volta para o último capítulo de Belíssima, que será reprisada em breve na Globo. A personagem surgiu para revelar que Jamanta (Cacá Carvalho) não poderia se casar, pois já era marido dela. Jamanta também era personagem original de Torre de Babel (e os dois se casaram nessa novela).

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Ela está na ativa atualmente no teatro: “Agosto é uma peça que tem me dado muito alegria, com amigos de longa data e novos parceiros. Ser artista no Brasil é matar um leão por dia, pra mim é muito mais do que ser somente uma atriz. Tenho interesses múltiplos nos campos das artes cênicas. Como sabemos, é muito difícil viver somente de teatro no Brasil, por isso o ator precisa e tem necessidade de circular por muitas mídias e linguagens”.