Crise e suspensão da ANS: Beneficiários ficam completamente sem chão após a falência de um dos maiores planos de saúde de São Paulo.
Um dos planos de saúde mais populares de São Paulo, visto como nº 1 entre a maioria dos seus usuários, encerrou suas atividades de forma abrupta após ter sido suspenso pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), deixando milhares de beneficiários sem chão e sem atendimento.
Trata-se do Coopus, o qual atendia 90 municípios paulistas. O mesmo ainda entrou com pedido de falência sem aviso prévio, descumprindo normas regulatórias e gerando revolta entre os clientes.
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Sendo assim, a partir de informações do portal Seu Crédito Digital, Reclame Aqui e Jus Brasil, a equipe especializada em economia do TV Foco traz abaixo todo esse imbróglio envolvendo o plano.

Como a Coopus chegou à falência?
A Coopus foi fundada ainda na década de 90 e rapidamente se consolidou como uma das principais operadoras de planos de saúde em São Paulo.
No entanto, problemas financeiros e queixas sobre a qualidade do serviço começaram a surgir nos últimos anos:
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- Em março de 2019, a ANS suspendeu parcialmente a comercialização de novos planos devido a um alto volume de reclamações relacionadas à demora no atendimento e negativas de procedimentos.
- A decisão da ANS impactou diretamente a receita da empresa, que passou a enfrentar dificuldades para manter seus serviços.
- Mesmo contestando a medida, a Coopus não conseguiu reverter a situação e viu sua base de clientes diminuir consideravelmente.
Impactos:
Assim, a proibição de venda de novos planos enfraqueceu ainda mais a operadora, afetando seu fluxo de caixa.
Além da crise financeira, a suspensão gerou desconfiança entre os clientes, que passaram a buscar alternativas no mercado.
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Reclamações sobre a queda na qualidade do serviço se multiplicaram, incluindo:
- Longas filas para marcação de consultas;
- Recusa de exames;
- Dificuldades na autorização de procedimentos.
Falência protocolada:
Em meados de setembro de 2024, a Coopus protocolou o pedido de falência, sendo oficialmente classificada como “Massa Falida”.
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A decisão surpreendeu beneficiários e profissionais da saúde, pois não houve qualquer comunicado prévio sobre o encerramento das atividades.
Falta de suporte
Toda essa ausência de um plano de transição para os beneficiários foi um dos aspectos mais criticados.
Sem qualquer comunicado oficial, clientes enfrentaram dificuldades para migrar para outros planos de saúde sem carência, um direito garantido por lei.
Muitos clientes descobriram a situação ao tentarem agendar consultas e serem informados de que seus planos haviam sido descontinuados.
O site Reclame Aqui registrou um aumento significativo nas queixas contra a Coopus, com consumidores relatando falta de informação e dificuldades para acessar documentos necessários para a migração.
Outros apontaram cobranças indevidas e até mesmo nomes protestados após a falência, conforme podem ver na imagem abaixo:
Mas, como ficou a situação dos beneficiários da Coopus?
Como muitos sabem, a legislação brasileira permite que beneficiários de operadoras falidas migrem para outros planos sem necessidade de cumprir nova carência.
Entre as opções no mercado, estão Amil, Bradesco Saúde, Unimed e NotreDame Intermédica.
No entanto, muitos clientes relataram dificuldades em encontrar planos com condições semelhantes, principalmente em relação à cobertura e ao custo.
Não encontramos declarações extras do caso por parte da empresa. No entanto, apesar da falência e encerramento de atividades, o site do plano permanece ativo.
Ao entrarmos em contato com o telefone mencionado, não obtivemos retorno.
Mas, caso a empresa queira expor a sua versão dos fatos, o espaço segue aberto.
Considerações finais:
A falência da Coopus pegou seus clientes de surpresa e escancarou a fragilidade do setor de saúde suplementar no Brasil.
A falta de comunicação e planejamento por parte da operadora agravou ainda mais a situação dos beneficiários, que tiveram que buscar alternativas por conta própria.
O caso reforça a importância da regulação e fiscalização do setor, garantindo mais segurança para os consumidores.
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