Uma das empresas mais famosas do Brasil, com lojas espalhadas pelos quatro cantos do país, deixou clientes em alerta com notícia
A Avenida Paulista de longe é uma das avenidas mais movimentadas e badaladas do país, localizada em uma área nobre do coração da cidade de São Paulo, ela reuni tribos, movimentos culturais e muitas empresas.
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Fora isso, se tem uma coisa que a avenida está bem servida, são opções de entretenimento e locais para encontrar amigos e familiares. Inclusive um dos lugares mais marcantes do local deu um verdadeiro susto no público com a ameaça de fechar as suas portas.
Estamos falando da “Livraria Cultura”, que fica localizada dentro das dependências do Conjunto Nacional, uma espécie de shopping aonde se reúne várias lojas famosas e alternativas.
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O decreto foi anunciado no inicio de fevereiro deste ano de 2023, deixando a muitos clientes e fãs, que assim como essa que vos escreve, se sentindo tristes e até mesmo desesperados com essa possibilidade.
Afinal, além de ser uma das livrarias mais completas, era um dos pontos de encontro para muitos que juntavam o amor à literatura com a vontade de tomar um café no meio de uma tarde ensolarada. Mas fechou mesmo?
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Dívida de milhões
Primeiramente vamos entender os fatos que levou a isso. O decreto do fechamento se deu por conta da crise administrativa que a livraria já estava tendo, após anos de prejuízos financeiros, na qual incluiu também diversos fechamentos das unidades físicas no Rio de Janeiro.
Vale mencionar que a empresa até tentou renegociar suas dívidas com as editoras de livros e outros credores, sendo aceito por algum tempo, porém a divida era tão grande, que o vislumbre de uma falência estava praticamente dado como certo.
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Vale dizer que a falência foi decretada pela Justiça de São Paulo, após mais de 4 anos de uma recuperação judicial malsucedida. Quando a Livraria Cultura entrou com o pedido no ano de 2018, a mesma alegou ter dívidas na faixa de R$ 285,4 milhões.
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Vale colocar que a Livraria Cultura não foi a única do ramo que atravessa essa situação em nosso país, muito se especula do porquê livrarias estão passando por essas crises financeiras.
Uma das razões mais discutidas para tal, é o fato das pessoas estarem optando por versões digitais de livros, principalmente os acadêmicos, por terem valores até mais acessíveis. Sendo assim, não é de se admirar que com o tempo a receita acabe diminuindo, fazendo com que dívidas fiquem cada vez mais insustentáveis.
Outro fator que piorou ainda mais o cenário foi a pandemia, que caiu como um golpe terrível nos planos das que estavam tentando se reerguer.
A Saraiva, por exemplo, outro nome gigante do ramo literário, antes da Covid-19, ainda havia 15 unidades físicas espalhadas pelo país; no começo do ano, esse número caiu para três.
Inclusive uma unidade localizada no shopping Market Place, em São Paulo, foi encerrada nas últimas semanas, após anos de atividades.
Recuperação!
Inclusive por meio das suas redes sociais elas divulgam promoções e eventos que estão a ajudando ainda mais a atravessar por esse momento.
Quando que a Livraria Cultura foi fundada na Avenida Paulista?
A Livraria Cultura da Avenida Paulista, foi fundado em 1947, pela socialite Eva Herz, que ela era filha de imigrantes judeus da Alemanha, e uma entusiasta por literatura, artes e cultura geral.
Sendo assim ela começou como uma “Biblioteca Circulante” em sua casa na Alameda Lorena, em São Paulo. Os livros eram importados da Europa e sua clientela era principalmente de imigrantes. O serviço se popularizou e a biblioteca circulante passou a emprestar livros de autores brasileiros, bem como a vendê-los.
Esse serviço começou a se expandir, que em 1969, Eva inaugurou a loja do Conjunto Nacional, renovando sua identidade visual e também como empresa, essa unidade no coração da cidade de São Paulo, sendo um marco cultural para a cidade, que podia contemplar a arte literária em um lugar amplo.
No auge do sucesso, a Livraria Cultura chegou a ter lojas em 16 cidades brasileira em as grandes capitais, como Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e Recife.